quinta-feira, 18 de junho de 2015

Planejamento: do homem das cavernas ao homem moderno

Você aprendeu na escola, mas deve ter se esquecido, a inclinação do eixo terrestre na órbita de 365 dias (366 nos anos bissextos) em torno do Sol define as estações do ano.

O homem das cavernas mais susceptível às mudanças climáticas, e sem poder contar com as previsões dos meteorologistas, entendeu como essas mudanças o afetavam e se organizou de tal maneira, a estar preparado para o inverno, que era a estação do ano mais hostil. Nascia, então, o conceito de planejamento, que veio antes da descoberta do fogo e da roda. Aliás, sem planejamento ele não teria chegado a essas descobertas, e não teria evoluído até nós.

Sem ferramentas como planilhas e softwares específicos para controle de projetos, ou mesmo uma simples agenda, o homem das cavernas desenhava de forma primitiva seus planejamentos nas rochas ou repassava o conhecimento aos demais membros da tribo.

Agora, pense bem: se o homem das cavernas, sem tantos recursos, conseguia tal nível de organização, por que, nos dias atuais, existe tanta resistência ao planejamento?

Vamos lá! Boa parte do trabalho já foi feito, temos meteorologistas, os desafios climáticos mais preocupantes foram vencidos (afinal temos agasalhos e mantimentos em nossas casas), temos ferramentas de apoio ao planejamento, por fim, sabemos o que tem que ser feito e temos os meios para isso, só nos falta mesmo é planejar.

Entretanto, o mais comum é não planejar. Inclusive existe um forte ditado, que critica o planejamento: “o homem faz planos, e Deus ri”.

Muito provavelmente este ditado nasceu de planejamentos falhos, onde se planejou tudo e não se contou com o inesperado.

Planejar algo conhecido é relativamente fácil, todos os riscos e situações inesperadas já foram percebidas ao longo do tempo, entretanto planejar algo desconhecido, traz o inesperado muito presente, porque muitas vezes não se consegue varrer todas as possibilidades com o conhecimento e a experiência que se tem.

Portanto, mesmo neste último caso a existência de um planejamento é mais eficaz do que sua inexistência.

Como você acha que os grandes inventores conseguiram sucesso nas suas invenções? Eu digo: falhando, reavaliando e planejando novamente seus projetos. Por exemplo, todos os inventores que tentaram inventar o avião enfrentaram quedas e insucessos até que apareceram os primeiros resultados, muitos deles morreram sem alcançar o objetivo.

Grande parte das invenções e descobertas não aconteceram por acaso. Nem mesmo a maçã que caiu na cabeça de Newton, ela só o ajudou a pensar fora da caixa, ele já vinha se preocupando com as questões de força e atração a muito tempo. A pancada na cabeça só ajudou a montar o quebra-cabeça, ele já tinha todas as peças.

Enfim, planejamento foi, é e sempre será importante, além de fazer parte dos nossos instintos primitivos.

O homem das cavernas já sabia que planejamento é uma questão de sobrevivência.


Quer inovação na sua empresa? Quer melhorar os processos? Quer alcançar resultados? Quer mais lucro? Comece pelo planejamento. Verá que o lucro, por exemplo, é resultado de um trabalho mais profundo do que apenas cortar gastos e aumentar o preço dos produtos. «