domingo, 31 de maio de 2009

Relaxar faz bem!

Você se sente como se não tivesse tempo suficiente para tudo o que deveria fazer ao longo de um dia? Dificilmente alguém vai responder não a essa questão.

Inconscientemente acreditamos que quanto mais atividades nós realizamos mais aproveitamos o nosso tempo, mas é exatamente o contrário.

Você já experimentou apreciar uma paisagem de um carro ou moto em movimento e comparou a sensação de apreciá-la de uma bicicleta em movimento? As sensações são muito diferentes.

A sobrecarga de atividades não proporciona mais qualidade profissional ou pessoal, o exagero dessa velocidade incita mais falhas e erros. Os principais problemas de gestão estão na velocidade com que as decisões são tomadas, gerando mal-entendidos e conflitos desnecessários. Tomar uma decisão em momento de estresse apresenta um resultado muito diferente de quando você avalia e pondera calmamente.

Carpe Diem. Frase em latim, significa "colha o dia" ou "aproveite o momento".
Para evitar esses picos de estresse, você precisa curtir seus momentos, um executivo sem tempo para a família, por exemplo, vai perder valores e situações que facilitariam sua liderança na empresa. Aqueles rabiscos do seu filhinho, as perguntas inocentes dele ou as dificuldades domésticas, são ótimas oportunidades de aprendizado.

Dose com cuidado seu trabalho e sua vida pessoal, aproveite mais a vida!  «

sábado, 30 de maio de 2009

Como despertar a criatividade?

Despertar a criatividade é muito mais simples do que você imagina, basta que faça atividades diferente da sua rotina, isso ativa o lado direito do seu cérebro. Além de despertar a criatividade, vai despertar também o poder de lidar com suas emoções.

Qualquer atividade serve, estando ela fora da sua rotina será o suficiente para quebrar o raciocínio ao qual está habituado. Isso ocorre porque as atividades rotineiras mobilizam o lado esquerdo do seu cérebro, relacionado à razão, já os novos desafios mobilizam o lado direito, relacionado à criatividade e aos sentimentos.

Se você está preso a uma rotina terá mais dificuldades para lidar com imprevistos e emoções fortes.

O seu cérebro funciona sempre usando os dois hemisférios (esquerdo e direito), portanto o ideal é que você contrabalance-os, realizando atividades de rotina e adicionando uma novidade. Com esse equilíbrio você vai facilitar o seu processo de decisão, com o pensamento mais ágil você atinge a capacidade de improvisação, tem maior confiança para resolver conflitos. Seja curioso!

Na onda de evitar o uso de sacolinhas de plástico, eu fiz a minha própria versão de sacola. Os supermercados vendem as suas, mas eu não gosto de sair por aí carregando a marca de qualquer um, além de achar que com a propaganda que eles vão ganhar e baixo custo das sacolas, eles deveriam dá-las aos seus clientes, pois representa economia e um marketing positivo para eles.

Mas enfim, foi divertido fazer a minha própria versão. A intenção era dar um aspecto rústico e divertido, com tecido, tesoura, linha (para crochê), feltros coloridos e agulha, fiz 4 delas, uma para mim e outras 3 para presentear os amigos.

Sacolas
Mas você pode começar por algo mais simples, se você nunca cozinhou, que tal pedir aquela receita que a sua mãe faz e você adora, e tentar fazê-la? Conseguiu fazer? Está parecida com a dela? Que tal fazer suas alterações na receita e descobrir novos sabores?

Não quer se aventurar na cozinha? Pode ler um livro, muito diferente daqueles habituais que você lê, e se não gosta de ler livros, que tal se desafiar a ler um?

No livro O poder da inteligência criativa do Tony Buzan (responsável pela sistematização dos mapas mentais), ele abre a introdução com um teste para saber se você é criativo ou não.

O teste consiste de 14 perguntas, que você deve refletir e responder a si mesmo, com sim ou não, contabilize a quantidade de sins e nãos:
  1. Você “sonha acordado”?
  2. Você planeja cardápios e cozinha para si mesmo, para a sua família ou amigos?
  3. Você mistura e combina cores, tecidos e acessórios ao comprar roupas para criar um estilo próprio?
  4. Você gosta de diferentes tipos de música?
  5. Você lembra com prazer pontos altos da sua vida, por exemplo, períodos especiais que passou com amigos, grandes momentos desportivos, férias inesquecíveis, algum “fracasso” ou vitória importante?
  6. Você fazia muitas perguntas quando era criança?
  7. Você ainda faz muitas perguntas?
  8. Você às vezes se encanta diante da complexidade ou da beleza das coisas e procura saber como isso funciona/foi feito/aconteceu/surgiu em sua vida?
  9. Você tem fantasias sexuais?
  10. Você tem em casa jornais, revistas ou livros que prometeu a si mesmo que leria, mas ainda não encontrou tempo para fazê-lo?
  11. Há outras coisas em sua vida que você prometeu a si mesmo que faria ou realizaria, mas ainda não tomou a decisão de concretizá-las?
  12. Você é movido ou estimulado por espetáculos excepcionais nos campos da música, dos esportes, do teatro ou das artes?
  13. Você diria “sim”, se eu, com uma varinha mágica de repente:
  • O tornasse um dançarino hábil, leve, esplêndido, capaz de surpreender a platéia em cada etapa da dança?
  • Desse a você uma voz igual à do seu cantor preferido, capaz de cantar praticamente qualquer canção, para sua satisfação pessoal e para prazer e diversão de outras pessoas?
  • Fizesse de você um artista competente, capaz de rascunhar em poucos instantes desenhos humorísticos, esboços, paisagens e retratos, e de esculpir tão bem que o próprio Michelangelo o consideraria um aluno brilhante?
  • Transformasse você num exímio contador de histórias e de anedotas, capaz de hipnotizar as pessoas com suas narrativas e de fazê-las rir a mais não poder com suas piadas geniais?
   14. Você está vivo?

Se você respondeu SIM a mais da metade dessas perguntas, você é por definição, Criativo.

Sem a Rotina resta a Eterna Curiosidade!
As perguntas referem-se a atividades que você pode experimentar para sair da rotina, mas não se prenda a elas, você tem a liberdade de escolha na sua mão, é só aprender algo novo.  «

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Timidez

Eu Krika, confesso publicamente que fui muito tímida, lembro de uma vizinha dizendo para a minha mãe que eu jamais conseguiria um emprego por causa da minha timidez.

Mas ela estava enganada, timidez com certeza atrapalha muito o desenvolvimento de alguém, mas tem solução. Deve ser enfrentada.

Se aquela vizinha visse hoje o resultado de uma avaliação da minha personalidade que diz que sou bastante centrada, tenho discurso claro e seguro. Com boa desenvoltura e comunicação. E tudo isso no cara a cara, por meio da escrita fica fácil ter desenvoltura.

Mas eu não estava sozinha, quase metade da população sua frio, gagueja ou dá meia volta diante de uma situação difícil.

Começar uma conversa é um pesadelo, mas o pior de tudo é fazer uma apresentação para uma sala cheia de gente.

Na minha graduação, o trabalho de conclusão era apresentado para toda a sala. Geralmente por grupos, mas eu e uma colega queríamos nos especializar em banco de dados relacionais, e os grupos queriam assuntos mais amenos. Então, conversamos com a professora e recebemos autorização para fazer o nosso trabalho de conclusão como queríamos, mas recebemos uma advertência muito clara dela: “o tema é muito bom, esse trabalho precisa ser excelente”.

Com a prévia dos trabalhos em mãos, ela mudou o rumo das apresentações, teríamos que apresentar no auditório para outras turmas. Eu fiquei sem ação. Minha colega tinha muita desenvoltura, ela falava alto. Meus colegas diziam que eu precisava de um megafone no dia-a-dia. Por aí, você imagina o quanto sofri por antecipação, pensando em como seria o dia da apresentação.

O assunto nós dominávamos, tínhamos feito extensa pesquisa, inclusive com tendência de mercado, os bancos de dados relacionais eram novidade na época. Conversamos com DBA’s para balizar nosso trabalho. Não tínhamos computador pessoal na época, então escrevemos a apresentação à mão, e contratamos uma empresa de digitação, lembro que ficou muito bom para os padrões da época. Lembro que a minha colega se preocupou com a parte visual, e eu com a escrita, o trabalho foi totalmente digitado à máquina de escrever.

Não lembro qual era o software, mas não era PowerPoint, alugamos retroprojetor. As apresentações na época eram feitas em transparências, computador pessoal ainda era um luxo.

O dia da apresentação. 
Eu tremia, e para meu desespero o auditório estava lotado com pessoas sentadas no chão e encostadas na parede, assim que a professora descobriu a parafernália que tínhamos montado para a apresentação, ela entendeu o convite a turmas de outros cursos.

Eu suava frio e tremia. Ai que vontade de fugir, mas daquilo dependia a conclusão do meu curso. Na noite anterior eu havia tido todo tipo de pesadelo de como daria tudo errado.

Eis que a primeira coisa boa daquela noite aconteceu, a Patrícia (minha parceira de trabalho) virou para mim e disse: “Eu não disse nada, mas tenho uma surpresa para você. Eu pedi microfones para nós.”

Eu nem imaginava que tinha microfone, já que os outros grupos não tinham usado.

Você não imagina o alívio que eu senti, a apresentação estava dividida em duas partes, a Patrícia foi a primeira. Assim que a apresentação começou, fez-se silêncio. Nenhum burburinho, risadinha, nada. Ela foi perfeita!

Eu apresentei a minha parte olhando para a parede do fundo, acima da última cabeça que eu enxergava. E apontando a projeção para mostrar os gráficos de tendências.

Mas dava para ouvir minha respiração em algumas partes da apresentação, eu tentava respirar corretamente, mas eu estava realmente trêmula.

Nenhuma risadinha. Nada. Não sei porque, aquilo começou a me parecer que não era bom.

Fim da apresentação. Eles aplaudiram. A professora aplaudiu euforicamente. E veio até nós, tomou o microfone e disse que não divulgava a nota até a avaliação final, mas que no nosso caso ela abriria uma exceção, nossa nota era 10. Ufa!

Aí, um engraçadinho lá do fundo disse: “O microfone foi uma grande idéia, pela primeira vez eu ouvi a voz da Krika”. Um cômico, ele sentava do meu lado na sala de aula! As maçãs do meu rosto queimavam.

Você pode estar rindo da minha estória, mas ela realmente aconteceu comigo, e todas as paranóias, medos, suor, pernas bambas, acontece com quase metade da população.

A timidez faz isso com a gente, e se cedemos a ela não enfrentamos nada. Ter enfrentado e sobrevivido a essa situação, foi um dos primeiros passos para vencer a timidez.

Eu percebia que quanto mais eu me sentia segura, mas desenvoltura eu ganhava. Com certeza eu faria uma apresentação muito melhor agora.

Você é um grande comunicador! Basta que acredite nisso.
Na primeira semana, em uma empresa eu tive que fazer uma apresentação sobre as análises preliminares de um problema para os principais coordenadores sem conhecê-los. Muito pior do que não conhecê-los era que eu podia estar tocando em pontos sensíveis, em geral quando se fala em problema, as pessoas instintivamente procuram por um culpado e reagem de forma negativa. 
Que bom que eu superei a timidez, eu não senti as maçãs do rosto queimar, minhas mãos não suaram, minhas pernas não tremeram, pude olhá-los nos olhos enquanto fazia a apresentação. Até quebrei o gelo da situação, mostrando possíveis soluções e envolvendo-os no assunto de forma participativa.

Se eu consegui, você também consegue. Em geral, travamos porque não nos sentimos seguros sobre o assunto, portanto estude com afinco o assunto, esteja preparado para os questionamentos, quanto mais claro e preciso você puder ser menos dúvidas gera nas pessoas, mas elas confiam em você.


Apresente-se, isso aumenta a sensação de intimidade. 

A falta de reação do interlocutor a um assunto não significa rejeição a você, mas ao assunto, portanto escolha outro assunto de interesse comum, ou mude a abordagem. Quando eu explico algo, eu procuro usar exemplos ou faço analogias com elementos do cotidiano das pessoas presentes. 

Não responda por monossílabos (sim, não, etc.), tente dar informações pessoais para criar empatia. 

Preencha os silêncios, faça perguntas ou comentários.


É como dizem, quem tem boca vai à Roma.  «

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O que eu vou ser quando crescer?

Independente do lhe aconteça procure enxergar longe.

Não seja como um garçom preocupado somente com as gorjetas sem dar atenção ao que acontece ao redor, dessa forma perde-se a oportunidade de aprender tudo o que puder para que um dia se torne dono de um restaurante.

Qual o seu objetivo? Hum... Deixe-me ver.. Já sei! Ser uma Chef famosa.
Por isso é tão importante investir em cursos de idiomas, especializações, pós-graduacao; são meios para prepará-lo para ir mais longe.

A receita para o sucesso é mais simples do que se pensa, ele vem da competência, disposição para o trabalho e sorte. A competência você adquire estudando e aprendendo como os profissionais mais experientes. E as empresas não têm interesse pelo profissional competente, mas preguiçoso.

Sorte está relacionada à maneira como encaramos as situações. Nem sempre uma situação ruim é o fim, pode ser o começo do seu sucesso. É comum dizermos que alguém teve sorte em algo, mas imagina se a pessoa estivesse no lugar certo mas sem o preparo adequado, nada aconteceria, não é mesmo?

Pense “fora da caixa”, analise a situação por outros ângulos, afinal você investiu em aprendizado e trabalhou arduamente até aqui. Portanto, tenha autoconfiança, você está preparado. Mantenha o foco nos seus objetivos, eles norteiam a sua trajetória quando estiver confuso. E sempre tenha muita persistência, como Ayrton Senna da Silva dizia:


“Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita forca, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.”  «

terça-feira, 26 de maio de 2009

Você não merece um chefe tirano

Não confunda assédio moral com um momento de estresse. Quando estressado o seu chefe não terá a intenção maldosa que o assédio moral pressupõe. Pois nele existe a vontade de destruir o colega, atingindo-o em seus pontos fracos por meio de pequenas agressões repetidas ao longo do tempo. Sempre muito sutis e veladas elas provocam na vítima uma confusão que a leva a se julgar incapaz e por isso perde a autoconfiança.

O que leva um chefe a assediar moralmente um subordinado? Como estamos tratando da natureza humana, em geral é por ciúmes e rivalidade, para esconder a própria incompetência. Em alguns casos, ele também está sendo assediado pelo seu superior e está descontando da mesma forma no seu subordinado.

O que percebemos é que o assédio moral é mais comum em empresas com problemas de gestão, elas atiçam a produtividade por meio de competição interna, usando seus profissionais como objetos, pressionando-os constantemente a serem mais produtivos e descartando-os em qualquer oscilação econômica.

Quando a alta direção de uma empresa tem esse comportamento cínico, passa uma mensagem implícita de autorização para esse tipo de ação pelos chefes.

Não estou dizendo que os profissionais não devam ser produtivos, e sim que as empresas devem ter uma abordagem clara e objetiva a respeito de seus funcionários, coibindo abusos de tal natureza, apesar de serem criminosos eles ainda corroem a vitalidade da empresa. Não é lucrativo para ela.

A sociedade ainda não abriu completamente os olhos para esse problema, muitas pessoas assediadas moralmente trocam de emprego, ou por iniciativa própria ou por demissão, mas poucas se dão conta de que houve danos psicológicos que podem afetá-las por muito tempo. Sem o devido acompanhamento médico, toda a carga emocional negativa estará de volta na primeira situação de estresse.

Sintomas de Assédio Moral
Imagem baseada nos dados de Assédio Moral no Trabalho.
A psicanalista francesa Marie-France Hirigoyen narrou que uma mulher se jogou da janela de onde trabalhava e o fato foi considerado apenas como um acidente de trabalho. Ela vinha sendo assediada moralmente por um chefe, denunciou à direção, mostrou atestados que comprovava os prejuízos a sua saúde e nada foi feito. Em um dia que ela foi muito humilhada, atirou-se da janela. Não morreu, mas ficou paralítica.

Assédio moral é algo muito grave e atualmente atinge os jovens, devido ao modelo excessivamente competitivo de nossas escolas. Acho que você já deve ter visto nos noticiários casos em que um adolescente se arma, vai para a escola e se vinga de todos os seus colegas.

Enfim, o assediado deve parar de se corroer, ele deve procurar ajuda e voltar à vida normal. Mas melhor do que tratar é prevenir. E só podemos nos prevenir reconhecendo quando ocorre um assédio moral.  «

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Coaching: será a recuperação dos relacionamentos?

Por que a maioria dos casais antigos tinha mais sinergia do que os casais da nossa geração? Por que os profissionais do passado tinham mais comprometimento com as empresas em que trabalhavam?

Falar do passado é sempre complicado, pois falamos de coisas que vimos em fotografias, lemos ou ouvimos de relatos nostálgicos, daí tudo parece ser tão perfeito, quando nem sempre foi.

Mas mesmo em uma análise superficial posso dizer que a grande mudança está nos relacionamentos, sejam pessoais ou profissionais. No passado que antecedeu a geração dos meus pais, eles se baseavam em confiança, a maioria dos casais vivia em sinergia e os profissionais permaneciam por toda uma vida em uma empresa, simplesmente por confiarem.

Os papéis eram bem definidos, tão definidos que as pessoas sentiram-se oprimidas e romperam com eles.

Infelizmente nesse rompimento a confiança se perdeu. Quem atualmente em sã consciência fecha negócio sem um bom contrato? Até os casamentos podem ser feitos com contratos pré-nupciais.

As empresas na busca por inovação e criatividade, descobriram que quando seus colaboradores mantêm relações de confiança dentro da organização, eles se comprometem e contribuem de forma proativa.

É daí que se origina a preocupação com o coaching para executivos, tornou-se um modismo, então as empresas implementam, mas como já foi dito várias vezes tudo que é feito sem objetivo, torna-se vago e sem sentido.

Um coaching bem feito com o intuito de aproximar os objetivos pessoais do profissional com os objetivos da empresa, estreitando os laços de comprometimento e parceria; só é possível quando há, da empresa para o profissional, o respeito que estabelece a confiança necessária.

Confiança é o impulso de um relacionamento feliz.

A confiança dentro das organizações não será mais como no passado, onde um colaborador passava anos em uma mesma organização. E também não é lucrativo para a empresa um quadro de profissionais mercenários, prontos a abandonar o barco a qualquer aceno com notas de dinheiro.

Por isso as empresas saíram a procura de meios de mostrar que elas têm planos de longa parceria com seus colaboradores. E agora toda a empresa tem também a missão de estabelecer a confiança dentro e fora da organização. «

domingo, 24 de maio de 2009

Efeito placebo na Qualidade

Efeito placebo é a crença de que uma substância pode curar, mas na verdade a melhora ou cura ocorre por ações psicológicas e não pelas substâncias inertes do medicamento, mas o paciente desconhece esse fato.

Algumas empresas utilizam técnicas similares para a questão da Qualidade, adotam discursos, até investem em cursos, contratam pessoas e passam a vender aos clientes uma qualidade que ainda não existe.

Conheci executivos que nos seus discursos soltam muitas palavras sobre qualidade, e até convencem que ela é a preocupação principal da empresa, mas na realidade são discursos sem base real.

Esse efeito placebo nas empresas não é tão bom quanto os apresentados em pacientes que utilizaram pílulas de açúcar e se sentem curados, pois esse discurso sem base engana colaboradores e clientes até certo tempo, depois a verdade aflora.

Todos nós sabemos que nenhum ser humano, nem mesmo um enganador convicto, gosta da sensação de ser enganado.

O contrário do efeito placebo é o efeito nocebo, onde o paciente piora com a administração da medicação inerte ao invés de melhorar.

Qualidade: esse medicamento não deve ser utilizado por empresas sem as orientações adequadas.Eu percebo que as empresas que enveredam pelo caminho de fingir interesse pela qualidade experimentam os dois efeitos. Mas o pior efeito é no bolso, querendo ou não mesmo para encenar que existe qualidade em uma empresa, monta-se o circo, e no final não atinge objetivo nenhum, perde-se credibilidade com o cliente e até o respeito dos concorrentes.

Ao passo que se tivessem investido em qualidade de verdade, os gastos poderiam ser mais altos, mas estariam ganhando clientes ao invés de perdê-los. «

sábado, 23 de maio de 2009

Princípio da finalização

Muitas vezes começar é muito fácil, algumas pessoas, inclusive começam certo, com o planejamento, mas se cansam na execução e não finalizam. Acredito que você mesmo possa se lembrar de quantas ações sua empresa começou e não foram terminadas, pelos mais variados motivos.

Algumas técnicas ajudam a evitar esse “cansaço” na execução. Como o Quick Wins, que nada mais é do que um programa de impacto imediato, usualmente utilizado na melhoria de serviços. Mas que pode ser aplicado em qualquer tarefa, ação ou projeto que possa causar esse sentimento de estagnação que fortalece o abandono de tarefas e projetos ou mesmo causam um desinteresse da empresa por eles.

Crie marcos importante que implementem impactos para a empresa.

Por exemplo, se eu tenho para mapear várias unidades de negócio de uma empresa com atividade complexa, eu agrupo essas unidades por afinidades e crio marcos para a entrega dos mapeamentos por grupo de unidades.

Com isso a empresa consegue acompanhar que o trabalho está sendo realizado, e pode inclusive coletar informações importantes desses trabalhos, ao passo que esperar a finalização de todo o projeto de mapeamento, pode ser um fator para descrédito, pois ninguém vê nenhum resultado.

Marque o caminho do seu sucesso pelas vitórias.Eu sempre dou preferência por segmentar o trabalho, porque além de facilitá-lo, são criados escopos menores e mais fáceis de serem controlados, também proporciona uma visibilidade e sinergia com quem aguarda os resultados.

Outro benefício, é que se for absolutamente necessário parar a atividade, ela não fica comprometida, pois se conhece sua extensão, e já se obteve alguns resultados, ou seja, o investimento feito não é perdido.  «

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Princípio da inicialização

Na inicialização de qualquer tarefa, técnica, metodologia, projeto, ou o que quer que você esteja inicializando, adote uma preparação baseada em planejamento. Da mesma forma como você adotaria os preceitos praticados por integrantes de uma irmandade a qual estivesse aderindo.

Muitas vezes não obtemos os resultados esperados por negligenciar o planejamento, sempre podemos culpar o mercado, uma situação desastrosa impossível de prever, mas o verdadeiro vilão é a falta de planejamento.

Há alguns anos houve algumas discussões sobre brasileiros barrados em aeroportos na Europa, os números não são comentados, mas sabe-se que muitos brasileiros são obrigados a retornarem sem desfrutar da viagem, por pura falta de planejamento.

Cada país tem sua soberania, ou seja, leis próprias que devem ser respeitadas por seus cidadãos e pelos visitantes. Sempre faço pesquisas na Internet antes de viajar. Quando eu fui à Paris eu tinha o mapa do transporte metroviário impresso em mãos. Sabia todas as conexões que eu tinha que fazer do aeroporto Charles de Gaulle até o meu hotel, sem nunca ter estado lá antes.
E esse detalhe facilitou muito a minha vida, pois na minha chegada devo ter perdido umas 3 horas no aeroporto, passando pela imigração, aguardando a liberação de nossa saída, pois havia uma ameaça de bomba (felizmente, foi um alarme falso) e encontrando a minha bagagem que foi retirada da esteira e guardada em local seguro pela companhia aérea.

Após 12 horas de vôo mais 3 horas de aeroporto se eu não soubesse quais conexões fazer para chegar ao hotel seria realmente muito frustrante. Liberada das questões do aeroporto foi muito fácil transitar pelos metrôs de Paris, inclusive a minha prevenção em levar uma mala menor foi bem-vinda, pois os metrôs são antigos e muitos deles não têm escadas rolantes. 
Fazer o câmbio do dinheiro e solicitar algumas notas menores também, todo o transporte em Paris oferece máquinas para venda de bilhetes, mas elas aceitam apenas moedas e o cartão bancário da União Européia, especificamente na estação de trem no aeroporto tem uma máquina para trocar o dinheiro por moedas, mas ela trocava notas até 10 euros. Se eu tivesse com uma nota de 50 euros eu teria que enfrentar uma fila quilométrica de turistas desavisados, e eu estava cansada, louca por um banho e uma cama. Cansada como eu estava eu não poderia tratar de tantos detalhes, portanto se eu não tivesse os antecipado no Brasil meu desgaste físico teria sido enorme.
Toda Viagem começa pelo Roteiro.
Esse é apenas um dos vários exemplos que eu poderia citar em que o planejamento foi importante.

Resumindo: o principio da inicialização é o planejamento, comece sempre planejando, e não leve em conta uma frase que já ouvi e com a qual discordo plenamente que diz “o homem faz planos, Deus ri”, como a dizer que é uma bobagem planejar. Os imprevistos existem, mas é mais fácil encontrar o freio de um veículo desgovernado que você já estudou, do que de um totalmente desconhecido.  «

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Onde você estava há 10 anos?

Estava relendo um artigo que escrevi há uns 10 anos, intitulado “A Tecnologia da Informação e o cliente como aliado estratégico para competir na economia globalizada: novos desafios da Gerência de Informática”, apesar do título enorme, eu já defendia que a satisfação do cliente o torna um grande aliado para as empresas. Eu me apoiava em pesquisas que mostravam que apenas 10% dos clientes insatisfeitos reclamam, os outros 90% deixam de comprar e ainda fazem propaganda negativa dos produtos ou serviços.

O cuidado e a observância das necessidades dos clientes proporcionam crescimento a longo prazo. Fato quase sempre esquecido.

Eu também defendia a transformação dos funcionários em “produtores de idéias”, demonstrando inclusive que é mais barato investir em treinamento dos funcionários existentes do que na contratação de novos funcionários. Infelizmente, qualquer redução de custo nas empresas começa pela redução ou completa eliminação dos treinamentos, depois demite-se e contrata novos recursos com as habilidades necessárias, mas sem os vínculos de comprometimento que o funcionário sem o treinamento tinha.

Talvez eu tivesse uma veia visionária, pois eu também apontava a Internet como um novo palco dos negócios, o interessante é que há apenas um ou dois anos antes do artigo, eu tinha adquirido meu primeiro computador pessoal e fazia minhas primeiras incursões na Internet.

Tudo muda após uma década, menos os seus ideais.
Eu também lembrava que a Gerência de Informática devia estar atenta para dar o suporte adequado às empresas, pois as relações se dariam no âmbito mundial, e que o papel do gerente deveria ser o de um líder de “produtores de idéias”, tudo com interesse de conquistar aquele que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso da empresa: o cliente.  «

terça-feira, 19 de maio de 2009

Cadeia de consumo

A nossa cadeia de consumo é formada por extração, produção, distribuição, consumo e disposição, entretanto é um ciclo em falência. Nossos antepassados não pensaram na sua sustentabilidade, e apesar de discutirmos o assunto ainda não pensamos nisso de forma inteligente.

Tudo o que é feito e falado sobre o assunto ainda é muito pouco ou equivocado. Devemos ser mais conscientes dessa realidade, porque estamos destruindo a nós mesmos. De todas as formas possíveis, negligenciando o futuro dos nossos sucessores naturais.

A globalização transforma países inteiros em fornecedores para essa cadeia. Dessa forma, regiões inteiras apresentam mudanças climáticas drásticas com a extração do solo, vegetação e rios, enquanto outras por questões sociais deficientes oferecem mão-de-obra barata para a produção, os mercados ganham a tarefa de distribuir o mais rápido possível, somos educados desde crianças a consumir, somos consumidores vorazes, meticulosamente treinados para isso.

Os produtos são fabricados para serem descartáveis ou cobiçados, os celulares representam um bom exemplo disso, além de serem frágeis, sempre queremos o último modelo, enquanto nem sabemos o que fazer com o modelo antigo, mas ele tem um componente perigoso a bateria, você não pode reaproveitá-la no novo aparelho, são propositalmente incompatíveis. Entretanto, uma bateria não pode ser simplesmente jogada no lixo, mas quantas pessoas sabem disso?

Querida, mulheres inteligentes acreditam no amor e reciclam seus sapatos!
Fala-se em reciclar o lixo, mas a reciclagem tem limitações, o que o governo está fazendo para a coleta seletiva de lixo, o que estamos fazendo para reduzir nosso lixo, eu fico impressionada com a quantidade de embalagens que temos que colocar no lixo. Mas o lixo que produzimos ao consumir é 70 vezes menor que a quantidade de lixo que resulta na produção do produto consumido.

Em algumas empresas há o uso de papéis reciclados, mas nem sempre é feito de forma correta, elas precisam verificar a composição adequada para a impressora que possuem, alem de criar uma campanha de redução de consumo.

Faça uma visita à impressora de sua empresa, e veja quanto papel impresso está lá abandonado, as pessoas imprimem sem necessidade.

É tudo uma questão de educação, não tínhamos o hábito de evitar desperdícios, não basta que você diga, a partir de hoje vamos evitar o desperdício e toda a sua empresa vai responder positivamente. As pessoas não praticam isso em suas vidas pessoais, como vão praticar na empresa?

Além disso, existem algumas fobias sociais que não ajudam em nada. 

No banheiro de uma empresa eu assisti uma cena que me deixou muito surpresa. Uma garota abriu a torneira do lavatório, avisou ás outras para não fechá-la; entrou na casinha para fazer suas necessidades; voltou; lavou as mãos na torneira que jorrava água por todo esse tempo; enxugou as mãos com quase meia dúzia de folhas de papel; atirou no lixo; pegou a mesma quantidade de papel; fechou a torneira e levou os papéis para abrir a porta do banheiro.

Insano, mas isso pode estar acontecendo na sua empresa, como uma pessoa de formação superior pode ser tão mal informada? E, o pior ela pode virar exemplo para outras pessoas susceptíveis a essas fobias.

O que você pode fazer para evitar esse desperdício na sua empresa? Educar. Forneça informação aos seus funcionários, com foco em suas vidas pessoas, elas precisam mudar seus hábitos, e eles começam em casa.

Além disso, crie um ambiente funcional, troque as torneiras por torneiras com sensores, coloque avisos para evitar desperdícios. Se necessário, repense as maçanetas. Alguém me contou uma técnica empregada por um aeroporto da Europa para manter os banheiros masculinos limpos por mais tempo. Pintaram uma mosca como alvo na louça dos mictórios no local exato onde se deveriam urinar, com o desafio lançado, os frequentadores do banheiro passaram a acertar o alvo.

Repense a sua cadeia produtiva, de onde vem a matéria-prima, o que acontece com seu produto depois de consumido, existe um grande grupo de consumidores, que vem aumentando, preocupado com isso.

Eu ainda não vi empresas abrindo canais de comunicação com esse grupo consumidor, mas acredito que seria uma parceria e tanto, afinal todos podem sair ganhando.

Enquanto isso não acontece, que tal ser mais conscientes do nosso papel na cadeia de consumo?


Em tempo, visite o site Story of Stuff e assista a um vídeo (versão legendada ou sem legendas) muito bem elaborado sobre a cadeia de consumo e os perigos que ela representa para nós. Aposto que vai mudar seus conceitos. «

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Desmistificando os processos de negócio – Conclusão

Para o sucesso dos processos de negócio de sua empresa é preciso ter foco nas necessidades do cliente, um projeto de melhoria de processos muito bem planejado, executado e uma liderança forte e motivadora.

Não existe solução mágica, rápida e conseguida sem esforço quando se fala em melhoria de processos, entretanto um trabalho sério e consciente produz resultados palpáveis e compensadores.

Essa série de posts se propôs a desmistificar como os processos de negócio podem ser melhorados, expondo pontos esquecidos e que produzem péssimos resultados ou os atrasam. Como fato, sabe-se que de 50 a 70% dos esforços de melhoria em processos não atingem os resultados esperados.

Isso ocorre porque não basta que haja um herói e toda a empresa está salva, realmente é uma ação conjunta e coordenada, sobretudo planejada. Se houver esse esforço e vontade, o sucesso está a caminho.

E mais uma coisa, as estatísticas dizem que de 50 a 70% dos esforços de melhoria em processos falharam, não que falharão. Passado x Futuro. Se aprendermos com o passado, todos os erros comuns que foram cometidos, fatalmente eles não serão mais cometidos.

Com os instrumentos certos não tem como se perder.
Pessoalmente, eu percebo que a gestão por processos dá aos gestores uma segurança a mais. Com os processos mapeados, eles têm também, em mãos, um mapa de toda a estrutura operacional do negócio, além de contarem com indicadores dando a eles um feedback realístico da situação.  «

domingo, 17 de maio de 2009

Desmistificando os processos de negócio – Parte V

Melhoria contínua

Empresas que praticam a melhoria contínua se orgulham disso, e não é para menos, pois é um esforço conjunto, adquirido com muito trabalho e determinação.

A melhoria contínua começa com a atividade de monitoração, dois aspectos sempre devem ser monitorados: o progresso da ação e os resultados.

O progresso da ação é medido pela quantidade de informação que é disponibilizada aos envolvidos, pelo compromisso dos gestores e pelas mudanças comportamentais das equipes. Esse ponto é avaliado por pesquisas de clima da empresa e satisfação dos funcionários.

Os resultados são monitorados a partir das atitudes dos funcionários, pelas percepções dos clientes e dos fornecedores.

A principal mudança nos processos sempre ocorre na comunicação que é reforçada por toda a empresa, isso ocorre porque os processos se comunicam. Um processo recebe informação de outro processo, transforma e entrega o resultado a outro processo.

Qualquer problema de comunicação deve ser estudado com afinco, pois demonstra alguma falha imediata nos processos ou de treinamento dos envolvidos.

Cuide da saúde dos Processos continuamente.
Os indicadores de desempenho vão lhe dar a justa medida para monitoração e avaliação de tendências. Também os indicadores devem estar ligados aos objetivos estratégicos da empresa.

Os indicadores funcionam como termômetros, mostrando o quanto os processos estão “quentes” ou “frios” em relação aos objetivos estratégicos traçados para a empresa.  «

sábado, 16 de maio de 2009

Desmistificando os processos de negócio – Parte IV

Implementar as melhorias dos processos

Colocar as melhorias dos processos em execução é onde os esforços de melhoria encontram a maior resistência. Toda e qualquer mudança gera desconforto, devemos estar preparados para essa situação. A melhor política é aquela que adoto com as crianças, tudo o que elas me perguntam eu respondo de forma objetiva e clara. Mentiras e ilusões apenas geram desconfiança quando um belo dia elas descobrem a verdade. O mesmo ocorre com as pessoas envolvidas na mudança de um processo.

As oposições que você pode enfrentar são muitas, desde adversários evidentemente hostis até os passivos, todos com a mesma determinação: demonstrar que as mudanças não terão sucesso.

Não se revolte, faz parte da natureza humana, por esse motivo eu venho batendo na tecla de que devemos planejar; realizar ações baseadas na estratégia da empresa, com foco no cliente; realizar simulações; estar atento aos detalhes. Tudo isso será crucial nesse momento.

O que eu não disse até agora (especificamente, nessa série) é que devemos paralelamente trabalhar a mudança cultural, dando informações, promovendo palestras, afixando cartazes, enfim, quaisquer ações que possam deixar claro desde o início que haverá uma mudança e quais os objetivos dela.

Imagine como seria desastroso, se uma mulher ficasse grávida em um dia e no outro já estivesse dando à luz. Ela leva nove meses para gerar um bebê, e nesse período ela vai se acostumar com o fato, perceber mudanças no seu corpo e até no modo de ver a vida, mesmo assim quando o bebê nasce ela tem pela frente muitas outras mudanças. Existem as mães que se planejam, criam até um fundo para a faculdade do bebê. Estudam o assunto, praticam como cuidar do bebê, conversam com amigas, lêem livros, mas têm situações que só vivendo para entender. Entretanto, quanto mais informação se tem, melhor se convive com as mudanças.

Esse cuidado com as informações e a transparência dessas ações proporcionará uma transição muito mais fácil. Portanto, crie um programa de mudança cultural que realmente envolva as pessoas, sem elas os processos mesmo melhorados não atingem o potencial esperado.

Muita gente acha que a dança do ventre é uma dança sensual, usada para seduzir, mas na verdade é uma celebração, à deusa Ísis, originalmente praticada no Egito antigo por suas sacerdotisas. Houve algumas invasões, e algumas dessas sacerdotisas foram raptadas por árabes, e elas incorporaram à dança elementos como adagas e espadas simbolizando que seus raptores poderiam ter seus corpos, mas nunca suas mentes. Esse relato é para mostrar que você pode de certa forma, obrigar as pessoas a realizarem as tarefas como você quer, mas elas não vão colocar o coração e a mente delas nisso, por esse motivo é imprescindível o cuidado em convencer as pessoas, e ganhar o apoio delas.

Resolvido esse desafio, o próximo é criar um plano de transição para a implementação das melhorias nos processos. O objetivo desse plano é alinhar a estrutura da empresa, os sistemas de informação, as políticas e os procedimentos com os processos melhorados.

Tudo pronto para a Implementação, o Plano de Transição está OK, o Checklist também!

Parece simples, mas não é. Você não tem idéia de quanta informação obsoleta são guardadas atualmente nos sistemas de informação de uma empresa, algumas delas formam verdadeiros campos minados, pois podem arruinar um negócio se utilizadas por engano. Além disso, não tem nada pior do que um processo mudar e não ter essa informação nos procedimentos, o que torna tudo confuso para o funcionário que executa a tarefa e impraticável para o novo funcionário. Além de resvalar ocasionalmente para o cliente, o que não é nada positivo para a imagem da empresa.

Eu aconselho implementar as melhorias em um plano piloto, e depois aplicá-las em ondas, assim evita aquela sensação de confusão generalizada. E a cada onda de melhoria implementada pode-se verificar se todas as amarrações foram devidamente conectadas.

De qualquer forma, monte um cronograma e respeite os prazos das implementações, nesse momento seu melhor amigo é a lista de verificações. Jamais confie apenas na memória, pois pode pular uma etapa ou evento importante e lá se vai seu planejamento, sua boa noite de sono, fim de semana e assim por diante.   «

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Desmistificando os processos de negócio – Parte III

Desenhar processos TO-BE

Nosso objetivo é produzir uma ou várias alternativas para a situação atual dos processos (to be - a ser), lembrando que essas alternativas devem satisfazer os objetivos estratégicos da empresa (que delimitamos na parte I).

Devemos comparar o desempenho dos processos da empresa com as melhores práticas de mercado relevantes para eles, a fim de propor melhorias, sempre levando em conta os objetivos estratégicos do seu negócio.

Identifique as melhorias necessárias nos processos existentes, devem ser melhoradas todas as desconexões levantadas neles.

Não esquecer das desconexões!
O desenvolvimento das situações propostas para os processos seguem os mesmos métodos de modelagem utilizados na situação existente.

Da mesma forma que no modelo atual, é prudente realizar simulações através do sistema ABC de custeio baseado em atividades.

Certifique-se de que as situações propostas são viáveis e que os resultados são satisfatórios.   «

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Desmistificando os processos de negócio – Parte II

Mapear e analisar processos AS-IS

Antes de prosseguir na remodelagem de processos, compreenda os processos existentes (as is – como é). Considero tremendamente arriscado criar novos processos e ignorar aqueles existentes, mas é o que muitas empresas fazem ao adotar soluções prontas, elas acabam por se adequarem ao software, mesmo com as customizações possíveis de serem feitas. Em minha opinião, o que a maioria das empresas precisa é identificar seus processos existentes, analisá-los e melhorá-los.

Abandonar e começar do zero pode ser mais simples e rápido, mas não é eficaz. Sua empresa já produz produtos ou serviços reconhecidos pelo cliente, o que acontece se tais produtos e serviços perdem as qualidades estimadas pelo cliente?

O nosso objetivo é melhorar e não danificar os processos.

Faça uma boa análise nos processos existentes, identifique as desconexões, ou seja, qualquer coisa que impeça o processo de atingir os resultados desejados, com atenção especial aos pontos de transferência de informação entre processos e o valor que é agregado a eles.

Para o diagrama do mapeamento propriamente dito, utilize notações reconhecidas como BPMN (assunto abordado no post Resultado do Mapeamento de Processos).

O segredo do mapeamento de processos está na análise detalhada.
Dimensione a quantidade de tempo e o custo que cada atividade exige em termos de recursos, calculado através de simulações no sistema ABC de custeio baseado em atividades.

Dessa forma, você determina quais são os pontos sub-custeados e quais são os super-custeados, e obtém uma visão mais acurada da situação dos processos.   «

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Desmistificando os processos de negócio – Parte I

Preparação

O planejamento e a preparação são vitais para qualquer atividade que você queira realizar. Tratando-se de processos de negócio, se você pular essa fase, vai descobrir tarde demais que não estava surfando uma onda comum, mas um verdadeiro tsunami, e pior, quando olha para trás vê que a próxima onda tem o dobro de tamanho daquela a qual você se arrependeu de surfar e não tem como desistir. Apavorante, não é mesmo?

O primeiro ponto que você deve entender é qual a necessidade real de melhorar o processo, essa necessidade deve ser significativa, se puder ser justificada ela marca o começo da sua preparação.

Por que estou falando disso? Por que sempre tem alguém com a brilhante idéia de modernizar a empresa, mas sem fôlego o bastante para ir até o fim, o resultado disso é conhecido: pessoas descontentes, devido a interferências em suas áreas; trabalho feito pela metade; e, tudo continua como era antes, senão pior. O autor da idéia brilhante é trocado por outro com idéias mais brilhantes ainda. No final das contas, ninguém mais acredita em mudanças.

Não existe solução mágica, faça um planejamento, analise a extensão do trabalho a ser realizado, forme uma equipe multifuncional centrada nos objetivos desse projeto, identifique os objetivos dos processos de negócio com foco no cliente, e desenvolva a estratégia em conjunto com a alta direção.

Ao formar uma equipe multifuncional, tome medidas para assegurar que a empresa continue a operar na ausência de vários atores importantes. Esse tipo de projeto envolve a cooperação multifuncional e mudanças significativas para a empresa, por isso o planejamento dessas mudanças é difícil de ser conduzido sem o envolvimento da alta direção.

Uma chave importante para o sucesso é autoconfiança. Uma chave importante para a autoconfiança é preparação. Arthur AsheSabemos que toda empresa quer lucro, mas é sempre bom lembrar que o foco no lucro não produz resultados a longo prazo, como o foco no cliente produz. Portanto, ao estabelecer os objetivos estratégicos devem-se priorizar as expectativas dos clientes e os processos com dificuldade em cumprir essas exigências.

Desses objetivos formula-se a missão ou a visão da empresa. A visão é o que a empresa acredita conseguir quando realiza sua missão. A visão bem definida sempre sustenta a resolução de uma empresa no esforço de melhorar seus processos.  «

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Da vulnerabilidade a invencibilidade

Algumas áreas da empresa podem torná-la vulnerável. Tais áreas incluem o desenvolvimento de produtos, a tecnologia, as habilidades dos funcionários, o mercado, as vendas, distribuição, produção, sistemas empresariais internos, controle de inventário, cultura de companhia - e alguma outra área que poderia enfraquecer as bases vitais da empresa.

A melhor forma de vencer as vulnerabilidades de sua empresa é reduzir as variáveis que podem causá-las e eliminar o maior número de riscos possíveis.

Destacadas as vulnerabilidades de sua empresa o desafio é torná-las invencíveis quanto às ações agressivas do mercado. Vamos nos ater às ações práticas para identificar as áreas vulneráveis e amparar os requisitos de invencibilidade. Um método que recomendo é análise SWOT (strengths, weaknesses, opportunities, threats – forças, fraquezas, oportunidades, ameaças).

É uma matriz muito simples de ser utilizada, e vai lhe dar uma dimensão de suas áreas quanto à invencibilidade e vulnerabilidade, desde que os dados não sejam mascarados.

Matriz SWOT - Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças
Dê a cada um dos fatores uma ponderação numérica para indicar seu nível de importância no seu negócio. Onde for apropriado, adicione dados descritivos ou suposições razoáveis para cada um deles. Preocupe-se em dar precisão a sua análise e eliminar qualquer ambigüidade nas avaliações.

Uma dica que pode enriquecer sua análise é colocá-la no formato de planilha e prover link dos pontos analisados com um plano de ação, determinando ações para os fatores que devem ser minimizados e maximizados.  «

domingo, 10 de maio de 2009

Produza Resultados

O que eu sei é que todos nós queremos produzir resultados. Queremos algo. Se você não tem o que deseja na vida, jamais se sentirá feliz de verdade.

Negue isso se quiser. Brinque sobre isso para se sentir melhor. Pode fingir que o que deseja não é importante, mas isso não mudará o fato, seu desejo continua lá para ser lembrado todos os dias.

Somos insatisfeitos por natureza, você sempre dirá a si mesmo: “Ei, você poderia fazer melhor!”

Finalize um projeto, realize um sonho e no dia seguinte estará pronto para começar outro ainda mais audacioso.

Precisamos de projetos, sonhos, metas e objetivos como desculpas para realizar algo. Desafiamos a nós mesmos. Queremos produzir resultados.

Não paramos na descoberta do fogo ou na invenção da roda; fomos à Lua, mandamos mensagens ao espaço e brincamos com um acelerador de partículas.

Quanto mais resultados nós produzimos, mais desejamos produzir.

A partir dessa insaciabilidade, podemos criar qualquer coisa que desejamos, passamos por cima do esforço e do trabalho necessário.

Quantas quedas até criar a primeira bicicleta, quantas loucuras até o primeiro vôo.

Encontre seu meio para chegar onde deseja.Produza seus resultados, desafie-se com metas.  «

sábado, 9 de maio de 2009

Propriedade do Processo

Estratégia é um plano ou método para obter uma meta ou resultado.

Um dos problemas com as iniciativas de qualidade é que as pessoas envolvidas a vêem como apenas um modo de trabalharem mais. Via de regra, elas são convidadas a mudar o modo de trabalho e participar das equipes, aprendendo novos conceitos. Logo são consumidas por longas jornadas e poucos ou nenhum resultado.

Por desconhecerem a estratégia envolvida, acabam por sentirem que há uma falta de planejamento da mudança. Não estão erradas.

Quando se começa uma iniciativa de qualidade é preciso trabalhar primeiro o gerenciamento. Nada deve ser iniciado sem planejamento.

Todo negócio, não importa de que tamanho seja, tem 5 objetivos principais:
  • Rendimento
  • Margem de lucro
  • Satisfação do cliente
  • Crescimento
  • Satisfação dos funcionários
O sucesso de um executivo será determinado pela melhoria desses objetivos. E as iniciativas de qualidade devem prover essas melhorias.

É preciso entender que os clientes, de certa forma, atravessam sua empresa por uma série de processos. Um processo é uma série de etapas ou de atividades que tomam entradas, adicionam um valor, e produzem uma saída. Um resultado que é entregue ao seu cliente. 

Portanto toda a cadeia de processo deve ter esse objetivo: satisfazer os clientes.

Na verdade, os clientes não estão presentes em todos os processos, apenas naqueles considerados chaves, ou seja, naqueles que produzem um resultado para ele.

De certa forma, toda a empresa comprometida com seu negócio tem a responsabilidade de identificar seus processos chave, medir a eficácia e eficiência dele, e iniciar a melhoria de sua execução.

Quando os executivos de uma empresa começam a discutir sobre seus processos, de forma a identificá-los, estão, na verdade, reconhecendo que deve haver uma maneira melhor de controlar o negócio.

Uma vez identificados os processos chave, é importante que seja dado posse a eles, ou seja, alguém deve ser responsável por cada um deles.

Os critérios para atribuir a propriedade de um processo a alguém são:
  • Alguém que seja perito do assunto.
  • Alguém que se preocupe com os ganhos e deficiências do processo
  • Alguém respeitado pelos demais funcionários, tanto no processo que ficará sob sua responsabilidade, como nos processos precedente e subseqüente
  • Alguém com aptidão para pensar no processo e em sua melhoria. 


O proprietário do processo tem também a responsabilidade de medir o desempenho do seu processo.

Cada proprietário do processo deve ser treinado para nos primeiros meses validar as medidas de eficácia e eficiência para o processo ou processos que possui. Uma vez que ele conheça as medições mais importantes para o seu processo, deve coletá-las. 

O controle é feito sempre com fatos e dados. Uma vez que se conheça também o que é importante para o cliente, os dados são coletados para determinar como o processo está sendo executado e se atende às exigências do cliente.   «

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Mundo sem fronteiras

As melhores empresas para se trabalhar buscam e retêm talentos, muitas promovem fusões não por interesse no capital financeiro da empresa, mas no seu capital humano.

Com isso as pessoas ganham destaque. As empresas promovem equipes de alta performance. Treinar voltou a ser importante.

Mas o que levou as empresas a valorizarem o capital intelectual e não apenas a mão-de-obra produtiva? Dois motivos: tecnologia e globalização do mercado.

A tecnologia deu espaço para o profissional ser criativo, a globalização do mercado ampliou as relações humanas.

A Maurício de Sousa Produções tem um projeto de educação infantil na China. Isso mesmo, a Turma da Mônica foi para China!

Mas com certeza não pode se comunicar em Português com as crianças chinesas. A nossa dentuça mais famosa vai falar com elas em Mandarim, o que não seria possível sem capital intelectual.  «

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mudança: uma necessidade permanente

“Em time que está ganhando não se mexe”, quem nunca ouviu essa frase?

Em minha opinião, é uma frase equivocada, apesar de representar uma estratégia, posso dizer que é uma das piores estratégias que uma pessoa, um time, uma empresa ou sociedade poderia adotar.

Por quê? Porque ela bloqueia mudanças. Você deixa de pensar nas alternativas, e fica sem um plano alternativo para qualquer eventualidade. Um time que vence hoje pode não vencer amanhã, não importa que seja o mesmo adversário. Um bom adversário jamais ficará estagnado, ele mudará. E se você não mudar, não será páreo para ele.

Faz sentido, certo? Acredito que você já viu isso acontecer com seu time favorito. Ele esteve espetacular em alguns jogos e de repente tudo mudou drasticamente. E se ele não mudou a estratégia teve dificuldades para continuar vencendo ou simplesmente foi eliminado.

O principal motivo de estagnação ou fracasso de uma empresa é ter arraigado em seu intimo a máxima de que “em time que está ganhando não se mexe”. Provavelmente, você nunca ouviu essa frase, diretamente, em sua empresa, mas sabe de muitas pessoas que pensam dessa maneira.
Tecnologia? Para que? É caro e estamos indo bem sem ela.
Sustentabilidade? É só um modismo, quem se importa de onde vem nossa matéria-prima?
Qualidade? Meu cliente compra o que eu fabrico, não temos concorrentes.

Você vai ouvir mais em mais vezes a mesma ladainha de justificativas para não pensar nas mudanças necessárias, até que... Bingo! Aparece um concorrente com tecnologia, cadeia de produtos sustentáveis, e oferecendo qualidade ao cliente. E da noite para o dia seus clientes vão abandoná-lo. E por que não fariam isso?

Você mesmo trocaria de fornecedor, se ele oferecesse melhores preços, melhor qualidade nos produtos e ainda de quebra uma segurança de continuidade futura, pois ele pensa em sustentabilidade.


As empresas vencedoras trabalham com melhoria contínua, que nada mais é do que uma aceitação das mudanças, consciente de que elas fazem parte da evolução da empresa, para melhorar e inovar seus produtos ou serviços.  «

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Projeto: para que serve?

Muitos executivos chamam de projeto qualquer atividade que administrem, mas projeto não se aplica ao trabalho rotineiro. Projeto necessariamente está atrelado à mudança ou inovação.

Por exemplo, posso criar um projeto para a implementação de treinamentos, uma vez implementada toda a infra-estrutura necessária para os treinamentos, cada treinamento realizado não será um projeto, mesmo que seja um treinamento novo.

Por essa razão todo projeto obedece a um cronograma com datas de início e fim definidas, precisam ter suas fases planejadas, bem como especificar os recursos necessários e, claro, deve ter um orçamento.

Como projeto está associado à mudança e envolve orçamento, também precisa ser avaliado, para que a alta direção tenha idéia do seu sucesso ou prejuízo. Os critérios de avaliação devem ser estabelecidos no seu início.

Todo projeto deve apresentar um resultado, nem sempre ele é conhecido no início do projeto. A expectativa com a implementação de treinamentos pode ser melhorar as habilidades dos funcionários, mas como resultado pode-se obter a satisfação dos clientes, devido ao aumento de motivação dos funcionários.

O resultado mais comum é um produto de algum tipo, no nosso exemplo pode ser uma metodologia para implementação de treinamentos, facilmente aplicada em outras unidades da organização.

Ao término do projeto, algumas decisões precisam ser tomadas quanto ao uso e institucionalização do resultado.

Os projetos sempre envolvem pessoas, por isso não é possível gerenciar um projeto sem as habilidades para gerenciar as pessoas e as mudanças (muitas vezes culturais) que afetarão mais pessoas.

Todo projeto é, na verdade, uma oportunidade para se testar as possíveis inovações em um ambiente controlado sem que a decisão de mudança seja colocada em prática até que as novas idéias de trabalho sejam avaliadas.

O erro mais comum em projetos de implementação de práticas de processos é não usá-los como teste em áreas controladas, mas como verdade absoluta afetando toda a corporação. Portanto, se não obtiverem resultados satisfatórios, o prejuízo é alto.

Por isso, muitas empresas patinam nos níveis 2 e 3 do CMMI, ou não conseguem implementar o ITIL, por exemplo. Pois, não estabelecem os projetos com o intuito que devem ter.

A primeira pergunta que deve ser feita no planejamento de um projeto é “nós precisamos dessa mudança?”
  • Se a resposta for não: mantenha suas práticas e as reforce.
  • Se a resposta for sim: mude e inove, mas tenha em mente que nada será imediato e sem esforço

Os projetos não devem simplesmente acontecer, eles devem ser planejados. Como os recursos humanos envolvidos são deslocados de suas atividades usuais, as atividades do projeto precisam ter prazos bem definidos, mesmo porque o orçamento de um projeto é limitado.


Todo Projeto começa com um Plano...
Quesitos que você precisa avaliar ao planejar um projeto:
  • Título: Atribua um título significativo ao seu projeto. Isso fará com que as pessoas se interessem por ele, e que os participantes se identifiquem.
  • Objetivo: Você pode se sentir tentado a fazer algumas coisas ao mesmo tempo, mas projetos com foco claro obtêm melhores resultados. Veja algumas expressões que você pode usar para declarar o objetivo de seu projeto:

Rever e avaliar as práticas atuais...
Avaliar...
Fazer recomendações...
Desenvolver materiais...
Prover diretrizes...
Planejar a implementação de...
Criar material piloto de inovação para...
Testar o efeito de...
Mantenha o objetivo claro, essa é a melhor maneira de manter as prioridades claras e evitar falsas expectativas.
  • Resultado: Todo projeto precisa de um produto tangível ou ele simplesmente desaparece. O produto pode ser: um relatório do projeto, um conjunto de recomendações, um plano, material de treinamento, programa de treinamento, desenvolvimento de uma estratégia, e assim por diante.
  • Riscos: Um projeto pode ter efeitos negativos: alguns membros da equipe podem se sentir excluído; pode ocorrer insatisfação com as atividades; perda de foco nos problemas do dia-a-dia. Crie uma lista de riscos para o seu projeto e defina quais ações pode tomar para minimizá-los ou evitá-los. 
  • Equipe: Tenha os papéis dos membros da equipe claramente definidos desde o começo. Mesmo que sua equipe seja democrática opte por um líder de projeto que será responsável pela organização e por alcançar os prazos. Os membros da equipe constantemente realizarão trabalho extra, e, portanto devem conhecer seus papéis para evitar o estresse ao longo do projeto.
  • Stakeholders (envolvidos): São as pessoas que serão afetadas pelo aprendizado do projeto. Como o projeto ocorre em ambiente controlado, saiba quem deve questionar ou envolver para evitar interferências em áreas fora do escopo do seu projeto. 
  • Prazo: É importante dividir o projeto em fases com pontos de revisão e reporte fixos. Dessa forma, terá controle do andamento do seu projeto. É importante que toda a equipe reconheça o estágio alcançado, ajuda na sinergia dela. 
  • Orçamento: É importante ter um plano de orçamento, onde esteja definido quem pode autorizar os pagamentos. Tenha um sistema de monitoração para você ter idéia de quanto foi gasto do orçamento. Estão incluídos no custo do projeto tempo, materiais, mão-de-obra, artigos de consumo, reuniões, viagens e assim por diante.
  • Critérios de avaliação: Um projeto pressupõe que seu gestor seja responsável por ele junto à empresa ou a um grupo, por isso defina os critérios de avaliação no início, considerando os objetivos definidos.

Esses quesitos representam a base para um plano de projeto.   «

domingo, 3 de maio de 2009

Como lidar com conflitos na equipe

Conflito é a ocorrência mais comum no trabalho em equipe, principalmente naquelas recém criadas ou na entrada de novos membros. Essa espécie de tempestade faz parte do desenvolvimento da equipe.

Quando bem administrados os conflitos são úteis e até bem-vindos, pois acordam você e sua equipe para repensar as relações com o objetivo de que todos possam crescer juntos.

Para manter os conflitos sob controle, você como líder deve:
  • Conhecer-se. Compreenda como você responde normalmente aos conflitos. Pratique ser mais flexível e colocar-se no lugar das outras pessoas.
  • Escutar. Escute com cuidado as palavras e os sentimentos envolvidos.
  • Resumir. Reflita sobre o que foi dito ou sentido para construir um maior respeito e compreensão com sua equipe.
  • Evitar a visão de túnel. Seja claro e objetivo, mas não se agarre apenas ao seu ponto de vista, no túnel passam outros carros, mas você só vê o que está a frente.
  • Negociar. Esteja preparado para negociar e alcançar um acordo aceitável entre as partes, onde todos saiam ganhando: a política do "ganha-ganha".
  • Considerar os efeitos nas pessoas. Reveja as implicações de suas resoluções sobre as pessoas: é fácil perder a participação e compromisso de algumas pessoas que você lidera, caso não esteja atento a esse ponto.
  • Comunicar-se. Comunique-se regularmente e construa os relacionamentos, especialmente se ocorreu algum dano.

A Força está no Diálogo
Da próxima vez que se deparar com um conflito, não fuja dele, sua equipe precisa que o líder se faça presente e ajude no seu crescimento.   «

sábado, 2 de maio de 2009

Seleção natural de empresas: evolução ou regressão?

Há 10 anos para ter uma carreira bem sucedida uma pessoa devia se preocupar com uma pós-graduação e falar no idioma inglês. Nos últimos 16 anos todas as empresas para as quais trabalhei exigiam o inglês no currículo, mas só quando passei de desenvolvedora a pesquisadora de metodologias e técnicas é que realmente senti a necessidade do idioma na minha vida profissional. Ou seja, as empresas pedem compulsivamente atributos que não precisam em um profissional. Hoje a novidade é ser multicultural, ou seja, ter tido experiência no exterior.

Algumas empresas só contratam profissionais formados em faculdades de primeira linha, não contesto a formação que essas faculdades dão aos seus alunos. Acredito que realmente é muito boa, mas aprendizado depende muito mais de quem aprende do que de quem ensina. Não fosse assim, jamais cometeríamos os erros que nossos pais nos alertaram.

E caráter, honestidade, motivação, ética, dentre tantas outras qualidades pessoais importantes não são encontradas com tanta facilidade nos profissionais vindos de faculdades de primeira linha.

Quando olhamos para sociedades onde há discriminações sociais profundamente enraizadas, como na Índia, ficamos indignados. Como alguém que nasce em uma determinada posição social deve continuar nela sem grandes oportunidades de ir adiante, mesmo que tenha um QI que poderia fazer a diferença para descobertas cientificas?

É o que fazem as empresas que colocam na descrição de suas vagas ou escolhem por considerar uma faculdade de primeira linha ou não. Isso é discriminação, e elas se orgulham dessa prática, dando entrevistas na televisão e o dizendo abertamente, sem qualquer pudor: "nossos profissionais vêm de faculdades de primeira linha".

O nazismo defendeu uma supremacia racial, estariam essas empresas defendendo uma supremacia social?

Todos nós sabemos que não é o conhecimento do candidato que está sendo avaliado e sim sua condição social, uma pessoa de poder aquisitivo menor, que trabalha para pagar seus estudos, dificilmente terá condições de cursar uma faculdade de primeira linha, mas isso não significa que não irá assimilar tudo o que for ensinado, nem que não terá fome de conhecimento.

Não importa se o quesito escolhido é sua cor de pele, sua condição sexual ou social, continua sendo discriminação. O governo teve que intervir para que pessoas com deficiência física pudessem ser contratadas, teve que instituir cotas em universidades para que uma parcela da sociedade com condições sociais inferiores pudesse ter algum direito assegurado.

Os empresários que agem dessa forma excludente, estão se esquecendo de um detalhe importante: para que essas empresas sobrevivam, elas precisam que seus produtos e serviços sejam adquiridos até mesmo por aquela parcela da população que elas discriminam.

Felizmente, a informação não é mais privilégio de poucos, o mundo digital chega aos lugares mais remotos do nosso país.

Uma parcela muito maior da sociedade tem feito escolhas melhores, seja dos seus representantes políticos como dos produtos e serviços que adquirem.

Não estou dizendo que as empresas precisam estabelecer cotas para pessoas de posição social inferior, apenas que admitam em seus testes de seleção em condições de igualdade a formação em qualquer faculdade, o resultado dos testes dirão quem são os melhores candidatos. Garanto que um profissional que trabalhou para pagar seus estudos tem um senso de responsabilidade muito maior para o trabalho.

Discriminação de qualquer natureza representa burrice e perda de tempo, deveríamos olhar para o passado de nossa humanidade e aprender com nossos erros e não darmos uma nova roupagem a eles e continuar insistindo neles.

Escolha a Diversidade para sua Empresa

A Declaração Universal dos Direitos do Homem da Organização das Nações Unidas afirma em seu primeiro artigo:

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.


É bom lembrar que uma empresa seja ela do tamanho que for é constituída de seres humanos.  «