sábado, 28 de fevereiro de 2009

Qualidade de vida: verdade ou certeza?

O ano começa de verdade para os brasileiros após o Carnaval, então aproveitando a ressaca natural após tantas festividades. Que tal um momento de introspecção para começar o ano de verdade?

Ao ponderar sobre nosso modelo mental, notamos que se ele for pobre, tendencioso ou partidário, estaremos mais susceptíveis a descontroles emocionais.

Para uma boa qualidade de vida necessitamos de modelos mentais mais ricos e próximos da realidade, da natureza e do mundo real.

Quando falamos em realidade é importante discernir entre verdade e certeza. A verdade advém do desprendimento dos significados que damos às coisas e situações no nosso modelo de mundo. E certeza é uma construção artificial feita por nossa mente.

Tenho um amigo alemão, que é cientista, ele tem um QI elevado, inclusive fala fluentemente o português, e quando visitou o Brasil fez questão de se misturar como um local, estudando nossos costumes. Alguém sem conhecê-lo poderia ter certeza de que ele fosse uma pessoa de nível inferior, pela simplicidade como ele se apresentava, baseando-se somente em considerações mentais, quando na verdade ele é uma pessoa inteligente e culta, que optou por entender melhor nossos costumes.


Cada ser humano tem seu próprio modelo mental, desde que possamos respeitar essas diferenças, teremos uma comunicação mais efetiva.

Considerando que nosso modelo mental representa como nos relacionamos e agimos, que tal reconstruir esse paradigma para olharmos em direções diferentes, ampliar nossos horizontes de forma a enriquecer nosso modelo mental e atingirmos a qualidade de vida que almejamos.

É bom lembrar que não existe um modelo mental certo ou errado, mas o descontrole emocional é um forte indício de que ele deve ser ajustado. Além disso, o aprimoramento constante dele é sempre oportuno.

Que comece o ano!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Modelos mentais

Sabemos que algumas das melhores idéias nunca serão colocadas em prática. É comum estratégias brilhantes falharem quando traduzidas em ação. Isso ocorre porque carregamos em nossa mente imagens, hipóteses e estórias.

Nossos modelos mentais determinam além de como o mundo faz sentido, como tomamos nossas ações. Eles podem ser simples generalizações (exemplo, "todas as pessoas são indignas de confiança"), ou teorias complexas (exemplo, minhas hipóteses sobre como os membros de minha família interagem).

Devemos compreender que os modelos mentais moldam como agimos. Se acreditarmos que as pessoas são indignas de confiança, agimos de forma diferente de como agiríamos se acreditássemos que são dignas de confiança.

Nossos modelos mentais afetam o que fazemos, pois afetam o que vemos. Se eu e você caminhássemos por um parque no fim-de-semana, teríamos sensações básicas parecidas (como bem-estar e relaxamento), mas prestaríamos atenção a rostos diferentes, pois observamos seletivamente.


Sabendo que os modelos mentais moldam nossas percepções. O problema com eles não é se estão certo ou errado, por definição, todos os modelos são simplificações. Os problemas com modelos mentais ocorrem quando são tácitos, ou seja, ocorrem em seu subconsciente.

À medida que você toma consciência do quanto seu modelo mental interfere em suas ações e julgamentos, você consegue olhar para a situação de forma diferente e tomar ações mais assertivas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Liderança nas Mudanças

Toda mudança realizada em uma empresa para acontecer precisa de uma liderança, o que implica em um líder.

Você pode gerenciar os efeitos da mudança, mas a mudança esperada e com resultados positivos pede por liderança.

O progresso está fadado a acontecer quando líderes imbuídos de coragem e talento buscam pela oportunidade de mudar a realidade da empresa para melhor.

A figura do líder não é apenas de um agente de mudanças, ele também molda e motiva os colaboradores de sua empresa. Portanto, se os seus líderes não tiverem os mesmos valores pregados pela empresa, ela será mais uma a publicar a missão em uma placa, treinar todos os seus colaboradores para repetir cada palavra, mas no teste do dia-a-dia, naquele que acontece longe da visita de um auditor, o que estiver escrito ali será distorcido.

O exemplo vem do líder, a empresa como um todo deve absorver seus valores, o fato de publicá-los serve como lembrete diário, funciona como a consciência organização de que existe um compromisso.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Você é o grande conselheiro

Tenho um amigo apreciador de bons restaurantes e bons filmes, costumávamos sair e compartilhar esses momentos com boas conversas.

E ele adotou-me como sua conselheira. Em uma dessas vezes, dei meus conselhos, disse tudo o que pensava sobre o assunto e acrescentei: "Agora sabe o que penso sobre isso, acredito que deve saber o que os outros pensam também, pondere e descubra o que você pensa e fique com isso. Se o que você pensa for diferente do que os outros pensam, e ainda assim fizer sentido para você, essa é a coisa certa a se fazer".

Ele riu e disse: "Krika, como você consegue? Venho buscar uma resposta e por fim descubro que ela está comigo, mesmo depois de você tê-la me dado, você me diz que tenho a melhor resposta possível."

Confie em si mesmo


Nós sempre sabemos a resposta, o que buscamos é respaldo, tememos que a nossa resposta não fosse apropriada.

Meu amigo alcançou o que desejava quando ele ouviu a si mesmo. Faz anos que não me pede conselhos, adquiriu uma autoconfiança formidável.

Fico feliz quando alguém se encontra consigo próprio e tem prazer em se conhecer. Eis um encontro feliz!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Quem gostou, bate palmas!

O carrinho onde eu estava subiu devagar, ao chegar ao topo eu vi muitas pessoas com os braços erguidos, de repente uma descida vertiginosa e veloz, parecia que não terminaria nunca, meu grito agudo se uniu aos demais. Fechei os olhos, segundos depois, quando os abri, eu tive a sensação que o carrinho ia sair dos trilhos numa curva, onde eu pude ver nitidamente a rodovia, onde passavam os carros tão pequenos. Várias subidas, descidas e curvas em alta velocidade, o alívio, uma voz que dizia: "quem gostou, bate palmas".

Saí com as pernas trêmulas do Montezum, a quinta maior montanha-russa feita em madeira no mundo, localizada no Hopi Hari, tem velocidade superior a 100 km/h.


A vida faz algo muito parecido conosco, e como na montanha-russa não adianta fecharmos os olhos ou gritarmos, vamos passar por todo o trajeto. E, suspeito que ao final vamos encontrar o Criador dizendo: "quem gostou, bate palmas".
A vida é uma montanha russa. Have Fun!

Você vai desejar sair na foto de olhos abertos e sorrindo. Por isso, viva o hoje, prepare-se para as descidas vertiginosas, as subidas lentas, as curvas que quase o jogam para fora, elas vão se repetir inúmeras vezes em graus diferentes de altura.

Você tem duas opções: viver de olhos fechados, ou aproveitar o passeio. Escolha viver o serendipismo de todos os momentos, não feche os olhos e no final bata palmas.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Serendipismo no pensamento criativo

O termo serendipismo ou serendipidade foi criado pelo escritor inglês Horace Walpole, em carta enviada para seu amigo Horace Mann em 28 de janeiro de 1754. Tem origem na palavra serendipity, que se baseia no conto de fadas "Os Três Príncipes de Serendip", que conta a estória de três príncipes que saíram pelo mundo disfarçado de pessoas comuns em busca de algo, enquanto viajavam, faziam descobertas, por acidente e sagacidade, de coisas que não estavam procurando. Serendip ou Serendib é o nome persa do antigo Ceilão, atual Sri Lanka.

Serendipismo ou serendipidade significa fazer descobertas felizes e por acaso, como o pão, o vinho, a lei da gravidade, a penicilina e o velcro. No nosso bom Português, seria atirar no que se vê e acertar no que não se vê.

Quando viajamos abertos a novas experiências, provamos do serendipismo, pois somos tomados por descobertas inesperadas e agradáveis ao acaso.

Eu provei do serendipismo em todas as minhas viagens, na primeira grande viagem saí em busca de boas férias e voltei apaixonada. E nenhum conhecimento de anos se equipara ao que aprendi nas minhas viagens.

O serendipismo é a pitada que falta no nosso espírito inovador e criativo, que é estar aberto ao inesperado. Planeje tudo, mas esteja pronto para aproveitar cada dificuldade no seu plano como uma oportunidade para descobrir algo novo.
Aventure-se!
Muitos descobridores e inventores estavam procurando por outra coisa, quando encontraram algo inesperado e mais valioso, é o caso de Cristóvão Colombo que encontrou a América quando buscava um caminho mais curto para a Ásia.

Partindo do princípio de que o pensamento é uma forma de viagem, John Adair em seu livro "The art of creative thinking" nos lembra que o serendipismo vai contra o pensamento de foco estreito, quando você concentra sua mente sobre um objetivo ou meta para a exclusão de todo o resto. Ele o convida a ter um foco aberto de atenção, aberto o bastante para notar algo de significante mesmo que aparentemente seja irrelevante ou inútil para você no presente.

Olhando para seu passado, creio que você pode perceber os efeitos do serendipismo, tente identificar três ocasiões em que você não estava esperando e descobriu algo ou conheceu alguém que se revelou importante na sua vida.Pronto para o inesperado?

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Exercite a humanidade

"Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos." - Martin Luther King
Eu sempre cultivei o hábito de colocar as minhas decepções em um papel. Quando eu era adolescente algo que eu tinha escrito foi parar nas mãos de uma colega que abriu minha mochila, ela leu aquilo em voz alta e ridicularizou meus sentimentos diante da turma.

Não foi imediatamente, mas nos tornamos grandes amigas.

Talvez o que ela tenha ridicularizado nas minhas palavras fosse algo que ela compartilhasse secretamente comigo. Não é fácil encararmos nossas falhas, nossos sentimentos amargos, mas isso faz parte do que somos.

Ter sentimentos amargos, sentir dor, sentir-se fraco, não é vergonhoso, nem o fim do mundo, desde que você não prejudique ninguém, é seu direito chorar.

A pior coisa que alguém pode dizer nesse momento é que não se deve chorar, que isso é bobagem. Dizer tais coisas é como dizer que a pessoa não é digna de sentir a dor. Em minha opinião a dor nos fortifica, e senti-la nos prepara para todas as dificuldades. Não recomendo a ninguém tentar se anestesiar.

Pode ser que ao final do processo a pessoa descubra que não era nada. Mas enquanto dói se você quiser ajudar, abrace, e se for inevitável dizer algo, diga que entende. E se não puder entender, realmente não diga nada.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Seu líder não erra?

Levante a mão aquele que nunca errou! Se eu pudesse ver além dessa telinha, suponho que não veria nenhuma mão levantada.

Não sei qual é sua religião e nem é meu intuito discutir o assunto, mas eu gosto muito das histórias contadas sobre Jesus, e é inegável que ele era um bom líder, ele conseguiu reunir pessoas tão diferentes em torno de uma causa tão difícil de se explicar até hoje, como crer em algo que você não viu acontecer?

É esse o desafio dos líderes atuais, que contam com alguns subterfúgios mais atraentes para atrair seguidores, afinal de contas você não entra em uma empresa apenas pelas lindas palavras do seu recrutador. A empresa precisa ter um pacote de benefícios; oferecer boas condições de trabalho; o ambiente agradável; ter jornada de trabalho pré-estabelecida; você deve ter direito a férias; e ser remunerado de acordo com o mercado em que atua.

Entretanto, quando Jesus viu uma mulher adúltera que ia ser apedrejada até a morte, conforme o costume punitivo da época, ele não se colocou na frente da mulher, não agrediu aquelas pessoas, ele os fez pensar, proferindo palavras simples: “atire a primeira pedra aquele que nunca pecou”. E as pessoas largaram suas pedras e dispersaram.


Quem nunca teve um líder que em um momento de crise, perdeu a compostura?


Eu passei por uma experiência que me ensinou muito, estávamos em um projeto, e lembro que passei uma tarde discutindo com a líder do projeto sobre uma data, o campo de data seria uma das chaves de acesso. A data que ela queria que fosse colocada, era uma data sem grande importância para o cliente, não fazia sentido para o cliente pesquisar a data em que a informação entrou no sistema, mas sim a data do empréstimo, a informação de quando entrou no sistema no meu entender era secundária. Mas enfim, minha líder tinha ido às reuniões com o cliente e afirmou veementemente que a data era aquela, segui suas orientações à risca.

Ela foi apresentar uma prévia ao cliente, e voltou soltando fogo pelas narinas. Disse que tinha passado vergonha, elevou o tom da voz dizendo em alto e bom som o quanto eu era ncompetente ao usar a data errada como chave, eu argumentei calmamente dizendo a ela que tínhamos discutido o fato anteriormente, e ela me garantiu que a data era aquela.

Aí ela surtou, disse que se eu não tinha competência para arrumar o meu erro, ela iria passar a noite na empresa, mas iria corrigir aquilo. Nesse momento eu me calei, e comecei a verificar o que daria para ser feito. Cinco minutos depois, ela pegou a bolsa e foi para casa, esquecendo a promessa infantil de corrigir ela mesmo o problema.

Eu nunca disse que não iria ajustar o problema, mas eu também não documentei as informações que ela tinha me passado. Enfim, ajustei o sistema no dia seguinte, não tinha necessidade de ninguém passar a noite na empresa, ela apresentou uma prévia ao cliente, estávamos dentro do prazo.

Passei a documentar toda a informação que eu recebia sobre o sistema, e pedia o de acordo com e-mail copiado para toda a equipe.

Ao final do projeto, algo inusitado ocorreu, foi feita uma reunião de feedback, que ela jamais tinha feito antes, mas o intuito dessa reunião era dizer que toda a equipe tinha se superado menos eu. Que eu tinha cometido um erro gravíssimo.

Saí da reunião sem entender bem o que tinha sido aquilo, meu erro não foi grave, e o meu desempenho tinha sido equivalente aos demais. Um colega me chamou de lado e disse: “Krika, não ligue para isso, ninguém na equipe é bobo, todo mundo sabe a verdade, no fim das contas ela está passando o recibo de incompetente”.

E foi incrível que quanto mais ela tentava sufocar meu talento, mas ele aparecia e melhorava, eu passei a ficar alerta com todos os detalhes, a me precaver confirmando as informações, documentando-as.

Eu lançava mão de técnicas que muitas vezes não usamos, eu especificava o sistema, e recorria aos testes de mesa, quando o sistema era codificado, era menos susceptível a erros de especificação. Eu dedicava mais tempo analisando risco e testando do que especificando. Os resultados eram muito melhores. Claro que não fui promovida sob a liderança dela, mas eu consegui mudar de equipe, e a promoção veio com facilidade.

Eu mando. Você obedece. (Seu chefe?)
Se eu posso dizer algo sobre erros é que eles nos ensinam muita coisa, todo mundo erra, alguns assumem, outros jogam a culpa nos outros, o que é uma pena, poderiam crescer muito assumindo o erro.

Bom, mas erros não devem ser repetidos, portanto planeje bem o que vai fazer, certifique-se de todos os detalhes, ouça sua intuição, muitas vezes desconfiamos de algo, mas insistimos em fazer daquela maneira, saiba que nem tudo é erro, existem imprevistos e, em certos casos, vai ter que improvisar uma solução, corrija seus erros rapidamente, sem escondê-los.

Felizmente as empresas estão mudando, e líderes que se achavam os donos da verdade estão com os dias contados, mesmo porque para ser líder precisa haver liderados, e como disse meu colega, as ações do líder são vistas por todos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Seu cérebro trabalha por você

Ontem eu pedi ajuda ao meu namorado, eu tinha uma questão sobre a minha carreira que estava me incomodando.

A princípio ele não entendeu nada, e por isso eu tive que falar sobre todas as variáveis que envolviam a questão, o que me ajudou a ver tudo com mais clareza também.

Ele foi atencioso na medida certa: ouvindo, palpitando, até que apresentou uma sugestão muito simples para a questão. Tão simples que eu não tinha me dado conta dela.

Isso me fez perceber que em certos momentos estamos tão envolvidos com a questão que não vemos as soluções mais simples, se isso acontecer com você converse com alguém de sua confiança e a solução pode surgir com muita facilidade.

Eu perdi dias me corroendo com a questão e a resposta estava tão próxima que eu não via.


No início da minha carreira, os programadores passavam noites em claro no Centro de Processamento de Dados, tentando encontrar soluções para bugs do sistema, eu como morava longe acabava indo para casa, dormia, e por muitas vezes sonhava com a solução. Quando não sonhava, assim que eu colocava as minhas mãos no código a solução surgia facilmente. Enquanto os colegas estavam exaustos, eu estava descansada e solucionava o problema.

Por que isso acontecia?

Muito simples, nosso cérebro é uma máquina poderosa, controla todo o nosso corpo. Se você quiser ter uma idéia de como é a nossa atividade cerebral, imagine que os 6,5 bilhões de habitantes do planeta ligam para os números de toda a lista telefônica de suas cidades ao mesmo tempo. Com certeza, nosso sistema telefônico entraria em colapso e as pessoas nem dariam conta de metade da lista telefônica até o final do dia, mas o nosso cérebro faz algo muito parecido através de suas interligações nervosas.

Viu como se considerar incapaz tendo um processador de informações dessa categoria faz de você um mentiroso?
Não perturbe. Gênio trabalhando!
Mas essa máquina poderosa precisa recarregar as energias, e isso acontece durante o sono, todas as funções de atividade do nosso organismo baixam a freqüência e o cérebro organiza tudo o que juntou durante o dia nas gavetinhas certas. Se você não dá esse tempo para o seu cérebro, será como se você tivesse roupas espalhadas pela casa toda, onde você não poderia saber o que está limpo ou não, nem se a roupa é mesmo sua. Ou seja, uma grande confusão.

É por isso que os bebês dormem tanto e aprendem muito rápido, com o tempo não precisamos dormir tanto quanto os bebês, na verdade com o avançar da idade dormimos menos, e até por esse motivo aprendemos com mais dificuldade na idade adulta. Entretanto, podemos contar com o auxílio de outros cérebros, não precisamos saber tudo, apenas perguntar a quem sabe. E se a outra pessoa também não souber, ela pode conhecer alguém que saiba ou ajudá-lo a pensar sobre o assunto.

Mais uma vez recorremos aos instintos onde a união faz a força.

O que é uma equipe se não a união de mentes brilhantes?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O fim da rede de intrigas

A fofoca dá a oportunidade de se sentir melhor a despeito dos próprios defeitos, ao discutir a vida dos outros esquecemos ou deixamos de lado nossas próprias deficiências, e, por fim, dá poder, pois se sabe algo que ninguém sabe.

É por essas razões que o fofoqueiro continua sua jornada diária e tão incômoda nas empresas, mas como líder você pode utilizar algumas estratégias psicológicas para silenciá-lo.

  • Elogie alguém da sua equipe que saiba guardar segredos e cultive a discrição, o fofoqueiro vai entender que terá melhores oportunidades guardando segredos, assim você age diretamente em seu ego.
  • Faça com que o fofoqueiro concorde com você sobre os malefícios da fofoca, se ele fizer afirmações que denotem que fazer fofoca é errado, ele terá dificuldade de agir dessa forma, pois para o ser humano pensamento e ação devem ser coerentes.
  • Espalhe boatos mentirosos para o fofoqueiro, se a credibilidade dele for posta à prova sua rede de boatos se desmorona, é como uma injeção viral. Mas tenha cuidado com os boatos falsos, certifique-se que não será prejudicial.
  • Faça com que o fofoqueiro se sinta alvo dos boatos, diga-lhe que ouviu um boato a respeito dele, dizendo que ele fofoca demais, ele se sentirá mal a respeito de sua própria prática.
Não fale de seus colegas, fale com eles.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Elegância no Trabalho

Nos meus tempos de escola eu tive uma professora de português rigorosa, ela dizia que uma carta devia começar indicando o local e data, devia ter uma saudação, e se fosse comercial antes da saudação viria o assunto, eu deveria então discorrer sobre o assunto, despedir-me e assinar a carta.

Na adolescência eu tive aulas de datilografia, e tinha que me preocupar com a rapidez, os espaçamentos, a ausência de erros, enfim, a carta tinha que ser bem escrita, limpa e agradável aos olhos.

Agora eu me preocupo com a qualidade dos e-mails corporativos, alguns eu tenho que ler pelo menos 5 vezes, fazer deduções ou mesmo ligar para a pessoa para entender do que se trata.

Uma das maiores indelicadezas quanto a um e-mail são as pessoas acharem que podem deixar de lado as boas maneiras, só porque é uma mensagem rápida.

Se você me ligasse começaria dizendo “oi, Krika!”, mas por e-mail a maioria aboliu o cumprimento, e até a despedida. As mensagens são ríspidas, e muitas vezes nem é de um colega que trabalha ao seu lado, muitas vezes é de alguém que trabalha na mesma empresa e com a qual você não tem o menor contato. Terá sorte se essa pessoa se lembrar de colocar assinatura, pois poderia conter o ramal para você tirar alguma dúvida.

E quando a pessoa tenta cumprir o ritual de saudar e de se despedir, e opta por usar “att.”, que embora eu saiba que é uma abreviação de “atenciosamente”, é uma das coisas que me faz duvidar da mensagem, pois ela nem dedicou “atenção” suficiente para escrever a palavra inteira.

Têm as pessoas que se despedem com “beijos” e “abraços”, o que é muito estranho quando você não tem qualquer contato prévio com a pessoa, e as relações ainda são formais. Definitivamente, não pega bem mandar beijos e abraços em despedida de e-mails corporativos, prefira “cordialmente” ou “grato”, são expressões amistosas e não tão informais.

Se você recebe muitos e-mails, e precisa decidir qual vai ler primeiro, vai gostar de ler o assunto da mensagem antes de abrir, mas ainda tem gente que não tem o hábito de colocar o assunto, e quando coloca parece que o assunto não tem nexo com a mensagem. Isso pega muito mal caso esteja se comunicando com seu chefe, vai parecer incompetente e relapso.

Existe aquela recepcionista carente, que precisa mandar mensagens de “tenha um bom dia” para todo o departamento, quando bastava responder ao seu bom dia quando passou por ela, e não contente com isso, ela manda imagens animadas, piscantes, coloridas e sem sentido. Talvez ela até parasse com isso naturalmente, mas sempre tem alguém que entra na brincadeira, e responde com uma mensagem mais exótica ainda, para todo o grupo, e aí começa a batalha por quem é o maior “spammer” da empresa.

Alguém tem idéia do prejuízo que isso representa? A recepcionista e seus seguidores vão passar uma parte desnecessária do seu dia na internet em busca de “coisinhas bonitinhas” para colocar no e-mail de amanhã. Você vai encontrar sua caixa de e-mail cheia novamente, e mesmo que você coloque regras de exclusão imediata para essas mensagens e nem se dê ao trabalho de lê-las, o servidor da empresa estará sendo usado, com informações sem interesse para a empresa.

Tem horas em que menos é mais. Essa é uma delas!

E-mails devem ser usados para mensagens rápidas, claras e precisas. Configure seu corretor ortográfico, habitue-se a colocar assunto nas suas mensagens, cumprimente a pessoa, seja claro no assunto, despeça-se de forma adequada, assine seu e-mail com dados que permitam que a pessoa o ache se precisar de mais informações.

Sua assinatura de e-mail, muitas vezes, pode ser seu cartão de visitas, e antes de clicar no botão de envio. Leia seu e-mail, caso ache que o assunto não está claro o suficiente, ligue para a pessoa ou marque uma conversa pessoalmente, isso pode evitar meses de e-mails desencontrados.

E, por favor, não seja mais um “spammer”, sempre que sentir vontade de dizer “olá” para todo o departamento vá ao café e converse com seus colegas, ou convide-os para almoçar, garanto que será mais prazeroso.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Dono do próprio nariz

Você é plenamente responsável por si mesmo. Abandone a dependência. Se você inclui outras pessoas nas suas conversas com freqüência, sempre expressando suas opiniões, como: “meu marido acha que...”, “minha tia recomenda que...”, “minha mãe diz que...”, significa que está expressando o ponto de vista deles e não os seus.

Expressar seu ponto de vista, ter uma opinião sobre algo ajuda as pessoas a criarem laços com você.

Não tema se algumas pessoas não concordarem com você, e nem veja isso como negativo.

Existe a individualidade de cada um que deve ser preservada, mesmo em um relacionamento íntimo.

Você sufoca seu parceiro se quiser impor seu modo de pensar, pois isso mutila sentimentos importantes. E o cansa a medida que pede sua opinião para tudo, tornando-se incapaz de saber se você mesmo gosta mais de sorvete de creme ou chocolate.

A liberdade é a forma mais pura de amor, toda forma de aprisionamento afasta o outro de você. Somos naturalmente dotados de instintos de sobrevivência, e todo o nosso corpo consciente e inconscientemente vai reagir a qualquer ameaça a nossa liberdade.

Os amigos sempre voltamObserve seu cãozinho, por mais fiel que ele seja, se você espancá-lo todos os dias, desenvolverá sua agressividade e, dependendo da sua genética, ele pode atacar qualquer pessoa que faça menção de se aproximar ou fugirá na primeira oportunidade. Ao passo que se você lhe der a dose certa de carinho e respeitar seu espaço, pode soltá-lo em um parque e ele sempre voltará para você.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Explore a Criatividade

Em minha opinião, as técnicas mais importantes para explorar a criatividade de sua equipe são as reuniões de brainstorm (tempestade de idéias) e os mind maps (mapas mentais).

São fáceis de se utilizar, e você pode utilizá-las nas mais variadas situações em que precise decidir ou mapear as soluções.

Eu gosto de utilizar as duas técnicas juntas, mas dependendo do objetivo podem ser utilizadas separadamente.


Brainstorm
Para que a reunião de brainstorm apresente bons resultados defina um foco, exponha claramente qual é o problema e não limite as soluções que possam surgir. Não devem ser criticadas ou debatidas as idéias que surgirem.

É importante que se consiga muitas idéias, inclusive você pode estimular idéias malucas. Adote um quadro onde possa desenhar um mind map com as idéias e suas ramificações à medida que surge, a visibilidade das idéias ajudará a manter o foco.

Numere as idéias para que seu time se motive a atingir números maiores de idéias a cada brainstorm.

Lembre-se de manter o clima animado, pois as pessoas devem se divertir nesse processo, a descontração e o riso aguça a espontaneidade das idéias.

Disponibilize materiais de apoio como flipchart, papéis, canetas coloridas, cada pessoa tem uma maneira de expor sua criatividade, caso surja um desenho, cole-o no mind map.


Mind Map

Um mind map nada mais é do que um diagrama onde você coloca um tema central e dele puxa ramificações daquele assunto, que podem ter suas próprias ramificações. A profundidade das ramificações será de acordo com o quanto você quer ser aprofundar no assunto.

Ele é uma forma de organizar o pensamento, compreender as particularidades de um problema, soluções ou idéias. Também pode ser utilizado para memorização.

Você pode utilizar figuras, números, códigos, colagens, palavras, tudo o que possa ajudá-lo a compreender os pontos principais da sua questão.

Mind map sobre como conduzir um brainstorm.
Clique na imagem para vê-la maior.

Mapa Mental de um Brainstorm

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Assédio Moral é crime!

Muitas empresas não sabem, mas podem estar encorajando uma prática criminosa e altamente improdutiva: o assédio moral.

Existe a necessidade das empresas apresentarem resultados, isso é cobrado dos líderes o tempo todo, mas o que alguns líderes acabam encorajando ou eles mesmos praticando é o constrangimento de seus colaboradores.

A forma que cada pessoa lida com o que é considerado “poder” dentro de uma empresa é muito diferente, mas todo o subordinado quando chegar à chefia, fatalmente vai repetir o comportamento de seu chefe, portanto o assédio moral pode se enraizar na forma como sua empresa trabalha.

Empresas que absorvem essa prática perdem seus talentos mais criativos. Embora o assédio moral seja um crime, é muito difícil que um colaborador possa reagir de forma adequada, pois ele é agredido psicologicamente.

Muitos colaboradores passam anos aceitando as humilhações ou até mudam de carreira, acreditando serem incapazes em suas funções. O prejuízo emocional e físico é altamente negativo, esses profissionais estarão mais susceptíveis a doenças e falhas.

De qualquer forma, a prática não é saudável nem para os colaboradores assediados, muito menos para a empresa onde são praticados. Seja em absenteísmo, falhas produtivas, improdutividade e em alguns casos pequenas sabotagens, as empresas estão alimentando inimigos íntimos.


A tirania de muitas empresas pode vir manifestada pelas seguintes posturas:
  • Impor sobrecarga de trabalho;

  • Sonegar informações e criar dificuldades para a realização de um trabalho;

  • Desqualificar as pessoas, não respondendo a solicitações, perguntas, cumprimentos, como forma de menosprezo, humilhação;

  • Desmoralizar o trabalho ou colocar em dúvida a competência das pessoas;

  • Mostrar indiferença pelas condições em que as pessoas trabalham, ou fazer cobranças desmedidas;

  • Exaltar-se nas suas comunicações ao funcionário;

  • Ameaçar constantemente com a possibilidade de desemprego ou demissão.
A ocorrência de assédio tem se tornado tão corriqueira nas empresas que a psicóloga Margarida Barreto, mestre em Psicologia Social pela PUC de São Paulo, caracterizou alguns tipos de chefes:
  • Profeta: vê como um desígnio quase que divino “enxugar” a empresa. Trata as demissões como uma missão que tem que cumprir e se orgulha desta realização.

  • Pit-bull: ataca, é violento e maligno. Tem prazer em humilhar e revela uma frieza próxima ao sadismo ao demitir as pessoas.

  • Troglodita: é áspero, indelicado, rude. É precipitado nas suas decisões, implanta normas e todos devem se submeter ao que impõe.

  • Tigrão: encobre sua insegurança, sua incompetência, agredindo as pessoas. Necessita fazer exibições do seu poder para se sentir respeitado.

  • Mala-babão: promove-se adulando os seus superiores. É controlador e delator dos outros. É uma espécie de capataz moderno.

  • Big Brother: entende que “não é com vinagre que se apanha Moscas”. Torna-se confidente dos seus colegas e usa desta vulnerabilidade para
    expor as pessoas, rebaixá-las ou até demiti-las.

  • Garganta: não enxerga a sua incompetência e tem necessidade de se auto-afirmar o tempo todo. Não admite que subalternos saibam mais do que ele.

  • Tasea (“tá se achando”): esconde seu desconhecimento com ordens contraditórias. Se algum projeto tem sucesso, ele é o responsável; se fracassa, a culpa é dos funcionários, que são incompetentes.

Todo ser humano tem um limite de resistência a situações adversas. Além deste ponto começa-se a observar sintomas de sensibilidade exagerada, crises de choro, baixa auto-estima, pouco nível de tolerância, irritabilidade, pensamentos
negativos, ansiedade, tremores, taquicardia, insônia ou muita sonolência. Estas manifestações interferem no desempenho do trabalho, resultando em queda da produtividade e da qualidade, baixa motivação, medo de tomar decisões, pouca criatividade.

O assédio moral acaba acontecendo e se repetindo em muitas empresas em razão do medo, por parte daqueles que são vítimas, de perder o emprego, pois as denúncias de assédio, em sua maior parte, apontam como autores pessoas hierarquicamente superiores.

Atualmente, movimentos de funcionários que não se intimidam diante do autoritarismo têm levado muitas empresas a rever sua declaração de valores e a coerência das suas atitudes.

Fonte: Gestão do Capital Humano – Coleção Gestão Empresarial – Gazeta do Povo
Diga NÃO ao Assédio Moral
A minha sugestão é que os altos executivos pratiquem o bom exemplo de liderança, mantenham canais isentos de comunicação com seus colaboradores, averigúem todas as denúncias de assédio moral e dê a punição adequada, e se for o caso, dê suporte psicológico aos assediados.
Não é um trabalho simples, mas se for realizado de forma preventiva você terá grandes resultados, pois seus colaboradores responderão de forma positiva ao respeito que a empresa dedica a eles.

Saiba que toda vez que um colaborador é humilhado por um chefe, ele e seus colegas enxergam que a humilhação partiu da empresa, e eles não estão errados nesse julgamento, pois as chefias recebem a delegação de poder, portanto cabe a empresa avaliar de que forma esse poder está sendo utilizado.

Mais informações sobre o assunto em Assédio Moral no Trabalho.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Uma questão de persistência

Na vida recebemos tantos “nãos” que fica difícil acreditar que podemos transformá-los em “sins”.

Sempre que receber um “não”, saiba que é o momento de batalhar mais, e o “sim” virá naturalmente.

Se você recebesse sempre “sim”, que graça teria suas conquistas? Ao passo que se algo lhe foi negado e teve que batalhar para provar que o merecia, sua conquista terá um sabor inigualável.


Na Rússia havia uma garota com um grande sonho: tornar-se bailarina do Balé Bolshoi, ela era graciosa, talentosa e treinava todos os dias.

Um dia ela viu um anúncio de que haveria uma audiência do Bolshoi em sua cidade, ela se preparou intensamente e no dia da apresentação dançou divinamente.

Mas, frente à imparcialidade das feições do Diretor do Balé, ela resolveu lhe perguntar se teria chances, e ele respondeu: “Dificilmente, minha filha, dificilmente...”.

Ela saiu dali desnorteada, triste e jogou fora suas sapatilhas no lixo e nunca mais dançou.

Trinta anos depois, ela era uma professora bem sucedida, e viu outro anúncio do Bolshoi em sua cidade.

Ela foi aguardar aquele Diretor e lhe perguntou por que ele havia dito aquilo, e o acusou de ter destruído seu sonho.

Ele respondeu que ele dava a mesma resposta a todas as bailarinas, aquilo fazia parte do teste, pois mais importante do que ter talento e técnica, ela deveria ser inteligente emocionalmente.
Não abandone seus sonhos















Ou seja, se ela tivesse batalhado pelo “sim”, ela não teria passado 30 anos de amargura e culpando o Diretor do Balé pela destruição de seu sonho, quando ela mesma o jogou na lata de lixo.

Portanto, não jogue suas sapatilhas fora, seja determinado e lute pelos seus sonhos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sua equipe é High Performance?

Toda empresa quer ter equipes de alta performance (high performance), entretanto, segundo pesquisas de Suzan Annunzio (autoridade em Liderança de E-Business e Transformação Corporativa), 90% dos melhores salários não são pagos às equipes que tenham apresentado alto desempenho.

Mais uma vez as empresas passam uma mensagem e fazem algo diverso. Talvez por isso a questão dos indicadores de desempenho ainda seja um “bicho de sete cabeças” para a maioria das empresas.

Segundo a mesma pesquisa, as equipes de alta performance têm fortes valores e liberdade de criação, estão alinhados com as estratégias da empresa e quando cometem um erro, não importa quem o cometeu, mas porque ele ocorreu, o que fazer para que não ocorra novamente e, o mais importante, como transformá-lo em oportunidade de sucesso.

Essas equipes também questionam mais, algo que, por experiência própria eu sei, incomoda alguns executivos, que ao serem questionados, sentem que sua liderança está sendo ameaçada.

A maturidade organizacional da maioria das empresas é tão precária que ainda existem executivos achando que deveriam ter todas as respostas, quando, na verdade, seu papel é levar sua equipe a buscar as respostas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Laços de Confiança

Parece discurso decorado, todo CEO que se preze vai dizer que “pessoas são o nosso principal ativo”. Só que entre o dizer e o fazer existe um longo caminho, muitas vezes desviado, mas o discurso permanece o mesmo.

Quando chega o momento em investir em treinamento o discurso é esquecido, mas os líderes se esquecem de que quando não cumprem suas promessas o seu “principal ativo” foge em busca de uma falsa promessa mais rentável ou mesmo das poucas promessas reais, que felizmente estão crescendo.

Se há uma coisa que uma crise ensina é dar valor aos seus ativos.

O gerenciamento efetivo de talentos busca maneiras de atrair talentos, selecioná-los levando em conta potencial, uma vez selecionados os talentos precisam de incentivos que os comprometam, e o maior desafio é mantê-los comprometidos, esse é o diferencial que vai atrair muitos outros talentos.

Gerenciamento de Talentos
O que você como colaborador pode fazer para construir uma confiança recíproca entre você e sua empresa?

Você pode responder às pesquisas de clima organizacional honestamente, é comum notarmos que em uma empresa há um clima de desconfiança, mas após a aplicação de pesquisas a resposta dos colaboradores aponta que a empresa é perfeita para se trabalhar. Em geral, são pesquisas feitas por um avaliador isento, ou seja, o serviço é contratado pela empresa, justamente para obter resultados verdadeiros.

Fale nas reuniões e expresse suas convicções com firmeza. Não há nada pior do que a pessoa que não concorda com o resultado de uma reunião (da qual participou e não argumentou), ficar aos quatro cantos da empresa expressando suas opiniões, quando não expressou no momento onde teriam tido eficácia.

Se você for chamado para participar de algo antiético e desonesto, rejeite e comunique ao seu superior, ou esteja preparado para demitir-se. Você deve ter em mente que tipo de carreira quer construir e que valores você deseja manter, lembre-se que você é exemplo para os mais jovens na empresa e em sua família. Em que tipo de sociedade quer viver?

Aconselhe seu gerente contra ações antiéticas que irão prejudicar a imagem da empresa, querendo ou não você assina seu nome nas ações de sua empresa.

Quando seu líder lhe der liberdade para fazer seu trabalho sem supervisão constante, esteja preparado para tomar iniciativas. Respeita a confiança que ele depositou em você.

Mostre que você está interessado em aprender como o negócio de sua empresa funciona e deseja ajudá-la a obter melhores resultados.

Ganhe a confiança do seu líder tomando iniciativas que vão de encontro às necessidades dos clientes ou melhorando suas habilidades para lidar com novos desafios.

Dê aos novos líderes o benefício da dúvida. Deixe-os comunicarem seus planos antes de julgar que não vale a pena segui-los.

Se você se tornar um líder ou já é um líder, faça tudo o que está ao seu alcance para manter a confiança de seus colaboradores.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Corpo fala o que você sente

Se braço, nariz ou mão é letra, o conjunto forma palavra! (Pierre Weil)

Juntando as "palavras" pronunciadas pelo nosso corpo e a percepção delas temos um aprendizado, ou reaprendizado, uma vez que é natural do ser humano se comunicar pela linguagem não verbal e compreendê-la, mas por convenções sociais nós trocamos os códigos. Assim, é comum alguém perceber que estamos tristes e ao sermos indagados sobre nossa tristeza, dizermos que estamos apenas cansados.

Quando estamos em grupo a nossa linguagem corporal anseia por afirmar nosso "eu". Dessa forma, influenciamos o comportamento do grupo, e, também, somos por ele influenciados. Um ser humano isolado jamais poderia mostrar suas relações humanas completas.

O nosso "eu" não é limitado pela pele. As fronteiras do nosso corpo são invisíveis, e representam as distâncias ideais entre nós e os outros. Procuramos estar perto do que nos interessa, e longe do que nos desinteressa. Uma pessoa em busca de intimidade cede seus direitos territoriais, seja para abraçar ou para brigar.

Seguem algumas curiosidades do vocabulário prático da linguagem corporal:

Resistência passiva, teimosia
Resistência passiva, teimosia
Observe que o Ricardo (esquerda) inclinou-se quase tocando o queixo no peito, indicando que se opõem a uma idéia, as mãos cruzadas sobre o peito, indicam que tanto ele como o Jafé (direita) não pretendem aderir à idéia.

E ambos estão entrincheirados agarrando-se às pastas que seguram. Agora, observe os pés firmemente plantados no chão, se houvessem cadeiras, os pés estariam enroscados nelas, indicando que ninguém os arranca de suas posições.

O Ricardo esboça um leve sorriso, fingindo gostar da idéia, já que todo seu corpo diz o contrário.
Interesse/desinteresse
Interesse/desinteresse
Observe que eu (meio) e a Fabiana (direita) estamos interessadas na revista, estamos inclinadas na direção dela, é um interesse desinibido, pois eu levo a mão à boca numa clara demonstração de querer satisfazer meu "eu", provavelmente vou comprar uma peça da nova coleção.

Agora, observe o desinteresse do Andrécio (esquerda), o relaxamento do seu corpo, com as mãos soltas junto a ele, indicam que o assunto não merece sua atenção, e os pés cruzados que não concorda com nosso interesse feminino e futil (segundo ele, pois a coleção estava demais!).
Expectativa
Expectativa
Observe que as cabeças do Ricardo (esquerda), Datti (meio) e Andrécio (direita), estão inclinadas para frente, indicando interesse no assunto, as bocas em meio sorriso indicam que o assunto os agrada, os cotovelos apoiados que têm expectativas.

O Ricardo e o Datti estão de coração aberto, pois não escondem o peito do interlocutor (você) para o qual direcionam seus olhares. O Ricardo irá aguardar pacientemente, e acolherá a idéia de coração. Já o Andrécio sente uma certa agonia, demonstra ansiedade mordendo os dedos.
Submissão x Domínio
Submissão x Domínio
Observando a foto, podemos claramente identificar quem é o submisso. O que indica isso é a inclinação do rosto do Jafé (direita), não se permite nem olhar nos olhos de Datti (esquerda), colocando-se como um "não-alguém", impõe-se uma distância de Datti, o que também se revela uma distância social.

Enquanto Datti levanta seu rosto, colocando-se como o "Senhor", aquele que é servido, o peito estufado, é ele quem toma a decisão por isso coloca a mão sobre a bandeja.
Firmeza x Fraqueza
Firmeza x Fraqueza
Não existe nada mais eficaz na identificação da insegurança do que um aperto de mão. A firmeza é demonstrada nesse aperto de mãos entre o Jafé (esquerda) e o Andrécio (direita), eles se olham nos olhos, o peito estufado do Jafé indica que seu "eu" é firme, está seguro da situação, o aperto de mão firme, indica que não teme restrições.

Geralmente, aquele aperto de mão sem firmeza, demonstra displicência, desinteresse, acanhamento, receio e insegurança. A mão frouxa indica que a pessoa receia ser envolvida, geralmente está com o tórax curvado, indicando um "eu" fraco, e evita o olhar.

No que conhecer a linguagem do corpo pode ser útil?

Em uma entrevista de emprego, geralmente estamos sendo observados na nossa linguagem corporal também. É comum haverem mesas com tampo de vidro para que o entrevistador possa verificar quando cruzamos e descruzamos as pernas, cruzar as pernas com o pé apontando para a porta indica que o entrevistado está querendo fugir, ir embora, pois não se sente à vontade com o que foi questionado.

Se você não quer ser esquecido enquanto espera, então não se sente, mantenha-se de pé onde possa ser visto pela atendente e segure as mãos por trás das costas, o que demonstra confiança; ou balance o corpo lentamente sobre os pés, o que demonstra confiança e controle.

Quando entrar em uma sala caso queira demonstrar segurança não hesite na entrada. Se hesitar ao entrar pela porta do seu chefe para pedir aumento estará fadado a não recebê-lo, procure não tropeçar ao entrar, também, será entendido como mais uma hesitação.

Quer criar vínculo com alguém? Espelhe sutilmente a linguagem corporal do outro.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Reconstrua seus Paradigmas

Paradigma é um modelo ou padrão estabelecido. Pessoalmente temos os nossos próprios paradigmas, ou porque fazemos determinada tarefa da mesma maneira, ou porque sempre entramos em certos tipos de relacionamentos, ou ainda porque sempre nos damos limites rígidos para nossa capacidade. Enfim, encaro que tudo que se tornou um padrão em nossa vida seja um paradigma.

Fala-se em quebrar paradigmas para inovar, mas existem os paradigmas benéficos.

Como disse Mário de Andrade “ninguém pode se libertar duma só vez das teorias-avós que bebeu durante toda uma vida”.

Por isso, falo de reconstruir paradigmas, o que serve tanto para paradigmas pessoais como corporativos, o tom escolhido aqui é pessoal, porque a reconstrução de paradigmas começa e termina nas pessoas.


A vida é feita de escolhasO meu irmão tem um dom incrível, você discute ferozmente com ele ou ele com você, e 15 minutos depois ele está falando com você como se nada tivesse acontecido. E o engraçado é que ele faz isso com tanta liberdade e naturalidade que você deixa de lado o ocorrido.

Ele sabe perdoar. Ele perdoa a si próprio e ao outro. Perdoar não quer dizer esquecer nem se prostrar diante do outro, mas colocar o ocorrido de lado e recomeçar do ponto anterior, ou do mesmo ponto de forma mais leve, dando chance a si próprio e ao outro de recomeçar. Afinal de contas ele já colocou tudo o que pensava para fora. Meu irmão não se reprime quando coloca para fora o que o incomoda: fala alto, gesticula, diz tudo o que tem a dizer e sai repisando, depois volta calmo e sorridente.

Um sorriso realmente desarma. Quantos relacionamentos teriam dado certo se as pessoas tivessem esse dom!



Se você já leu “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Sant-Exupéry, vai se lembrar que ele conta um episódio sobre os baobás, árvores do tamanho de igrejas.

Na verdade é uma metáfora que nos ensina a cuidar dos nossos sentimentos, procurando por medos, preguiças e rancores que como os baobás quando são pequenos são fáceis de serem arrancados, mas quando crescem tornam-se árvores enormes que em um coração tão pequeno quanto o nosso (nosso planeta!) podem sufocá-lo e matá-lo.

Essa higiene interior é tão importante quanto a pessoal que fazemos diariamente (escovar dentes, tomar banho, pentear os cabelos, etc.), e nesse caso podemos chamá-la de perdão.

Por incrível que lhe pareça, é muito mais fácil perdoarmos os outros do que a nós mesmos. O que os outros nos fazem é evidente, mas o que nós mesmos nos fazemos não.

Saiba que neste momento de sua vida, você pode estar sabotando seus próprios sonhos. Quantas vezes você pensou em desistir? Quantas vezes você disse que não era capaz?

Aposto que quando desistiu ou se sentiu incapaz, tratou logo de achar um culpado, e achou um pobre coitado que só deu o empurrão final para você cair. Mas tudo começou com você, você deu oportunidade para que tudo isso acontecesse. Não fez sua higiene corretamente, esqueceu o lado de dentro, e isso é muito pior do que se esquecer de lavar as orelhas.

As primeiras descobertas mais importantes do homem – o fogo e a roda – jamais teriam acontecido se o homem primitivo tivesse um cérebro tão evoluído quanto o nosso. Ele não tinha um senão a acrescentar, tinha apenas que sobreviver.

Ainda temos que sobreviver e talvez em condições terríveis, porque estamos destruindo nosso planeta, simplesmente porque não nos sentimos responsáveis por ele.

Por que vou utilizar o transporte publico se ele vive cheio de pessoas? Quando o governo colocar mais transportes eu uso.

Bom, existe a lei da oferta e da procura, meu caro, use e cobre. É você quem ajuda a eleger os governantes. E não lamente por entrar em relacionamentos frustrados, pois você tem medo de gente, por isso prefere andar sozinho no seu carro. Poderia optar por uma carona solidária, e quem sabe transformar aquele colega de trabalho em um amigo.

Reflita se não é hora de reconstruir seus paradigmas. Reserve um tempo e reconheça quais são seus paradigmas, pense sobre eles, recicle-os, reconstrua-os. Comece aos poucos, pois reconhecendo quem você é de verdade, pode se perdoar.

Verá que tudo ficará mais simples, mais evidente, cuide do seu pequeno planeta (coração), logo estará cuidando de todo o planeta, e terá sucesso nas suas relações de trabalho e afetivas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mente Colaborativa

Você confiaria em um completo estranho que você nunca viu nem vai ver para ser seu sócio?

O desafio é Colaborar!Pois esse é o sucesso por trás dos códigos abertos, são códigos construídos pela colaboração de pessoas de várias nacionalidades, credos e culturas, unidas pelo desafio de construir algo novo, que são distribuídos para downloads gratuitos por qualquer usuário da internet. Os seus desenvolvedores trabalham espalhados pelo mundo pelo simples prazer de contribuir e trocar experiências, por meio de bate-papos. Enquanto você paquerava, eles trabalhavam, eu já o tinha alertado que é a internet é boa ou ruim, depende do uso que você faz dela. O lado bom desses códigos é que eles são consertados facilmente, não existe apenas um desenvolvedor pensando na solução mas vários, e um complementa a idéia do outro. Eles pensam “fora da caixa”.

Por incrível que pareça esses times colaborativos suplantaram equipes muito bem paga de empresas do setor de TI.

Como esse time que não é remunerado, não se vê, não tem horário de trabalho definido muito menos chefe, consegue melhores resultados do que empresas que investem em capacitação, além de contratarem os melhores especialistas e os remunerarem muito bem?

Eles têm uma mente colaborativa, que sabe ceder parte do controle, compartilha responsabilidades, tem transparência, gerencia conflitos e aceita que projetos bem-sucedidos tenham vida própria.

Antes de iniciar na área de TI, eu fui Auxiliar Administrativo em uma grande empresa do setor de Previdência Privada.
Assisti à transferência de um excelente gerente da área de planos individuais para planos grupais. Apesar de obter um aumento salarial, pediu demissão após 3 meses. Poucos entenderam seus motivos, mas ele se queixava sobre como tinha elevado a área anterior, onde tudo funcionava e era organizado, enquanto a nova área era uma confusão total.
Enfim, perdeu muito tempo “chorando” pelo projeto anterior e não se dedicou ao novo. Na verdade, nem se permitiu conhecê-lo. Ele tinha todas as qualidades para tornar a nova área até mesmo melhor do que a anterior, mas continuou apegado a algo que tinha construído e por isso perdeu o dom de construir.
Desperdiçou uma oportunidade valiosa, quando podia colaborar com o crescimento da nova área, mas não tinha uma mente colaborativa.


Voltando aos times colaborativos que desenvolvem códigos abertos, sabe-se que nenhuma empresa tem condições de competir com eles. É fato que ninguém consegue suplantar quem faz algo por pura paixão. É incrível como a liberdade libera a criatividade. Por não estar preso a padrões e limites, pode-se criar qualquer coisa que a mente imaginar. Não existe um censor para dizer que algo é inviável ou impossível.

Na década de 1990, empresas como: Microsoft, IBM, Oracle, Netscape e Sun, tentavam construir servidores de web comerciais. Foi quando a IBM percebeu que gastava milhões de dólares e não tinha um resultado tão bom quanto o Apache, foi quando resolveu usá-lo em seus produtos. Mas o fez de forma sustentável, contribuindo para seu processo. Deixou de lado o servidor no qual seus engenheiros vinham trabalhando sem sucesso. Foi criada uma fundação (Apache Software Foundation) sem fins lucrativos, e a IBM designou seus melhores engenheiros para que contribuíssem da mesma forma que os demais envolvidos no projeto do código aberto (mesmo espírito, mesma remuneração – de graça), cumprindo assim todas as exigências dos desenvolvedores.


Como podemos observar nesse episódio a IBM tornou em aliado o que poderia ser uma ameaça, e com certeza levou várias lições para a casa sobre colaboração.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mergulhe na Estratégia do Oceano Azul

Nade em águas calmasA crise mundial tem propiciado discussões sobre alternativas e formas inteligentes de gerir os negócios, felizmente o século XXI tem se preocupado com a humanização das empresas.
Grandes empresas estão valorizando o capital intelectual que traz inovação, críticas e sugestões construtivas, e desse potencial cresce o interesse pelo meio ambiente.
A relação de competição dentro das empresas passa por uma revisão de conceitos, onde há um interesse em promover a política de “ganha-ganha”, onde todos os envolvidos devem sair vencedores. Assim a empresa tem seu lucro, o colaborador seu crescimento profissional e os clientes a satisfação por serviços e produtos de qualidade.
Mas existe um grupo de empresas que tem suplantado as expectativas e criado mercados que antes não existiam, na verdade elas não estão inovando nem competindo, elas estão criando oportunidades onde antes não existiam.
Certa vez um fabricante de calçados, mandou dois de seus executivos para um país pobre, para investigar se ele podia expandir seus negócios até lá. Após uma semana ele recebeu os relatórios, o primeiro dizia que não era viável, pois ninguém usava calçados, o segundo que deviam triplicar a produção imediatamente, pois a demanda era alta por não terem calçados.
Enfim, as empresas podem a partir do que já produzem encontrar novos mercados, desde que tenha a mesma visão que o segundo executivo da estória.
É sobre isso que W. Chan Kim e Renée Mauborgne discursam em A Estratégia do Oceano Azul.
A teoria deles é de que os oceanos vermelhos representam todas as indústrias que existem atualmente, ou seja, o espaço de mercado conhecido; enquanto os oceanos azuis denotam as indústrias que ainda não existem, ou seja, o espaço de mercado desconhecido.
O pensamento estratégico é baseado em competição, pois a estratégia corporativa é altamente influenciada pela estratégia militar. Inclusive a linguagem estratégica é profundamente imbuída de referências militares, como chief executive “officers” (comandantes) em “headquarters” (matriz ou sede), “troops” (tropas) em “front lines” (linhas de frente).
Estratégia é sobre confrontar um oponente e lutar por um pedaço de terra que é limitado e constante. De qualquer forma, ao contrário da guerra, a história da indústria nos mostra que o universo do mercado nunca foi constante.
O foco no oceano vermelho é, portanto, aceitar os fatores chave restritos de guerra – terreno limitado e a necessidade de bater no inimigo para ter sucesso – e negar a força distinta do mundo dos negócios: a capacidade incontestável de criar um espaço novo no mercado.
Para criar um espaço no mercado, deve se ter em mente que existem três níveis de não-clientes:
  • 1º nível: São os quase convertidos, eles compram o mínimo de oferta do setor por necessidade.
  • 2º nível: São os refratários, eles viram as ofertas do setor como opção mas as rejeitaram.
  • 3º nível: São os inexplorados, eles nunca pensaram nas ofertas como escolha.
A estratégia do oceano azul tem como princípios: reconstruir as fronteiras do mercado; concentrar-se no panorama geral e não nos números; ir além da demanda existente; acertar a seqüência estratégica (utilidade para o comprador, preço, custo e adoção do produto ou serviço); superar as principais barreiras organizacionais (cognitiva, de recursos, política e motivacional); e, imbuir na estratégia a execução, ou seja, ter processos onde haja envolvimento, confiança, comprometimento, cooperação e superação de expectativas.
Na verdade, Chan Kim e Mauborgne não criaram nada novo, apenas identificaram o que algumas empresas vêm aplicando com sucesso em uma estratégia com foco humanitário, onde a concorrência torna-se irrelevante, novos espaços são descobertos no mercado e explorados de forma consciente, sem o instinto predador dos tempos antigos.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Saber Ouvir: Uma arte esquecida

Seja qual for sua área de atuação ou o cargo que exerça desde que interaja com pessoas é primordial que saiba ouvir, somente dessa forma poderá tirar o melhor proveito das oportunidades.

E se você for um líder e não sabe ouvir, fatalmente terá um time desmotivado.

Saiba que uma demissão ocorre por culpa do líder, que não soube escolher o liderado, ou não soube exercer sua liderança de forma a ouvir seus liderados e dar a eles as motivações que necessitavam.

As substituições em geral são um grande problema nas empresas, pois elas investiram no colaborador anterior e não souberam retê-lo.

Algumas empresas como a IBM estão comprando capital intelectual, ou seja, elas incorporam empresas cujo capital intelectual lhe interessa, nessas incorporações não interessa fazer demissões, mas reter o capital intelectual.
O que vem a ser capital intelectual?

São exatamente as pessoas que geram idéias, inovam e pensam “fora da caixa”, e que também sabem ouvir. Conhecimento adquirido por uma empresa, que molda o seu diferencial em tecnologia para produtos e serviços.
Capital intelectual em ação

Na minha experiência profissional, foi ouvindo as necessidades das pessoas que eu pude aprimorar meu trabalho ou fazer com que ele realmente fosse útil e necessário.

Quando se trabalha com processos e qualidade, é comum ouvir dos executivos que sua atividade não gera lucro, muitas empresas não enxergam os benefícios, pois não estão acostumadas à visão de longo prazo.

Na verdade a empresa tem um problema hoje, não se antecipou e imagina que se começar a gestão de seus processos que nem foram mapeados ainda, amanhã tudo estará funcionando perfeitamente.

É um investimento, assim como quando iniciamos nosso curso na faculdade almejávamos sucesso, sabíamos que havia um longo percurso a percorrer e que com muito trabalho chegaríamos lá.

É comum o executivo acreditar que as coisas funcionam de uma forma, mas na prática muito pouco funciona daquela forma, por isso algumas empresas optam por estipular normas rígidas com punições severas.

Eu presenciei em uma empresa de TI a demissão de uma funcionária que se esqueceu de ir a um treinamento interno de CMMI, foi altamente constrangedor e desmotivador, e, pior, ela era um capital intelectual importante.

Saiba ouvir as pessoas, e entenderá por que elas não participam ou não se interessam. Ouvindo pode-se inclusive encontrar formas de motivar tais pessoas, e se você puder motivar o menos interessado, com certeza poderá mobilizar toda uma empresa.

Tem empresa trabalhando para o concorrente, pois as piores ameaças ocorrem internamente, elas reprimem seus talentos, valorizam a competição interna, e até premiam certas atitudes desde que o lucro aumente. E esquecem que altas doses de desmotivação comprometem o longo prazo. Sua empresa quer obter lucro apenas hoje ou sempre?

A palavra do momento é sustentabilidade, pois as grandes empresas aprenderam que não basta pensar a curto ou médio prazo, elas precisam pensar a longo prazo.

Assim como cada um de nós precisa se perguntar onde quer estar daqui a 10 anos, as empresas também precisam.

Certo empresário notou que atendia muito bem um cliente, mas ele queria diversificar, estender seus serviços, mas via que era em vão, aquele cliente consumia toda a atenção de sua empresa. Avaliou a sustentabilidade de sua empresa a longo prazo, e notou que se o cliente quebrasse ou decidisse mudar para um concorrente, a empresa dele quebraria. Além disso, a empresa dele não tinha se aprimorado em outras vertentes de sua área de atuação. Tomou a decisão de ir até o cliente e comunicar que iria encerrar o contrato, cumpriu com todas as atividades de desligamento necessárias, amparando o cliente para que ele pudesse encontrar um novo prestador de serviços. Após a transição, o empresário notou que os novos clientes chegaram, e seus lucros aumentaram. Hoje nenhum de seus clientes ultrapassa o percentual de 1% de seu faturamento.

Esse empresário ouviu seus colaboradores que queriam novos desafios.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Implemento uma prática ou crio um monstro?

Um dos maiores problemas quando as empresas passam a adotar uma nova prática (CMMI, ITIL, CobiT, SOX, Família ISO, PMI, etc.) é o grau de radicalismo com que o fazem.

Quando começamos a falar sobre a necessidade de implementar um Sistema de Gestão de Qualidade baseado nas normas ISO 9001, um dos coordenadores mencionou uma experiência negativa em outra empresa, ele achava que o sistema não era útil e “engessava” o processo. Onde ele teve contato com o Sistema de Gestão de Qualidade era controlado, inclusive, o número de canetas que o colaborador tinha em sua gaveta, que era periodicamente investigada por um inspetor.

Esse radicalismo demonstra que o sistema foi utilizado de forma equivocada, se havia a necessidade de evitar desperdícios poderia ter sido aplicado com a filosofia 5S’s, ou encontrado meios mais inteligentes para evitar os desperdícios.

Infelizmente, muitos profissionais especializados na implementação das práticas, estão tão focados no teórico que não percebem as necessidades envolvidas, nenhuma das práticas diz “como” deve ser feito, são basicamente guias do que deve ser contemplado, e é exatamente por isso que essas práticas podem ser aplicadas em empresas com culturas e estratégias diferentes.

Outro erro comum é esquecer que o resultado da prática implementada será operado por pessoas, algumas delas viveram sob implementações equivocadas, e por isso têm uma opinião negativa. O que quer que seja que você implemente na sua empresa seja um software, uma filosofia, uma meta, uma prática, deve comunicar de forma transparente quais os benefícios e abrir um canal que esclareça as dúvidas.

Aquela máxima que diz que “em time que está ganhando não se mexe”, está profundamente arraigada no subconsciente das pessoas, qualquer mudança é apavorante, principalmente se elas desconhecem as intenções por trás dela, com isso abre-se um leque de possibilidades e conjecturas. Voilà, um novo monstro!
SucessoMais uma vez notamos que pessoas e comunicação são dois fatores importantes para o sucesso.