sábado, 31 de janeiro de 2009

Qualidade: o melhor resultado

A qualidade está para a empresa da mesma forma que o DNA está para o nosso corpo, ou seja, é responsável pela nossa aparência e constituição física, sem ele não existimos.

Ninguém ignora que o lucro seja importante para uma empresa, mas é preciso entender que ele é resultado de um trabalho, um subproduto alcançado por um serviço ou um produto que agrada ao cliente de forma excepcional.

Vou repetir algo que tenho dito de várias formas diferente: transforme o que você faz diariamente, por pura obrigação, naquilo que ama fazer, e excelentes resultados serão colhidos.

Qualidade se começa em casa, portanto quanto melhor se trata um colaborador, por conseqüência melhor o cliente será tratado. Mas o que isso quer dizer?

Eu vou começar explicando como as empresas, em geral, são constituídas:
  • 20% Motivadores: São os talentos com potencial criativo, movidos por desafios, aqueles que serão agentes motivadores, que acreditam na organização, estão dispostos a crescer, abrir caminho e inovar.

  • 10% Desanimadores: São aqueles que não merecem nem ser referenciados como talentos, pois são altamente desanimadores, desagregadores, centrados neles próprios, reconhecidos pelos resultados medíocres que apresentam; talvez a única motivação que encontrem seja desmotivar os demais.

  • 70% Imitadores: São aqueles que podem imitar tanto os motivadores como os desanimadores, o que muitas vezes depende da orientação geral da empresa. Que talento sua empresa realmente valoriza? Você pode dizer de imediato os motivadores, mas será que os seus líderes realmente estão passando essa idéia? Esses talentos podem estar em qualquer nível de sua organização. Enfim, os imitadores começam imitando um dos outros dois grupos e como o aprendizado começa pela imitação, tornam-se o que imitaram, por isso que é importante a empresa explicitar suas políticas, metas, valores, missão e visão de forma clara e transparente. E investir em treinamentos.
Talentos na Organização
Você pode não concordar com essas classificações, mas lembre-se que se trata de pessoas, e talvez algumas delas não tenham os valores éticos enraizados como você. Os desanimadores e os motivadores não são facilmente identificados se você não estiver prestando atenção a eles.

Por isso é importante que, como executivo, você se concentre no que faz, em como a sua empresa se articula e não somente nos resultados. Conheça os talentos da sua empresa e cuide de lapidá-los.

Outro fator importante, e por mais que seja lembrado acaba sendo esquecido, é que sua empresa vende serviços ou produtos para clientes, portanto se quiser continuar vendendo, precisa estabelecer contato com eles, entender suas necessidades, escutá-los. Quem vende alguma coisa, direta ou indiretamente, precisa saber ouvir o cliente. Aí cabe aquela máxima: temos duas orelhas e uma boca, basta usá-los nessa proporção.

Quem define a qualidade dos seus serviços ou produtos são seus clientes. São eles que precisam ser satisfeitos, muitas empresas são melhores em encantá-los, mas não em satisfazê-los. Se você quer ter continuidade, precisa estar muito atento às necessidades dos seus clientes.

Aí você vai me dizer: “Desse jeito eu vou pensar dia e noite no aprimoramento do meu serviço ou produto?”. E eu respondo: “É exatamente essa a idéia”.

Ter milhares de grandes idéias é simples quando se tem um time convencido de que o que fazem é importante. Um time motivado será também gerador de idéias. Crie um ambiente que recompense a criatividade, e o que você vai ter são mais idéias do que pode transformar em realidade.

Qualidade dá trabalho e não é alcançada sem esforço, em contrapartida a falta de qualidade traz prejuízos financeiros e para a imagem da empresa. Comece a prestar atenção aos detalhes, pois se você ainda não notou seus clientes estão de olho em tudo.

Quando eu vou ao supermercado, eu olho a data de validade, o estado da embalagem, o preço, as informações na embalagem, a facilidade de abrir, a facilidade de usar, e só após pesar todos os prós e contras, eu decido levar ou não o produto. E eu não sou o consumidor mais criterioso.

A qualidade do seu serviço ou produto fará com que a sua execução ou produção a longo prazo tenha um custo menor para a empresa, além de aumentar os resultados, que são na verdade o fim alcançado por meio da qualidade.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Continue esfomeado, continue tolo

Eu sempre gostei de histórias de vida, são oportunidades, exemplos para nossa própria vida, por isso hoje eu escolhi transcrever um discurso motivador, de alguém que experimentou o sucesso, o fracasso, o recomeço, esteve próximo a morte e é apaixonado pela vida.

O discurso é de Steve Jobs, CEO da Apple e Pixar Animations, feito para a turma de formandos da Universidade de Stanford em Junho de 2005.

Ele diz coisas nas quais eu acredito, mesmo sem ter vivido o que ele viveu. Quer você ignore isso ou não, a vida coloca desafios para nós, e coloca os sinais em toda parte, por mais que você ignore o que é preciso aprender, ela faz com que você tropece naquele erro até que você o enxergue e o conserte.


“Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.
A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais dezoito meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei?
Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro." Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade.
E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de 6 meses, eu não podia ver valor naquilo. Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a freqüentar aquelas que pareciam interessantes.
Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço.
Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada pôster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava freqüentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse. Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria freqüentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa - sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação - o Macintosh - e eu tinha 30 anos. E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador.
Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo.
Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida.
Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.
Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.
Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último". Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 meses. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas - que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.
Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato:
Ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era jovem, uma das bíblias da minha geração era The Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções.
Stewart e sua equipe publicaram várias edições de The Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: "Continue com fome, continue bobo". Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês.
Continuem com fome. Continuem bobos.
Muito obrigado a todos.”
- Steve Jobs
Tradução da Revista Você S/A, com alguns retoques.
.Texto original, vídeo do discurso.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Mudança de Rumo

E agora? Para onde eu vou?A nossa capacidade de escolher novos rumos passa por incertezas, medos e ansiedade, por esse motivo muitos preferem não mudar nada, mesmo que estejam frustrados. Mas se você está disposto a se arriscar e enfrentar os desafios comece tendo em mente exatamente o que deseja alcançar com a mudança, e se esse é seu momento de escolher novos rumos, as minhas dicas são:
  1. Sonhe alto, mas não apenas por sonhar, e sim para transformar em realidade. Toque seus sonhos com as mãos!

  2. Distinga sempre o que é importante e o que é urgente, o importante pode esperar o urgente não.

  3. Tenha um plano de recompensas, lembre-se de se recompensar sempre que exigir muito de você, se esperar isso dos outros com certeza vai se frustrar. Proporcione a si mesmo momentos de prazer sempre que atingir um objetivo, e verá que encontrará um grande aliado: você mesmo.

  4. Associe-se a pessoas de arquibancada (aquelas que torcem por você) e distancie-se de pessoas de bueiro (aqueles que o colocam para baixo).

  5. Confie no seu potencial, mesmo que o mundo duvide dele. Você é a única pessoa que não vai decepcioná-lo.

  6. Tenha em mente que você é responsável pelo que faz com sua vida e com seus sonhos. Por mais que circunstâncias ou pessoas o atrapalhem, a responsabilidade ainda será sua.

  7. Se souber algo, utilize seu conhecimento e passe-o adiante, e se não souber, pergunte.

  8. Tenha uma linguagem proativa, diga que “quer” ou que “é importante fazer” algo ao invés de que “tem que” ou “precisa fazer” algo.

  9. Acredite e aja: quando quiser qualquer coisa na sua vida é importante que você acredite que pode ter ou fazer aquilo e comece a agir.

  10. E o mais importante: seja feliz, qualquer escolha é válida desde que lhe traga felicidade genuína, aquela que se consegue sem passar por cima dos outros, de forma limpa e transparente.
Essas dicas parecem simples e otimistas demais, mas a aplicação delas não é simples, é importante que você busque doses extras de otimismo em si mesmo, mas desde que você acredite no seu novo rumo, você vai chegar lá.

Os orientais têm um provérbio que diz que “quando se busca o cume da montanha, não se dá importância às pedras do caminho”.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Network: caia na rede

Comparado com outros países o Brasil é um dos países onde a convivência entre as pessoas parece ser mais amistosa.

Entretanto, quando esse relacionamento vai para as empresas, temos um dos ambientes mais conflitantes.

O conflito não é negativo quando é gerenciado, não estou falando de brigas, mas de conflitos de idéias.

Quem tem por hábito criar intrigas, espalhar fofocas, preocupar-se excessivamente com o sucesso de seu colega está, deliberadamente, jogando suas chances de sucesso no lixo.

Por mais que seus colegas o procurem para saber quem está com quem e quem foi promovido ou demitido, eles também sabem que amanhã podem ser o alvo de suas intrigas e fofocas. Ou seja, suas conexões na empresa não são positivas, nem estão orientadas para que você tenha sucesso.

Fala-se em network, mas poucas pessoas entendem a sua aplicação. Não é uma rede de contatos para que você consiga um novo emprego, pode servir para isso, mas não é essa a finalidade.

Network é uma rede de contatos em torno do seu ramo de atividade, ela serve para que você esteja conectado com tudo o que acontece no seu meio de atuação. Assim, você tem a oportunidade de conhecer novas tendências, conversar com pessoas que têm os mesmos desafios que você, e compartilhar o que sabe.

São Beda disse que “três coisas trazem infelicidade: saber e não ensinar; ensinar e não fazer; ignorar e não perguntar.”

Portanto, uma boa network também lhe dá a oportunidade de atrair felicidade, desde que você tenha novas atitudes: saber e fazer; saber e ensinar; não saber e perguntar.

Abra seus braços tem gente caindo do céu.
Ter contato com pessoas é sempre muito bom, é uma nova oportunidade de aprender e ensinar, por mais simples que as pessoas sejam.

Eu tinha um tio que faleceu, ele era cego, um dia eu cheguei à sua casa, e o encontrei no quintal varrendo, estava descalço, e eu perguntei o motivo. Ele disse que conseguia sentir onde já tinha varrido ou não com os pés.

Esse tio também tinha opiniões muito interessantes sobre política e assuntos complexos, porque ele ouvia com mais atenção o que era falado no rádio, mas do que ele gostava mesmo era de gente. Ele adorava ouvir as pessoas, sobretudo aquelas com problemas, e sempre dava conselhos cheios de sabedoria.

Tive contato com um ex primeiro ministro de Cabo Verde, um arquipélago no continente africano, onde se fala o português com um sotaque mais parecido com Portugal, e viajando pelas ilhas para conhecer os problemas ele se deparou com uma senhora muito idosa e analfabeta. Ela lhe disse que a maioria dos problemas se resolveria se o problema do analfabetismo fosse resolvido. Segundo ele, o analfabetismo em Cabo Verde foi erradicado há muitos anos, porque ele ouviu o que aquela senhora disse e trabalhou por isso. E ela tinha razão os problemas foram resolvidos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Regra número 1: Tenha paixão

Já que nos acostumamos a criar regras para tudo, no nosso “Manual de Sobrevivência” deveriam constar regras como:
  • Volte seus olhos para o ser humano, note-o e familiarize-se com ele. Lembre-se: ele é seu semelhante, mesmo que ele se considere seu inimigo.
  • Procure a natureza ao seu redor, monte seu próprio jardim, naquele pequeno espaço da sua janela, mantenha a vida perto de você.
  • Preocupe-se consigo mesmo, olhe no espelho e veja mais que a aparência. Seja mais bonito por dentro e por fora.
  • Sorria para a vida, você tem duas escolhas: conformar-se ou mudar.
    O conformismo lhe dará uma vida longa e monótona, mesmo que viva uns 100 anos eles parecerão apenas 10, tamanho o “nada” no qual você se meteu. Então, mude. Mesmo que lhe traga lágrimas ou se sinta injustiçado, ao final se viver 100 anos terá vivido 100 anos de emoções, amores, paixões, controvérsias, brigas, lutas e sucesso. Mesmo que viva menos parecerá muito, por ter vivido intensamente.
  • Coloque as regras em prática, arrisque-se, o grande prêmio só é dado àqueles que buscam por ele.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Transmissões da “Rádio Peão”

A comunicação feita dentro das empresas pelos seus profissionais é chamada vulgarmente de “rádio peão”, ela tanto pode ser nociva como benéfica.

O que você precisa saber sobre ela é que nunca vai deixar de existir, pois as pessoas têm necessidade de se comunicar, e, também, que ela é muito mais eficaz do que todo o trabalho de endomarketing realizado atualmente nas empresas.

Na verdade, muitas das comunicações realizadas pela empresa vazam pela “rádio peão” em primeira mão, o problema é que com essa comunicação chegam também às interpretações dos seus divulgadores. E quando a mensagem chega pelos canais corretos, muitas vezes encontram os receptores contrafeitos.

Entretanto, existe solução para que essa comunicação seja benéfica sempre. Para isso é necessário identificar as conexões, encontrar as redes de relacionamento dentro da empresa. Escolhendo-se as pessoas que são ponto de contato expressivos, pode-se ter um alcance maior e mais eficaz para a mensagem que se deseja passar.

Uma empresa é formada por processos e a comunicação flui com eles. Portanto, comunicação é um fator importante a ser observado neles, pois sem ela não existe colaboração, fator determinante para obter os resultados esperados para o negócio.

Para obter resultados significativos é preciso ter uma comunicação clara, que é entendida e apoiada por todos. A comunicação deve sempre fluir, se ela ficar represada em algum ponto, significa de que daquele ponto em diante nada mais funciona de forma apropriada, criam-se barreiras.

Por isso empresas que teimam em manter a comunicação no alto escalão, tendem a se tornarem burocráticas, pois elas incentivam a distância entre o estratégico e o operacional. Uma vez definido o que fazer, deve-se iniciar o trabalho. Time is Money.
Toda estratégia tem prazo de validade, se qualquer fator envolvido mudar, a estratégia deve ser reavaliada e mudar também. Se a distância entre o estratégico e o operacional for muito grande, ou a estratégia chega inviável ao operacional ou torna-se ineficaz. E adivinhe, a “rádio peão” é estritamente operacional, com conexões no estratégico ou próximas dele.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Empresas que aprendem

As empresas estão preocupadas em absorverem as melhores práticas (CMMI, ITIL, CobiT, SOX, Família ISO, PMI, etc.), mas não em aprendê-las de fato. Para dizer a verdade, se não fosse moda, muitas delas nem dariam crédito a essas práticas.

Empresas que aprendem, não copiam as melhores práticas das outras, quem disse que o concorrente escolheu a melhor prática ou a usa de forma correta?

Em tempos de crise, sobrevivem as empresas que inovam e encontram maneiras alternativas para seguir em frente. Como a maioria das empresas são cópias umas às outras, muitas delas naufragam juntas, pois cometem os mesmos erros.

Peter M. Senge escreveu em 1990 um livro chamado “A Quinta Disciplina”, onde ele defende que as empresas que aprendem deveriam ter 5 disciplinas:
  1. Domínio Pessoal;
  2. Modelos Mentais;
  3. Visão Partilhada;
  4. Aprendizagem em Grupo;
  5. Pensamento Sistêmico.

Domínio Pessoal é a base da empresa que aprende, onde as pessoas experimentariam atitudes criativas e não reativas.
Exercício: Esclareça o que é importante para você e porque está nesse caminho.
No último dia de aula da minha graduação (1994), o professor de psicologia preferiu se despedir com uma citação do livro “A Erva do Diabo” de Carlos Castañeda, que se encaixa perfeitamente nessa disciplina:
“Qualquer caminho é só um caminho e não é ofensa nem a nós mesmos, nem aos demais em deixá-lo, se é isso que o se coração lhe diz. Tente-o, quantas vezes quanto julgar necessário. Então, formule a si mesmo, somente a si mesmo uma pergunta...
Esse caminho tem um coração?
Se o tem, o caminho é bom, se não o tem, não deve ser trilhado.”
Pensar “fora da caixa”, um conceito apresentado em um post anterior complementa essa disciplina.
Lembre-se que uma empresa é formada por pessoas, cada pessoa é capaz de realizar a interação da razão com a intuição, sentir-se ligada ao mundo, preocupando-se inclusive com questões ambientais, ter compaixão e compromisso com o todo.
Modelos Mentais são as “crenças”, idéias, profundamente, arraigadas ou até mesmo imagens que nos ajudam a encarar o mundo e que formam nossas atitudes.
Em geral, cada pessoa que se junta a sua empresa, tem uma trajetória profissional, formada pelas educações acadêmica, familiar e social. Por mais que o nível educacional das pessoas que formam uma empresa seja parecido, eles trazem a experiência pessoal e suas crenças junto. Por muito tempo pediu-se aos profissionais que deixassem suas vidas em casa, mas hoje compreendemos que é impossível proibir que as pessoas se apaixonem, sintam antipatia, não comentem suas vidas pessoais no trabalho. Claro que jamais devemos nos esquecer das noções básicas de etiqueta. Mas aquele profissional só é bom no que faz porque ele tem uma vida, ele tem por quem cantar, dançar, rir e até chorar. Se tirarmos isso dele o que fica?

Por isso, um bom líder contribui com o modelo mental dos outros. É aquela pessoa que nos alimenta com seus conselhos, observações, críticas, sugestões, enfim nos enriquece com seu próprio modelo mental, sem mudar o nosso.
Visão partilhada são objetivo, valor e missão compartilhados com todos os colaboradores da empresa.
Todos sabem responder à pergunta: O que queremos criar?
Todos se sentem co-responsáveis e comprometidos.

Em relação a um objetivo uma pessoa pode ter uma das seguintes atitudes:
  • Comprometimento – fará com que aconteça, criará o que não existir.
  • Participação – fará o que for necessário, dentro do que existe.
  • Obediência genuína – enxergará benefícios, fará o esperado e seguirá o objetivo.
  • Obediência formal – pode enxergar os benefícios, fará o que é esperado e nada mais.
  • Obediência relutante – não enxergará os benefícios, mas não quer perder o emprego, fará porque é obrigada.
  • Desobediência – não enxergará os benefícios e não fará o esperado.
  • Apatia – nem contra nem a favor, não se interessará.
Podemos observar que obediência é muito diferente de comprometimento, e mesmo a obediência genuína não acrescenta muito ao aprendizado da empresa. Ter um objetivo sem o comprometimento de todos pode não ser tão compensador. Pessoas comprometidas têm entusiasmo, se empolgam, e se houver procedimentos burocráticos dentro da empresa que não favoreçam o seu objetivo, elas vão modificá-los, ao passo que quem somente cumpre ordens não vai fazer nada para mudá-los.

Aprendizagem em grupo ocorre por meio de diálogo e discussão, o que geram conflitos. Mesmo que você tenha ao seu comando uma equipe de gênios, não significa que alcançará sucesso. O diálogo precisa ser incentivado.

A figura do líder é importante para ajudar o grupo a analisar com discernimento as questões complexas, cada individuo deve ter consciência de que suas ações complementam as do grupo, não existe o sucesso individual, mas o do grupo, nesse ponto as empresas pecam quando incentivam as disputas, premiando indivíduos que se destacam e não o grupo. Os animais que vivem em bando, caso não estejam fugindo, não abandonam os mais frágeis, eles os ensinam a se protegerem.


Pensamento sistêmico é ver a empresa como pessoas interligadas, é a integração das demais disciplinas. Onde as pessoas são importantes dentro de seu domínio pessoal, têm suas crenças através de modelos mentais, têm uma visão partilhada, ou seja, um objetivo comum, e, a aprendizagem é realiza em grupo. Assim, temos uma empresa que aprende, formada basicamente por pessoas que pensam “fora da caixa”.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Seu melhor patrão: o cliente

Podemos nos enganar o quanto quisermos, mas nossos empregos dependem do cliente, mais especificamente da satisfação dele.

Você nunca se perguntou por que você tem um celular com tantas funcionalidades? Se na maioria das vezes você só quer falar com alguém? E por que dentre tantas opções na loja, você quis um que: fotografa, filma, guarda suas músicas e assim por diante?

Porque tem empresas pesquisando suas necessidades, empresas que já perceberam que é você quem manda, e que você não quer ter que andar por aí cheio de coisas em seus bolsos, você quer praticidade: tudo em um só aparelho. Talvez você não quisesse tudo o que veio no seu aparelho, mas seu colega do lado sim. Um aparelho celular com tantas funcionalidades atende às necessidades dos dois.

Usei o celular como exemplo, porque atualmente muitas pessoas têm um, mas serve para qualquer produto ou serviço oferecido.

Vendemos aos nossos clientes produtos ou serviços, e ele precisa se sentir satisfeito para que possamos continuar com nossos empregos e gerar novos empregos.

Leve em conta que cliente é quem recebe um produto ou serviço, se você trabalha em uma empresa onde você não tem contato direto com o cliente final, lembre-se que a pessoa que recebe o seu trabalho é seu cliente, por exemplo, todo funcionário de uma empresa é cliente do seu RH.

O professor Noriaki Kano nos anos 80 criou um modelo de satisfação do cliente, conhecido como o modelo Kano. Vou simplificá-lo para que você tire algumas noções para o seu dia-a-dia.


Satisfação do Cliente

Basicamente, o cliente tem necessidades, que no mundo da informática, chamamos de requisitos, ou seja, são itens desejados por ele. Ele elencou 6 requisitos, mas vamos ficar com os 3 mais importantes por enquanto:

  • Requisitos Revelados;

  • Requisitos Esperados;

  • Requisitos Excitantes.

Os requisitos revelados são aqueles que descobrimos indagando nossos clientes, a presença deles no produto ou serviço satisfazem o cliente, e a ausência não. Pesquisas sérias de satisfação do cliente conseguem identificar estes requisitos. Se você oferece um serviço de entregas, por exemplo, quanto mais rápida for sua entrega, mais satisfeito estará o cliente, e quanto mais lenta, menos satisfeito ele estará.

Os requisitos esperados são aqueles que de tão básicos o cliente não menciona, portanto qualquer pesquisa de satisfação é ineficaz para coletar esses requisitos. O cliente pode mencionar esses requisitos quando eles não são atendidos, nas suas reclamações. Por isso, é importante manter mecanismos para ouvir as reclamações dos seus clientes. A ausência desses requisitos sempre causa insatisfação. E, possivelmente, é notada por todos os seus clientes, pois é um requisito que o cliente espera encontrar no seu produto ou serviço. Por exemplo, espera-se que um celular armazene nome e telefone dos seus contatos, caso o aparelho não tenha essa funcionalidade vai gerar muita insatisfação entre seus clientes.

Aqui cabe ressaltar que se o produto ou serviço é bom o cliente pode não comentar com ninguém, mas se é ruim, ele vai comentar com muitas pessoas, e essa é a pior propaganda que um produto ou serviço pode ter.

Os requisitos excitantes são aqueles além das expectativas do cliente, são aqueles que o surpreende, e também os mais difíceis de se descobrir. A ausência deles não causa insatisfação no cliente, pois ele desconhecia essa necessidade, mas a presença excita, torna-se um grande atrativo para o seu produto ou serviço. E são exatamente esses os requisitos que as empresas querem atender. Elas investem em tecnologia e pesquisa exatamente para surpreender o cliente, pois sabem que ele vai se entusiasmar e voltar mais vezes, possivelmente pode até se tornar fiel à marca, pois sabe que sempre encontra novidades.

A receita para deixar um cliente satisfeito é manter todos os requisitos esperados e revelados atendidos, investir na pesquisa dos requisitos excitantes, para isso você precisa estar atento ao seu cliente, observar seu comportamento, observar as tendências, usar uma pitada especial de criatividade e também pensar “fora da caixa”.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Pense "fora da caixa"

Apesar de começar minha carreira pelo desenvolvimento de sistemas, eu não conseguia aplicar todo o meu potencial criativo. Sempre tive um excelente tino lógico, mas eu sentia que precisava estar mais próxima do usuário, para que ele tivesse prazer em utilizar o sistema que foi desenvolvido, e que esse sistema apresentasse um ganho de qualidade profissional para ele.

Muito antes das tendências apontarem para o profissional que pensa “fora da caixa”, eu já tinha essa necessidade.

Um dos meus primeiros mentores dizia que o “feijão com arroz” resolvia tudo, e que soluções mirabolantes era um desperdício. Entretanto, eu tenho um instinto desbravador, e queria explorar as possibilidades e só então decidir o que e como usar. Tenho um talento especial para juntar técnicas diferentes e descobrir modos novos de executar meu trabalho.

Eu não consigo me concentrar por mais de duas horas em uma mesma tarefa, então me acostumei a intercalá-las, geralmente intercalo com uma atividade de aprendizado, ou seja, procuro descobrir algo novo sobre um aplicativo ou buscar informações sobre novas técnicas ou tendências.

Atualmente, essa busca de conhecimento é muito mais fácil e rápida, antes eu buscava na biblioteca da empresa, hoje eu uso no mecanismo de busca da internet.

Se pensarmos sobre isso, percebemos que a internet provoca revoluções diárias de comportamento. Fala-se em “inclusão digital”, eu falo na “era da colaboração”, onde redes de relacionamento se proliferam, mais e mais pessoas estão se conectando pelos mais diversos interesses.

O que propicia essa interação é o “faça você mesmo”, onde você é atuante o suficiente para contribuir com uma enciclopédia mundial (Wikipédia), criar um blog com a sua cara e relatar suas experiências, sem conhecer o código-fonte usado para construí-lo, ou seja, você apenas se preocupa com o conteúdo.

Com isso, o que as pessoas levariam anos para conhecer, elas conhecem em minutos ou até mesmo segundos.

Eu tive o prazer de ajudar a criar uma Base de Conhecimento para uma empresa pelo conceito “wiki”, que nasceu do primeiro wiki, chamado “WikiWikiWeb”, uma alusão ao WWW de Web Wide World (presente na maioria dos endereços da internet).

Como curiosidade “wiki wiki” em havaiano significa super-rápido. É o mesmo conceito usado em mecanismos como a Wikipédia, onde cada um contribui com informações, de forma simples e rápida, através de uma coleção de documentos em hipertextos.

Muitas empresas investem em Intranets, onde toda informação que é colocada nelas passa por um processo de publicação, muitas vezes complicado e burocrático, dessa forma, as informações não são atualizadas na velocidade em que a empresa precisa delas.

Ao passo que um mecanismo “wiki” é muito mais simples, pois é feito um link diretamente ao documento, uma vez alterado e liberado ele está visível para todos. Acrescentando-se a isso um controle de versionamento, que permite recuperar um documento em qualquer versão que ele teve, além de registrar data, hora, o que foi alterado e quem alterou o documento. Com isso, permitem-se interações entre as pessoas, que passam a dar importância às suas contribuições e se sentirem atuantes, pois seu trabalho ganha visibilidade corporativa. Além do mais, o portal “wiki” pode ser acessado pela intranet ou diretamente.

Nessa empresa, notamos uma mudança de comportamento na maioria das pessoas, pois caíram barreiras entre o conhecimento de um profissional júnior e um sênior, a capacidade de experimentar o conhecimento foi o que passou a diferenciá-los.

Claro que tal mudança provocou algumas reações, esperávamos uma reação de antipatia por parte dos profissionais seniores, para nossa surpresa eles foram os que mais contribuíram, e os mais jovens foram mais resistentes, talvez por estarem na disputa por uma auto-afirmação profissional e temerem não saber exatamente o que fazer com o conhecimento adquirido. Porém, como os mais jovens estão naturalmente predispostos às mudanças, encontramos formas de facilitar a adaptação. Eu acompanhava o ritmo em que eles absorviam o conhecimento, incentivava e demonstrava o quanto positivo era essa nova possibilidade, que foi implementada aos poucos.

Dessa experiência tirei uma lição importante: igualando a oportunidade de chegar ao conhecimento, convivendo com as diferenças entre as pessoas, notamos que somos parte de um organismo em que a contribuição de cada indivíduo faz com que todos tenham sucesso de fato.

Para os radicalistas com bandeiras para proibir, restringir e eliminar o que é diferente na internet, digo que no mundo sempre vão existir coisas boas e ruins, e é o equilíbrio entre elas que faz com que ele gire. O conselho que minha mãe me dava, quando criança, para não aceitar bala de estranhos serve em qualquer ocasião. A internet não deve restringir conteúdo, nós é que devemos escolher o que buscar nela, e ensinar nossos filhos a escolher também. Lembro que conhecer o que é ruim não é prejudicial, foi pesquisando o comportamento de vírus e bactérias que os cientistas chegaram a vacinas e erradicaram certas doenças.

Em minha opinião as empresas que querem inovação e agilidade devem disponibilizar acesso à internet aos seus colaboradores, claro cercando-se de segurança, pois assim como novas informações entram, informações sigilosas podem sair.

Assim como o crachá de acesso se popularizou nas empresas para a segurança patrimonial, a segurança de informação também deve ganhar atenção. E não deve se restringir à internet, já que celulares são dispositivos eletrônicos que cabem no bolso e guardam dados, gravam voz, fotografam e filmam, e estão chegando mais inovações tecnológicas por aí, que em pouco tempo se tornam populares e acessíveis.

Devemos pensar “fora da caixa”, olhar para fora, ver além, sair da zona de conforto, entender as mudanças, entender como usá-las a nosso favor e proteger as informações sigilosas da empresa de forma efetiva.

Nenhum executivo consegue lidar com tantas variáveis, nem estará totalmente preparado para elas, se não for buscar em seu time idéias inovadoras. Tenho certeza de que ele descobrirá que não quer um time que pense de forma homogênea. Ele vai agradecer por ter que gerenciar conflitos, por ter nesse time diferenças, pois cada um que colocar a cabeça para “fora da caixa” vai olhar em uma direção. E ele estará exercendo seu papel de líder, que nada mais é do que convergir todo esse potencial do seu time para as metas e estratégias da empresa.

Ideias Inovações Oportunidades Novidades

Pensar “fora da caixa” transcende barreiras de preconceitos e limitações pessoais, com isso surgem oportunidades, novidades, idéias e inovações, em outras palavras, todos lucram com isso.

Todo processo de negócio é sustentado basicamente por pessoas: pessoas que o fazem, pessoas que compram, pessoas que se relacionam. Portanto, será bem sucedido se mais pessoas que atuam nele pensam “fora da caixa”.

Não me entenda mal, as atividades do processo devem ser padronizadas, pois dessa maneira o conhecimento sobre ele e o ganho tecnológico são preservados. Eu disse atividades devem ser padronizadas e não pessoas. A melhoria contínua, que é o grau de maturidade mais alto que um processo atinge, somente é alcançada quando as pessoas, que atuam no processo, ganham uma visão diferente do que acontece ao seu redor e entendem como suas atividades interagem com o macro-processo organizacional.

Por muito tempo as pessoas foram vistas como um recurso do processo, agora se percebe que qualquer ação no processo, mesmo que ele seja automatizado, começa e termina com pessoas, que detêm a chave para o seu sucesso.

O ditado popular há muito tempo diz que “em terra de cego quem tem um olho é rei”.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

High Performance

Tive longas conversas com um ex-gerente sobre minhas qualidades profissionais, que eu considerava comuns e ele de alto desempenho.

Com base nessas conversas, eu cheguei às características que um profissional de alto desempenho deveria ter, e adicionei minhas dicas a cada característica, puxando como gancho citações de alguns pensadores.

Em minha opinião, o profissional que mais se destacou e que atingiu um status de “high performance” comprovado, foi o Senna.

Segundo o meu irmão, que sabe de tudo, Tina Turner dedicou a música “Simply the Best” ao Senna, por isso foi a trilha sonora escolhida. E como um “high performance” é também um agente de realizações, eu ilustrei a apresentação com fotos de uma viagem muito importante para mim.

Sem mais delongas, assista ao resultado desse trabalho.

O assunto de horas foi condensado em dez minutos e meio, portanto caso tenha dúvidas ou sugestões, entre em contato.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Pontos de Atenção

Dê a seus colaboradores uma meta e autonomia e eles vão longe.

au.to.no.mi.a sf. 1. Faculdade de se governar por si mesmo. 2. Direito ou faculdade que tem uma nação de se reger por leis próprias.[FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977.]

Estamos na Era da Colaboração, se você ainda não se deu conta, saiba que o perfil profissional nas empresas de todo o mundo mudou.

Por exemplo, antes falar o Inglês era um diferencial, hoje é essencial, pelo menos para os profissionais que não querem ficar estagnados em suas carreiras. Goste dele ou não, o Inglês é o idioma mais usado nas transações comerciais e de negócio pelo mundo.

Sabia que muitos restaurantes em São Paulo, exigem o idioma para seus garçons?

E digo mais, o profissional que ficar de braços cruzados, cedo ou tarde vai ser colocado no mercado, já que, inevitavelmente, a empresa onde ele trabalha vai crescer ou desaparecer, em ambos os casos ele será descartado.
Por menor que uma empresa seja, ela conta com vários recursos que permitem competir com empresas do mundo todo, e não investir conscientemente em tecnologia e no aperfeiçoamento de seus colaboradores implicará na perda de oportunidades importantes.

Digo investir conscientemente, pois as empresas investem, porém muitas delas fazem isso da mesma maneira como eu compro um item novo de maquiagem: sem qualquer critério e muitas vezes por puro consumismo ou falta de planejamento. Assim como eu acabo com um batom que jamais vou usar ou uma mesma cor de sombra, elas acabam com um software ou sistema que não as atendem.

A diferença é que o meu prejuízo é menor e, de certa forma, um hobby.

Muitas empresas não sabem disso, mas estão literalmente jogando dinheiro fora. Não é porque todos os seus concorrentes estão implantando o pacote “X”, que ele é a melhor solução para ela. Hoje os dados são um ativo da empresa, e migrações de dados são processos de risco, portanto troca de sistemas , que implicam em migração de dados, devem ser realizadas com critério e planejamento.

Qualquer falha na migração pode acarretar a insatisfação de clientes e perda de contratos. Assim como seus documentos são importantes para você os dados são importantes para a empresa, e precisam ser protegidos e tratados, se um dado importante não pode ser perdido, também não pode ser obsoleto ou receber acesso indevido.

Atualize seu conhecimento, aprenda coisas novas, e seja um colaborador!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Meta: divulgar ou manter em segredo?

Eu tive uma experiência interessante quanto a definição de uma meta.

Nosso gerente tinha mudado as atribuições de nossa equipe, e aumentado o número de membros, mas o trabalho tinha ficado confuso, parecia que ninguém sabia o que fazer e recebíamos orientações desencontradas.

Tínhamos reuniões semanais com o coordenador e não chegávamos a lugar nenhum, numa determinada reunião eu perguntei: “Qual é a nossa meta?”.

O coordenador me olhou irritado e disse: "Todo mundo sabe qual é a meta, está afixada nas paredes e o presidente da empresa sempre a comunica.". Respondi que não era a meta da nossa área, eram a missão e visão da empresa. Entretanto, se a equipe conhecia a meta, não havia problema algum me comunicarem naquele momento.

O coordenador olhava pensativo para mim, até que ele proferiu algumas palavras: “Bom, se eu perguntar isso ao gerente ele ficará ofendido”, nesse momento eu me calei para não aumentar o constrangimento. Posteriormente, eu disse ao coordenador que um gerente jamais se ofenderia com essa pergunta e que poderia inclusive entender que sua equipe havia atingido um grau de maturidade, onde se fazia necessário conhecer a meta.

No dia seguinte, o gerente apareceu todo motivado dizendo que estava empenhado em definir uma meta para nossa equipe. Pediu-nos alguns conselhos, e eu dei os meus.

Uma meta precisa ter um objetivo bem definido, deve ser mensurável para que o objetivo seja palpável, deve ser possível e viável, além de significativa e desafiadora, ou seja, precisa demandar certo esforço, e precisa ter um prazo para acontecer.

Exemplo: Aumentar a produção em 10% no prazo de 6 meses.

E claro deve existir uma recompensa pelo alcance da meta, e é exatamente por isso que ela precisa ser desafiadora.

Passaram-se muitos dias, quando eu estava recolhendo a impressão de um documento e o gerente passou por mim, furtivamente ele começou a me chamar com o dedo para a área do café. Lembro-me que pensei: “Que coisa mais bizarra!”, mas eu não podia ignorar o chamado, lá fui eu descobrir o que significava aquela conduta furtiva.

Juro que quando descobri do que se tratava meu queixo quase caiu. Meu irmão disse que um queixo realmente pode cair num movimento repentino de abertura exagerada da boca, como ao comer um mega sanduíche ou ao receber uma notícia como a que vou contar. E que ao cair, o queixo pode chegar até o umbigo, o que provoca muita dor. Nunca sei onde o meu irmão consegue essas informações, mas ele disse que aconteceu com um certo baterista em um certo show.

Deve estar curioso para saber o que o gerente me disse, vou contar: ele disse que acabava de sair de uma reunião com o diretor e o vice-presidente, e que juntos tinham definido uma meta para a nossa área. O que fez o meu queixo quase cair foi a pergunta que ele fez a seguir, portanto, por medida de segurança, antes de continuar a ler segure o seu queixo: “Agora que tenho a meta, o que posso fazer?”

Que bom que segurou seu queixo, não estou brincando, ele realmente perguntou isso. Eu tentei ver o lado positivo, pelo menos ele perguntou para alguém. A minha resposta foi bem objetiva: “Divulgue para a equipe”.

Eu já saí daquela empresa, muitos meses se passaram daquele encontro furtivo no café até minha saída, mas a meta nunca foi divulgada, por isso não posso lhe contar qual era a meta, pois ela ficou naquela reunião a portas fechadas e nunca saiu de lá.

Caso você esteja enfrentando o dilema ao definir uma meta, se a divulga ou a mantém em segredo. Não tenha dúvidas, divulgue-a para sua equipe.

O mesmo acontece na sua vida pessoal, tenha metas claras e objetivas, e deixe seus amigos e familiares conhecerem-nas, eles podem ajudá-lo a concretizá-las.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Uma pitada de Criatividade

Claus Moller disse que “aquilo que vale a pena ser feito, vale a pena ser bem feito”, eu, na minha paixão insaciável por aprender e ousar, digo que aquilo que vale a pena ser feito, além de valer a pena ser bem feito com uma pitada de criatividade pode surpreender.

Quando eu era criança minha mãe fazia biscoitos, ela me deixava junto com meu irmão e minha irmã ajudá-la. Lavávamos bem as mãos, e a princípio formávamos bolinhas com as mãos. Até que meu irmão pegou um palito e desenhou uma carinha, daí em diante nossos biscoitos ganharam sorrisos divertidos e até membros. Meu pai caia na risada quando via nossas obras de arte (ele era bem coruja!).

Se uma criança na sua ingenuidade consegue colocar criatividade no que faz, imagine o que não pode fazer um adulto que já vivenciou tantas experiências na vida.

Que tal espalhar pitadas de criatividade no que faz?