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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Princípio da inicialização

Na inicialização de qualquer tarefa, técnica, metodologia, projeto, ou o que quer que você esteja inicializando, adote uma preparação baseada em planejamento. Da mesma forma como você adotaria os preceitos praticados por integrantes de uma irmandade a qual estivesse aderindo.

Muitas vezes não obtemos os resultados esperados por negligenciar o planejamento, sempre podemos culpar o mercado, uma situação desastrosa impossível de prever, mas o verdadeiro vilão é a falta de planejamento.

Há alguns anos houve algumas discussões sobre brasileiros barrados em aeroportos na Europa, os números não são comentados, mas sabe-se que muitos brasileiros são obrigados a retornarem sem desfrutar da viagem, por pura falta de planejamento.

Cada país tem sua soberania, ou seja, leis próprias que devem ser respeitadas por seus cidadãos e pelos visitantes. Sempre faço pesquisas na Internet antes de viajar. Quando eu fui à Paris eu tinha o mapa do transporte metroviário impresso em mãos. Sabia todas as conexões que eu tinha que fazer do aeroporto Charles de Gaulle até o meu hotel, sem nunca ter estado lá antes.
E esse detalhe facilitou muito a minha vida, pois na minha chegada devo ter perdido umas 3 horas no aeroporto, passando pela imigração, aguardando a liberação de nossa saída, pois havia uma ameaça de bomba (felizmente, foi um alarme falso) e encontrando a minha bagagem que foi retirada da esteira e guardada em local seguro pela companhia aérea.

Após 12 horas de vôo mais 3 horas de aeroporto se eu não soubesse quais conexões fazer para chegar ao hotel seria realmente muito frustrante. Liberada das questões do aeroporto foi muito fácil transitar pelos metrôs de Paris, inclusive a minha prevenção em levar uma mala menor foi bem-vinda, pois os metrôs são antigos e muitos deles não têm escadas rolantes. 
Fazer o câmbio do dinheiro e solicitar algumas notas menores também, todo o transporte em Paris oferece máquinas para venda de bilhetes, mas elas aceitam apenas moedas e o cartão bancário da União Européia, especificamente na estação de trem no aeroporto tem uma máquina para trocar o dinheiro por moedas, mas ela trocava notas até 10 euros. Se eu tivesse com uma nota de 50 euros eu teria que enfrentar uma fila quilométrica de turistas desavisados, e eu estava cansada, louca por um banho e uma cama. Cansada como eu estava eu não poderia tratar de tantos detalhes, portanto se eu não tivesse os antecipado no Brasil meu desgaste físico teria sido enorme.
Toda Viagem começa pelo Roteiro.
Esse é apenas um dos vários exemplos que eu poderia citar em que o planejamento foi importante.

Resumindo: o principio da inicialização é o planejamento, comece sempre planejando, e não leve em conta uma frase que já ouvi e com a qual discordo plenamente que diz “o homem faz planos, Deus ri”, como a dizer que é uma bobagem planejar. Os imprevistos existem, mas é mais fácil encontrar o freio de um veículo desgovernado que você já estudou, do que de um totalmente desconhecido.  «

sábado, 25 de abril de 2009

Por favor... Desenhe-me um carneiro!

Para mapear processos é preciso estar atento a tudo que está envolvido. É a arte de ouvir as pessoas e transformar o que é dito em uma forma gráfica que represente como elas trabalham. Entendendo seu negócio tanto no nível estratégico como operacional.

Mas não é tão simples quanto parece, vou fazer uma analogia com O Pequeno Príncipe, essa grande obra de Antoine de Saint-Exupéry:

De repente o aviador ouve a voz do pequeno príncipe que diz: “– Por favor... Desenha-me um carneiro...”

Depois do aviador se conciliar com seu passado de desenhista frustrado, e notar que o pequeno príncipe tem uma percepção maior do que as pessoas que o avaliaram no passado, ele decide desenhar o carneiro, ainda sem saber os propósitos do principezinho.


Após o olhar atento do pequeno príncipe, ele ouve uma negativa: “– Não! Esse já está muito doente. Desenha outro.”

O principezinho era bem exigente, e o aviador desenhou outro carneiro.


Também não agradou o exigente principezinho: “– Bem vês que isto não é um carneiro. É um bode... Olha os chifres.”

O aviador tornou a desenhar.

E o principezinho, também não aprovou: “– Esse aí é muito velho. Quero um carneiro que viva muito tempo.”

Com tamanha exigência o aviador já perdia a paciência quando desenhou novamente. E acrescentou, para não deixar dúvida: “– Essa é a caixa. O carneiro que queres está aí dentro.”

Ele ficou surpreso, com a reação do pequeno príncipe:

“– Era assim mesmo que eu queria! Será preciso muito capim para esse carneiro?
– Por quê?
– Porque é muito pequeno onde eu moro...
– Qualquer coisa chega. Eu te dei somente um carneirinho!”


E o pequeno príncipe acrescentou o comentário: “– Não é tão pequeno assim... Olha! Ele adormeceu...”

Quando começamos a mapear processos, muitos profissionais vão pelo caminho que o aviador tomou inicialmente, e acabam se perdendo ou em lamentações ou em desenhos muito detalhados que acabam por não representar o que o executivo (nosso principezinho) deseja.

Ele quer uma forma simples de representação, que qualquer pessoa possa olhar e entender do que se trata, e por mais que achemos que o carneiro é pequeno, devemos saber que ele não é tão pequeno assim.

Entretanto, contamos com técnicas que o aviador não conhecia.  «