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domingo, 27 de setembro de 2009

Trabalho colaborativo

Uma das grandes tendências é o trabalho colaborativo que estabelece bases para a inovação e amplifica o conhecimento organizacional, entretanto não há como ter uma equipe com esses aspectos sem repensar a liderança.

O líder de uma equipe colaborativa deve:
  • Apoiar-se nas pessoas, suas capacitações e habilidades, ao invés de se apoiar em regras, normas e procedimentos.
  • Considerar sua rotina o reinicio de novas oportunidades, ao invés de uma batalha constante a ser vencida.
  • Distinguir suas ações pela competência, ao invés de distingui-las dos subordinados, onde cada um tendo seu papel.
  • Debater e pesquisar, ao invés de comunicar o suficiente para manter as coisas funcionando.
  • Ver, acompanhar e controlar o que é mais importante, ao invés de tudo.
  • Ter uma cultura ampla, visando entender e criar alternativas, ao invés de uma cultura especifica de uma tarefa.
  • Delegar como fazer, ao invés do que fazer.
  • Ser motivado pelo desafio da auto-realização, ao invés de pelo poder e dinheiro.
  • Considerar o trabalho como um processo de enriquecimento cultural, ao invés de uma troca econômica.
  • Ter uma visão ampla e generalista, ao invés de especialista.

Cada passo da sua empresa representa um desafio diferente.

Tudo isso é mais simples do que pensamos, uma vez que colaborar tem o significado de ajudar, acrescentar algo novo, trabalhar junto com objetivos comuns. Grande parte das empresas vem chamando seus funcionários de colaboradores, mas poucas entendem o real significado disso, e mantêm velhos modelos de liderança para novos conceitos de trabalho. «

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Equipes produtivas conversam

As melhores equipes com que trabalhei apresentavam sinergia, conquistada puramente pelo diálogo.

Uma das equipes que liderei sofria uma pressão por resultados, interna e externa, muito elevada, e eu abria um espaço de 30 minutos na nossa agenda, no final do dia, para conversarmos sobre nossos desafios. O grau de descontração era tão grande que outras pessoas de outras áreas passaram a aderir ao nosso momento de descontração.

Acho que muita gente já passou por isso, tenta contar como foi sua rotina de trabalho em casa, e ela parece tão desinteressante ou enfadonha para quem está ouvindo que você fica frustrado, sentindo que seu trabalho é o mais chato do mundo, quando muitas vezes não é. Entretanto, algo fica entalado na garganta.

Era exatamente por isso que esses momentos de descontração eram tão bem-vindos e pessoas de outras áreas vinham participar deles.

Muitos líderes não vêem essa técnica com bons olhos, preferem equipes mudas que não se comunicam. Por falar nisso, eu tenho uma novidade para o líder que pensa assim, se notar que sua equipe não se comunica, saiba que está praticamente sentado em um barril de pólvora, e você mesmo é quem acende o pavio.

Seus colaboradores precisam conversar.
A comunicação da sua equipe faz com que ela tenha sinergia, renove suas forças para o trabalho que precisa ser realizado. Falar sobre assuntos diversos e assuntos do trabalho, deflagra a criatividade, mas como tudo na vida existe uma linha tênue entre a comunicação positiva e a negativa.

Use sempre o bom senso para notar e incentivar a comunicação positiva.

É a comunicação positiva que ajudará sua equipe a se entrosar de maneira profunda, de modo a construir algo em grupo, em vez de competir por brilho individual. «

terça-feira, 30 de junho de 2009

Como liderar mudanças

Quando um cavalo é muito apegado ao estábulo, quando seu cavaleiro o leva para qualquer outro lugar, segue cada vez mais devagar, entretanto quando é conduzido na direção do estábulo, dificilmente se contém o seu galope.

Assim como o cavalo acostumado com a segurança do estábulo, os seus colaboradores estão acostumados com as rotinas, pois eles conhecem tão bem as técnicas, as ferramentas e os procedimentos envolvidos, que muitas tarefas eles poderiam desempenhar de olhos fechados. E quando algo precisa ser mudado nessas tarefas, eles seguem devagar como o cavalo que teme se distanciar da segurança do estábulo.

Entenda que não estou comparando as atitudes dos seus colaboradores com as dos cavalos, apenas demonstrando que é um comportamento natural de qualquer ser: resistir às mudanças, mesmo quando elas são visivelmente positivas. Portanto, não devem ser impostas e se deve respeitar o período de adaptação.

Assim como as velas de um barco são manobradas em ângulos diferentes, para avançar contra o vento, o líder em uma mudança deve utilizar todos os eventos e direções a fim de fazer com que as mudanças se concretizem.

A força de um líder está no ajuste das velas para velejar na melhor direção.
Quanto mais ele conhece sua equipe, mais fácil serão conduzidas as mudanças.

A verdadeira natureza de uma mudança é como a dos lençóis freáticos que viajam subterrâneos através de uma longa distancia, antes de brotarem à superfície.

Portanto, tenha em mente que nenhuma mudança tem sucesso sem que o período de adaptação seja previsto. «

domingo, 28 de junho de 2009

Gestor Jack Bauer tem 24 horas para resolver o problema da objetividade

Apesar de não ser fã da série 24 horas, reconheço nela o desafio de todos os gestores: lutar contra todos os obstáculos de um dia, como o personagem da série, Jack Bauer interpretado por Kiefer Sutherland.

Claus Moller, consultor especialista em liderança, gerenciamento de tempo, gerenciamento de qualidade, gerenciamento de serviço e inteligência emocional, declarou que:
  • “Tempo é o mais democrático de todos os seus recursos. Todos têm o mesmo tempo disponível à sua disposição, todos os dias: 24 horas.”
  • “O tempo que passa nunca volta. Por isso deveria ser um crime roubar o tempo das outras pessoas.”

A Harvard Business School definiu profissionalismo como o ato de respeitar o tempo e o dinheiro das pessoas.

Apesar dos líderes criarem um verdadeiro teatro em torno do seu precioso tempo, muitas vezes eles o desperdiçam, em reuniões mal planejadas e assuntos que poderiam ter delegado.

O respeito ao tempo e dinheiro das pessoas pode dar a conotação de que as pessoas são apenas os clientes, mas na verdade são também os colaboradores da empresa.

Eu tive a oportunidade de trabalhar com um gestor que chegava todos os dias às 11 horas.
Das 11 às 13 horas ele estava cumprimentando colegas, lendo e-mails, ou seja, se ambientando; das 13 às 15 horas estava almoçando; das 15 às 16 horas, tomando café (ainda se ambientando); das 16 às 17 horas ele estava respondendo e-mails, conversando com liderados sobre os assuntos mais urgentes; e, suas reuniões começavam às 17 horas.

Na verdade, o início era marcado para às 15 horas, portanto ele reunia o pessoal por volta das 15 horas, mas ficava entrando e saindo da sala, provocando todo aquele suspense, e a reunião apenas começava às 17 horas.

Mas acontece que as outras pessoas estavam trabalhando em horário comercial. E ele se irritava todas as vezes que alguém declarava que tinha um compromisso e não podia continuar na reunião. Ele chamava isso de falta de comprometimento.

Esses hábitos eram recorrentes, portanto uma reunião que poderia durar uma hora, durava até 3 dias, em tentativas de conseguir períodos de pelo menos 15 minutos da atenção completa dele em algum assunto.

Nem todos os gestores têm esse péssimo hábito, mas a grande maioria gosta de valorizar seu tempo, como se fosse mais importante do que dos demais. Esse gestor tornou-se diretor, com a política que adotou, portanto certamente fez escola entre os outros gestores da empresa.

É evidente que ele conseguiu isso, porque a empresa tinha uma visão limitada sobre produtividade e valorização de resultados.

Na verdade a quantidade de tempo que ele passava na empresa, ou o horário que ele chegava ou saía era irrelevantes, mas não custava muito a ele se pudesse estar inteiramente disponível nos eventos em que envolviam outras pessoas, como em uma reunião.

Toda a vez que eu vejo pessoas entrando e saindo de uma mesma reunião, eu começo a me questionar qual será a efetividade dela. Primeiro porque existe uma falta de foco da pessoa que está visivelmente preocupada com outra situação, segundo porque as pessoas que permanecem na reunião perdem a concentração no assunto e elas se tornam ociosas aguardando a pessoa retornar.

O meu Tempo é tão precioso quanto o seu!
Se o gestor fizesse a conta do que representa a falta de objetividade de uma reunião para a empresa, simplesmente mudaria sua postura. «

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Velhas táticas não vencem novos desafios

Para vencer a crise as empresas lançaram mão de táticas já utilizadas no passado, deram férias coletivas, demitiram e teve uma que teve uma atitude bem curiosa, pediu que seus funcionários abrissem mão de um mês de salário. Por mais que as pessoas esperem manter seus empregos, não dá para ficarem sem salário, as pessoas precisam dele para sobreviver.

Mas houve soluções criativas, uma delas foi uma empresa que em plena crise, não demitiu, cancelou por um período as férias, e realocou seu pessoal administrativo para a área comercial da empresa. A empresa que estava ameaçada pela crise, conseguiu ter crescimento em todas as suas unidades.

Em suma, com uma atitude positiva, essa empresa despertou entusiasmo entre seus colaboradores, e eles contribuíram. Provocaram uma senhora virada de mesa!

Na verdade, essa empresa não ficou culpando a crise, o governo, seus colaboradores pelo momento ruim, ela reuniu forças e foi atrás dos seus objetivos.

Toda empresa escreve na sua missão e visão que quer crescer, reter talentos, propiciar ambiente de crescimento, mas na crise jogam essas palavras no lixo. A missão e visão da empresa não são palavras colocadas em belas placas nas paredes da empresa, elas são as crenças dela. Em geral, são colocadas em todos os lugares para ser lembradas por todos, e não como objetivo decorativo. A empresa que no primeiro sinal de crise, esquece tudo isso, estará dizendo claramente a todos os seus colaboradores e sociedade que estava mentindo.

Não é fácil resgatar essa confiança novamente, mas poucas empresas se dão conta disso.

Quem sobrou na sua empresa, acredita nela?
Existem sim soluções, e é possível manter a missão e visão da empresa, apesar das adversidades. Claro que a empresa deve estar sempre um passo a frente dos problemas ou percebê-los assim que ocorrem, e isso fica mais fácil de ser detectado quando elas estão atentas ao objetivo geral da empresa, ou seja, ele não é decorativo, mas uma preocupação real da empresa. «

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Desperdício de recursos

Nesses últimos meses, eu fiquei pensando sobre como as empresas conduzem seus negócios. Sempre me incomodou a promiscuidade com que os recursos das empresas são utilizados.

Um exemplo: certa empresa disponibilizou laptops e celulares a todos os seus líderes, mas somente 5% deles precisavam de mobilidade. O que aconteceu?

Todos eles iam para as reuniões com seus laptops, e lá ficavam mandando e-mails ou saiam no meio da reunião porque em algum lugar houve um problema.

As reuniões passaram a ser intermináveis e menos resultados eram obtidos delas.

Para não deixarem seus celulares sem uso, com o medo injustificado de perder o privilégio, passaram a ligar para ramais internos ou de celular para celular, mesmo quando o outro estava no seu campo de visão, inclusive para chamar o colega para o almoço.

Eu sempre achei que as ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, mas as empresas tentam ser “justas”, dando “status idêntico” ao mesmo nível hierárquico.

Bom, quando eu tive que visitar um cliente eu levei meu próprio pendrive com os dados que eu precisava, nesse caso um laptop e um celular seriam mais efetivos. Se a empresa fosse mesmo organizada ela teria alguns itens reservados para esses casos. Não tinha.

O meu caso não foi o único, porém eu visitava clientes esporadicamente, mas havia aqueles profissionais que visitavam regularmente. Mas como não tinham o nível hierárquico adequado se viravam como podiam, ou brigavam para conseguir a ferramenta de trabalho adequada.

Os desperdícios, em geral, ocorrem com anuência do grupo executivo das empresas. Geralmente, são eles que determinam os privilégios de seus executivos. Não estou dizendo que eles não os mereçam, apenas que os recursos precisam ser utilizados de forma adequada.

Se você acha imprescindível que seus executivos tenham essas ferramentas, porque quer estar tecnologicamente à frente dos seus concorrentes, que tal estender ao seu pessoal que precisa de mobilidade? Por que criar barreiras baseadas no cargo? Se o orçamento não permite essa extravagância, então que dê as ferramentas corretas a quem precisa utilizá-las.

Nessa mesma empresa, qualquer instalação de software deveria ser autorizada pela diretoria, pois a licença era debitada do seu orçamento, orçamento consumido por ligações celulares internas, em compra de equipamentos mais caros (laptops) para pessoas que não precisavam de mobilidade no trabalho. Imagine a frustração de não obter o uso de uma ferramenta necessária, pois o orçamento estava estourado.

Lembro também que nas vezes que viajei minhas refeições não eram inclusas, mas quando o meu gestor viajava, ele recebia o reembolso das refeições. Tudo uma questão de status profissional.

Isso me faz lembrar o que um professor dizia: “a justiça nem sempre é justa”. Por quê? Porque quando ela trata a todos da mesma forma ela se torna injusta. Digamos que você tenha duas pessoas, uma criança e um adulto, e reparta duas fatias de bolo exatamente com o mesmo peso, 100 gramas. Para a criança pode ser muito e para o adulto pode ser pouco, mas as fatias foram repartidas de forma igual e sem discriminação.

Se a fatia fosse menor para a criança e maior para o adulto, ambos ficariam satisfeitos, o custo seria o mesmo (200 gramas de bolo) e não haveria desperdício, pois a criança não jogaria fora a parte que não conseguiu comer.

Talvez se as empresas parassem de ajustar às ferramentas ao cargo, e as ajustassem à função, elas teriam um melhor aproveitamento dos seus orçamentos, e uma eliminação dos desperdícios. Esses desperdícios depõem contra o orçamento da empresa a longo prazo.

O tamanho da fatia de bolo que satisfaz o colaborador.
Imagine que você tenha um bolo de 1 kg, o que dá 10 fatias de 100 gramas, e você precisa alimentar 5 adultos e 5 crianças, os adultos precisam de 150 gramas e as crianças de 50 gramas, mas você divide igualmente 100 gramas para cada um deles.

Assim, você terá 5 adultos querendo mais, e 5 crianças satisfeitas, mas que jogaram juntas 250 gramas do seu bolo no lixo, exatamente a parte que faltou para satisfazer os adultos.

Faça a mesma coisa mais 3 vezes, e terá jogado um bolo inteiro no lixo. Ou seja, se o bolo é servido todo mês, a cada 4 meses você perde um bolo inteiro e 5 adultos se sentem insatisfeitos todos os meses.

Durante o ano você terá perdido 3 meses (ou 3 bolos), e tem 5 adultos muito insatisfeitos, principalmente porque eles sabem que parte do bolo vai para o lixo, eles até reclamam, mas a empresa está sendo justa, e como a justiça ela prefere ser cega.

Talvez esse seja o momento de tirar a venda dos olhos e fazer as contas. Com pequenos ajustes na distribuição dos recursos você pode melhorar a satisfação dos seus colaboradores, sem qualquer desperdício. «

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Estratégia e Tática, faces da mesma moeda

Eu não jogo xadrez, mas quando um enxadrista tentou me explicar as regras, ele foi muito enfático nas questões de estratégia e tática do jogo.

Acabei por perder o foco no aprendizado do jogo, pois comecei a me interessar pela semelhança com o mundo corporativo, pelo que ele me disse o xadrez tem suas raízes nas grandes batalhas que eram travadas na antigüidade.

Não sei se o grande César e a rainha Cleópatra jogaram alguma versão desse jogo, mas imaginei os dois em seus aposentos, jogando longas partidas de xadrez. Eu e minha imaginação! Certamente, os dois travaram partidas muito mais emocionantes na realidade.

Voltando ao xadrez, um bom enxadrista calcula suas próximas jogadas antes mesmo de mover a peça da jogada que fará. Não é tão simples como contar as peças de dominó e imaginar que pedras estão na mão dos adversários. Pois no xadrez os adversários observam as jogadas um dos outros e devem prever as possíveis movimentações que o adversário fará e como atingir seu objetivo.

Não é exatamente isso que um executivo faz para guiar seus negócios?

Se você pensa que o objetivo é o xeque-mate está redondamente enganado, esse é o final do jogo, como se dá a vitória, o objetivo na verdade é chegar até o rei desprotegido, mas o adversário não está dormindo, ele está fazendo suas conjecturas também.

Falei de objetivo, portanto a principal coisa que o jogador deve fazer no início da sua partida é traçar mentalmente sua estratégia.

E você pensava que poderia viver uma vida feliz sem nunca pensar na tal da estratégia? Você pode me dizer que não quer aprender jogar xadrez na tentativa de se esquivar mais uma vez, mas ela vai persegui-lo até que você não terá alternativa, terá que traçar uma estratégia.

Seja para convidar aquela garota que você está de olho faz um longo tempo, ou para fazer com que aquele rapaz lindo, maravilhoso e desatento note que você se produz todos os dias para ele, ou para comprar seu carro zero fazendo malabarismo como todas as contas e contratempos que você tem pela frente.

A única forma é mesmo traçar uma estratégia, aquela atitude “seja o que Deus quiser” que você costumava usar, não está ajudando, não é mesmo?

Pois é, tenho novidades para você, Deus anda muito ocupado tentando salvar todas as criaturas que colocamos em perigo com nossa poluição diária. Nossa pegada de carbono está mesmo causando estragos.

A estratégia é o seu guia para traçar o melhor caminho até o seu objetivo, mas para isso é preciso determinar o que realmente se quer, quando não se sabe o que fazer é porque não há uma estratégia definida.

Não desanime, crie novas estratégias.
Estratégia e tática andam de mãos dadas, mas a tática depende da estratégia. Enquanto a estratégia gera oportunidades, a tática tira proveito delas. Na verdade, a estratégia é o planejamento de um objetivo a ser atingido enquanto a tática é o modo como ela é executada. Planejamento e execução: não tente separá-los. «

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Crescer sem planejamento é um risco

O crescimento rápido de uma empresa configura um risco. Por quê? Pelo simples fato de que novas contratações implicam que novos elementos com diferentes valores serão agregados à sua equipe.

Caso os valores da empresa não estejam profundamente arraigados e os novos colaboradores não os absorvam, terá que voltar à estaca zero.

Portanto, mesmo que sua empresa esteja em ascensão, faça as contratações com o devido planejamento.

Eu já vi novos elementos desagregarem equipes perfeitamente sinérgicas. Claro que isso implica que havia liderança omissa e desatenta.

Os líderes devem além de conduzir sua equipe também estarem atentos ao seu comportamento. É comum o líder imaginar que o novo colaborador se adaptará imediatamente ou sem nenhum acompanhamento.

Mas, na prática, o que acontece é que o novo colaborador repetirá os padrões adotados nas outras empresas por que passou para preencher as lacunas daquilo que não conhece da nova empresa.

Por mais que traga boas práticas, talvez não sejam adequadas à cultura da sua empresa.

Não estou falando de limitar a capacidade criativa do novo colaborador, apenas de dosar a absorção de qualquer nova prática. As empresas que incentivam a criatividade e a inovação o fazem em sessões de brainstorm ou reuniões com essa finalidade, ou seja, tem seu local e modo correto de acontecer. O novo colaborador não deve chegar mudando tudo de lugar e transformando o modo como os seus processos são executados sem respeitar a maneira como qualquer mudança nos processos deve ser realizada.

Também não quero dizer que não deva contratar novos colaboradores, apenas que deve planejar as contratações, definir os seus papéis, deixar claro o que espera deles, e monitorar as novas relações, antecipando conflitos e administrando-os. Como já disse, em outras ocasiões, nem sempre o conflito é negativo.

Procurados: vivos e inovadores. Recompensa: crescimento profissional.Uma boa prática é o novo colaborador ser entrevistado ou apresentado às atividades pelos demais colegas. Mas tudo depende muito do modelo de contratação que sua empresa adota, converse com seu RH para alinhar essa adaptação.

O que o líder não deve fazer é se eximir de suas responsabilidades na condução da equipe para produzir os resultados que a empresa espera. «

domingo, 31 de maio de 2009

Relaxar faz bem!

Você se sente como se não tivesse tempo suficiente para tudo o que deveria fazer ao longo de um dia? Dificilmente alguém vai responder não a essa questão.

Inconscientemente acreditamos que quanto mais atividades nós realizamos mais aproveitamos o nosso tempo, mas é exatamente o contrário.

Você já experimentou apreciar uma paisagem de um carro ou moto em movimento e comparou a sensação de apreciá-la de uma bicicleta em movimento? As sensações são muito diferentes.

A sobrecarga de atividades não proporciona mais qualidade profissional ou pessoal, o exagero dessa velocidade incita mais falhas e erros. Os principais problemas de gestão estão na velocidade com que as decisões são tomadas, gerando mal-entendidos e conflitos desnecessários. Tomar uma decisão em momento de estresse apresenta um resultado muito diferente de quando você avalia e pondera calmamente.

Carpe Diem. Frase em latim, significa "colha o dia" ou "aproveite o momento".
Para evitar esses picos de estresse, você precisa curtir seus momentos, um executivo sem tempo para a família, por exemplo, vai perder valores e situações que facilitariam sua liderança na empresa. Aqueles rabiscos do seu filhinho, as perguntas inocentes dele ou as dificuldades domésticas, são ótimas oportunidades de aprendizado.

Dose com cuidado seu trabalho e sua vida pessoal, aproveite mais a vida!  «

terça-feira, 26 de maio de 2009

Você não merece um chefe tirano

Não confunda assédio moral com um momento de estresse. Quando estressado o seu chefe não terá a intenção maldosa que o assédio moral pressupõe. Pois nele existe a vontade de destruir o colega, atingindo-o em seus pontos fracos por meio de pequenas agressões repetidas ao longo do tempo. Sempre muito sutis e veladas elas provocam na vítima uma confusão que a leva a se julgar incapaz e por isso perde a autoconfiança.

O que leva um chefe a assediar moralmente um subordinado? Como estamos tratando da natureza humana, em geral é por ciúmes e rivalidade, para esconder a própria incompetência. Em alguns casos, ele também está sendo assediado pelo seu superior e está descontando da mesma forma no seu subordinado.

O que percebemos é que o assédio moral é mais comum em empresas com problemas de gestão, elas atiçam a produtividade por meio de competição interna, usando seus profissionais como objetos, pressionando-os constantemente a serem mais produtivos e descartando-os em qualquer oscilação econômica.

Quando a alta direção de uma empresa tem esse comportamento cínico, passa uma mensagem implícita de autorização para esse tipo de ação pelos chefes.

Não estou dizendo que os profissionais não devam ser produtivos, e sim que as empresas devem ter uma abordagem clara e objetiva a respeito de seus funcionários, coibindo abusos de tal natureza, apesar de serem criminosos eles ainda corroem a vitalidade da empresa. Não é lucrativo para ela.

A sociedade ainda não abriu completamente os olhos para esse problema, muitas pessoas assediadas moralmente trocam de emprego, ou por iniciativa própria ou por demissão, mas poucas se dão conta de que houve danos psicológicos que podem afetá-las por muito tempo. Sem o devido acompanhamento médico, toda a carga emocional negativa estará de volta na primeira situação de estresse.

Sintomas de Assédio Moral
Imagem baseada nos dados de Assédio Moral no Trabalho.
A psicanalista francesa Marie-France Hirigoyen narrou que uma mulher se jogou da janela de onde trabalhava e o fato foi considerado apenas como um acidente de trabalho. Ela vinha sendo assediada moralmente por um chefe, denunciou à direção, mostrou atestados que comprovava os prejuízos a sua saúde e nada foi feito. Em um dia que ela foi muito humilhada, atirou-se da janela. Não morreu, mas ficou paralítica.

Assédio moral é algo muito grave e atualmente atinge os jovens, devido ao modelo excessivamente competitivo de nossas escolas. Acho que você já deve ter visto nos noticiários casos em que um adolescente se arma, vai para a escola e se vinga de todos os seus colegas.

Enfim, o assediado deve parar de se corroer, ele deve procurar ajuda e voltar à vida normal. Mas melhor do que tratar é prevenir. E só podemos nos prevenir reconhecendo quando ocorre um assédio moral.  «

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Projeto: para que serve?

Muitos executivos chamam de projeto qualquer atividade que administrem, mas projeto não se aplica ao trabalho rotineiro. Projeto necessariamente está atrelado à mudança ou inovação.

Por exemplo, posso criar um projeto para a implementação de treinamentos, uma vez implementada toda a infra-estrutura necessária para os treinamentos, cada treinamento realizado não será um projeto, mesmo que seja um treinamento novo.

Por essa razão todo projeto obedece a um cronograma com datas de início e fim definidas, precisam ter suas fases planejadas, bem como especificar os recursos necessários e, claro, deve ter um orçamento.

Como projeto está associado à mudança e envolve orçamento, também precisa ser avaliado, para que a alta direção tenha idéia do seu sucesso ou prejuízo. Os critérios de avaliação devem ser estabelecidos no seu início.

Todo projeto deve apresentar um resultado, nem sempre ele é conhecido no início do projeto. A expectativa com a implementação de treinamentos pode ser melhorar as habilidades dos funcionários, mas como resultado pode-se obter a satisfação dos clientes, devido ao aumento de motivação dos funcionários.

O resultado mais comum é um produto de algum tipo, no nosso exemplo pode ser uma metodologia para implementação de treinamentos, facilmente aplicada em outras unidades da organização.

Ao término do projeto, algumas decisões precisam ser tomadas quanto ao uso e institucionalização do resultado.

Os projetos sempre envolvem pessoas, por isso não é possível gerenciar um projeto sem as habilidades para gerenciar as pessoas e as mudanças (muitas vezes culturais) que afetarão mais pessoas.

Todo projeto é, na verdade, uma oportunidade para se testar as possíveis inovações em um ambiente controlado sem que a decisão de mudança seja colocada em prática até que as novas idéias de trabalho sejam avaliadas.

O erro mais comum em projetos de implementação de práticas de processos é não usá-los como teste em áreas controladas, mas como verdade absoluta afetando toda a corporação. Portanto, se não obtiverem resultados satisfatórios, o prejuízo é alto.

Por isso, muitas empresas patinam nos níveis 2 e 3 do CMMI, ou não conseguem implementar o ITIL, por exemplo. Pois, não estabelecem os projetos com o intuito que devem ter.

A primeira pergunta que deve ser feita no planejamento de um projeto é “nós precisamos dessa mudança?”
  • Se a resposta for não: mantenha suas práticas e as reforce.
  • Se a resposta for sim: mude e inove, mas tenha em mente que nada será imediato e sem esforço

Os projetos não devem simplesmente acontecer, eles devem ser planejados. Como os recursos humanos envolvidos são deslocados de suas atividades usuais, as atividades do projeto precisam ter prazos bem definidos, mesmo porque o orçamento de um projeto é limitado.


Todo Projeto começa com um Plano...
Quesitos que você precisa avaliar ao planejar um projeto:
  • Título: Atribua um título significativo ao seu projeto. Isso fará com que as pessoas se interessem por ele, e que os participantes se identifiquem.
  • Objetivo: Você pode se sentir tentado a fazer algumas coisas ao mesmo tempo, mas projetos com foco claro obtêm melhores resultados. Veja algumas expressões que você pode usar para declarar o objetivo de seu projeto:

Rever e avaliar as práticas atuais...
Avaliar...
Fazer recomendações...
Desenvolver materiais...
Prover diretrizes...
Planejar a implementação de...
Criar material piloto de inovação para...
Testar o efeito de...
Mantenha o objetivo claro, essa é a melhor maneira de manter as prioridades claras e evitar falsas expectativas.
  • Resultado: Todo projeto precisa de um produto tangível ou ele simplesmente desaparece. O produto pode ser: um relatório do projeto, um conjunto de recomendações, um plano, material de treinamento, programa de treinamento, desenvolvimento de uma estratégia, e assim por diante.
  • Riscos: Um projeto pode ter efeitos negativos: alguns membros da equipe podem se sentir excluído; pode ocorrer insatisfação com as atividades; perda de foco nos problemas do dia-a-dia. Crie uma lista de riscos para o seu projeto e defina quais ações pode tomar para minimizá-los ou evitá-los. 
  • Equipe: Tenha os papéis dos membros da equipe claramente definidos desde o começo. Mesmo que sua equipe seja democrática opte por um líder de projeto que será responsável pela organização e por alcançar os prazos. Os membros da equipe constantemente realizarão trabalho extra, e, portanto devem conhecer seus papéis para evitar o estresse ao longo do projeto.
  • Stakeholders (envolvidos): São as pessoas que serão afetadas pelo aprendizado do projeto. Como o projeto ocorre em ambiente controlado, saiba quem deve questionar ou envolver para evitar interferências em áreas fora do escopo do seu projeto. 
  • Prazo: É importante dividir o projeto em fases com pontos de revisão e reporte fixos. Dessa forma, terá controle do andamento do seu projeto. É importante que toda a equipe reconheça o estágio alcançado, ajuda na sinergia dela. 
  • Orçamento: É importante ter um plano de orçamento, onde esteja definido quem pode autorizar os pagamentos. Tenha um sistema de monitoração para você ter idéia de quanto foi gasto do orçamento. Estão incluídos no custo do projeto tempo, materiais, mão-de-obra, artigos de consumo, reuniões, viagens e assim por diante.
  • Critérios de avaliação: Um projeto pressupõe que seu gestor seja responsável por ele junto à empresa ou a um grupo, por isso defina os critérios de avaliação no início, considerando os objetivos definidos.

Esses quesitos representam a base para um plano de projeto.   «

domingo, 3 de maio de 2009

Como lidar com conflitos na equipe

Conflito é a ocorrência mais comum no trabalho em equipe, principalmente naquelas recém criadas ou na entrada de novos membros. Essa espécie de tempestade faz parte do desenvolvimento da equipe.

Quando bem administrados os conflitos são úteis e até bem-vindos, pois acordam você e sua equipe para repensar as relações com o objetivo de que todos possam crescer juntos.

Para manter os conflitos sob controle, você como líder deve:
  • Conhecer-se. Compreenda como você responde normalmente aos conflitos. Pratique ser mais flexível e colocar-se no lugar das outras pessoas.
  • Escutar. Escute com cuidado as palavras e os sentimentos envolvidos.
  • Resumir. Reflita sobre o que foi dito ou sentido para construir um maior respeito e compreensão com sua equipe.
  • Evitar a visão de túnel. Seja claro e objetivo, mas não se agarre apenas ao seu ponto de vista, no túnel passam outros carros, mas você só vê o que está a frente.
  • Negociar. Esteja preparado para negociar e alcançar um acordo aceitável entre as partes, onde todos saiam ganhando: a política do "ganha-ganha".
  • Considerar os efeitos nas pessoas. Reveja as implicações de suas resoluções sobre as pessoas: é fácil perder a participação e compromisso de algumas pessoas que você lidera, caso não esteja atento a esse ponto.
  • Comunicar-se. Comunique-se regularmente e construa os relacionamentos, especialmente se ocorreu algum dano.

A Força está no Diálogo
Da próxima vez que se deparar com um conflito, não fuja dele, sua equipe precisa que o líder se faça presente e ajude no seu crescimento.   «

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Inteligência Espiritual

Falou-se muito em inteligência emocional no trabalho, agora falamos em inteligência espiritual.

A inteligência espiritual incorpora valores como integridade, honestidade, responsabilidade, compaixão, respeito e coragem. Ela nos leva às questões ao invés de ter respostas e nos permite sentir confortáveis diante das incertezas e inconsistências.

Líderes como Gandhi e Mandela incorporaram altos níveis de inteligência espiritual, daí o senso de propósito e integridade que transpôs muitas dificuldades.

Ela é a inteligência que lhe permite aproximar-se dos assuntos intuitivamente e o ajuda a avaliar e fazer a escolha que é certa ou mais significante.

Se considerarmos que as inteligências política e de negócio são sobre conhecimento e procedimentos, a espiritual é sobre a existência, ou seja, a demonstração da verdade interior, permitindo sua identidade e propósito para brilhar através de seus liderados de um modo que é atrativo e potencialmente inspirador aos demais.

Mas por que esse tipo de liderança ganha espaço nas organizações? Pela carência das pessoas em se sentirem completas (mente, corpo e alma) e pela busca de realização que jamais é somente financeira.

As empresas inclusive apostam cada vez mais em qualidade de vida para seus profissionais como diferencial de retenção de talentos e como forma de motivação.


O propósito da inteligência espiritual não é o encontro com crenças religiosas, apesar de poder tomar parte do caminho para se atingir um desenvolvimento espiritual. Seu propósito é atingir a claridade de pensamento, onde não existem interrupções e o pensamento racional não é convidado. Ela lhe permite obter um entendimento profundo de si mesmo, um forte senso de significado e aproximação mais corajosa de tudo o que fizer.

Quer exercitar sua inteligência espiritual? Experimente:
  • Ser flexível
  • Ser consciente de si mesmo
  • Ter uma visão e ser liderado por seus valores
  • Aprender com experiências de adversidade
  • Procurar por conexões
  • Valorizar a diversidade
  • Defender o que você acredita
  • Questionar e recompor um problema
  • Não deixar que posição ou status vá para sua cabeça  «

domingo, 5 de abril de 2009

Reação em cadeia

O profissional que você é hoje começou a se formar no passado, e o profissional que você quer se tornar no futuro pode começar hoje.

Acho que você já deve ter ouvido de várias formas que a vida é feita de escolhas, portanto as relações que você cria pessoal ou profissionalmente, dependem delas. Quando falo em escolha, não falo apenas de escolher ganhar mais, ter mais poder, ser dono de coisas caras, mas de sentir-se bem com a escolha feita, e, principalmente, vivê-la sem ressentimentos.

É inevitável que a escolha traga alguns percalços, mas eles podem ser o seu saldo positivo no futuro.

Um episódio que aconteceu quando eu ainda fazia estágio na área de TI, determinou várias das minhas escolhas.

Tínhamos um treinamento, e a sala de treinamento estava trancada, um dos analistas perguntou: “Mas ninguém tem o backup da chave?”

Que backup é cópia de segurança eu sabia, mas não achei apropriado para ser usado ao se referir a um objeto físico, faz mais sentido para dados e software, naquele momento eu tomei a decisão que eu jamais seria um profissional que não soubesse me comunicar com o mundo exterior.
Existem muitos profissionais bons, mas que não sabem nada além daquele mundo em que vive, e nem sabem traduzir seus conhecimentos para as pessoas que desconhecem aquela realidade.

Hoje percebo que um profissional deve evitar certas atitudes que bloqueiam seu desenvolvimento. Muitos criam bloqueios profissionais, e não se interessam por nada que esteja além de sua área. Um profissional deve sempre buscar especializações dentro da sua área, mas o cruzamento com outras áreas traz um enriquecimento muito importante para o seu trabalho. Todos os profissionais que alcançam esse nível obtêm sucesso, pois descobrem novos nichos para sua carreira.

Outro bloqueio é o da imaginação, geralmente uma nova idéia ou novo produto não é perfeito na concepção, mas muitos profissionais olham para eles com um olhar de crítica, e logo os descartam. O que aconteceria se olhassem para o potencial ou para o que pode ser melhorado?

Toda idéia que é criticada, passa por um bloqueio emocional, faz com que seu idealizador se desmotive para novas idéias, cada vez mais as empresas pedem por inovação, querem em seu quadro de profissionais os mais capacitados, mas incentivam repressões e bloqueios, quando um líder não tem habilidades para extrair o melhor de seu pessoal.


O objetivo atual da empresa pode não comportar essa idéia nova, neste caso eu sugiro que tais idéias sejam armazenadas, algumas estão muito a frente do seu tempo, ou necessitam de uma lapidação. Todas as pessoas inovadoras possuem um leque de idéias, e não param na primeira. Alimente-as com a motivação adequada e vai se surpreender com o resultado.  «

quinta-feira, 26 de março de 2009

Líder apaixonado

Nada substitui a paixão, ela não pode ser fabricada e nasce de nossas crenças profundamente enraizadas.

Pense sobre algo ou alguém por quem você é apaixonado, agora se imagine falando disso. Aposto que seria capaz de falar horas sobre o assunto, e faria com que o objeto de sua paixão parecesse único e precioso.

Tive um namorado que dizia que eu não tinha idéia de como eu ficava vívida e interessante, quando falava das minhas viagens.

Apaixonado pelo que fazPaixão. É exatamente isso que falta na maioria dos líderes. Paixão pelo que faz entusiasma seus liderados e provoca, também neles, paixão pelo que fazem.

Um líder deve inspirar seus liderados, mas se você não acredita no que faz, certamente não terá esse poder pessoal tão comum nos grandes líderes. «

sexta-feira, 6 de março de 2009

Seja um Líder Congruente

Um líder deve ensinar pelo exemplo de sua vida e não pelo barulho que faz, portanto necessita ter princípios.

Se você quer ser um líder congruente, deve ter em mente que deve evitar as 7 situações que Mahatma Gandhi elencou como destrutivas para o propósito de melhorar suas intenções.
  1. Riqueza sem trabalho, que advém da manipulação destrutiva de pessoas ou coisas com intuito de obter vantagem, o que leva a corrupção.
  2. Prazer sem consciência, quando se sucumbi a auto-satisfação sem responsabilidade, afetando toda uma sociedade em pró de motivos egoístas. Lembre-se que a vaidade pode cegá-lo quanto aos seus pontos fracos.
  3. Conhecimento sem princípios, que equivale dizer que o conhecimento foi parar em mãos erradas, pois dele não se tira proveitos éticos. O conhecimento só é útil quando compartilhado com seus pares e equipe.
  4. Comércio e negócios sem ética, pois as situações comerciais devem ser justas e servir ao interesse de todos os envolvidos, inclusive do meio ambiente. Institua o “ganha-ganha” em suas relações comerciais e se surpreenderá com os resultados.
  5. Ciência sem humanidade, uma vez que a tecnologia deve servir a um propósito e não devemos nos tornar seus escravos. Para obter sucesso a tecnologia deve estar sempre ao nosso serviço e não o contrário.
  6. Religião sem sacrifício, crer em algo é também viver sob os princípios daquela crença, caso contrário torna-se uma ilusão. É imprescindível viver o que se acredita por mais difícil que seja.
  7. Política sem princípios, mais do que nunca se tornou preciso governar sob os princípios universais que regem a natureza das coisas. Um líder sempre respeita seus liderados.

Para chegar ao cume é preciso escalar a montanha

quinta-feira, 5 de março de 2009

Marketing Pessoal

A base de um bom marketing é ter um bom produto, portanto antes de pensar em fazer seu marketing pessoal, invista no produto que tem a oferecer.

O marketing é o meio de fazer com que seu produto seja percebido pelo mercado, mas somente será comprado se for no mínimo bom.

Mantenha sua auto-estima elevada, não se abale por qualquer motivo.

Conheça-se. Determine seus pontos fortes e fortaleça-os, busque a atenuação dos pontos fracos. Tenha em mente qual é o seu potencial.

Além de uma boa aparência, você precisa ter bons princípios e boas maneiras.
Em certa ocasião eu estava em uma reunião com um colaborador e fomos interrompidos sem qualquer pedido de desculpas, o invasor perguntou o que tinha que perguntar e saiu, ignorando completamente a minha presença. Eu observei que essa pessoa sempre tinha a mesma conduta, apesar de bom profissional não tinha boas maneiras, e isso lhe custaria o sucesso na carreira, pois com tal falta de trato com as pessoas jamais seria recomendado à liderança.
Invista em aprendizado, uma boa formação acadêmica calcada em seus objetivos de carreira. Tenha um plano de carreira definido, planeje-se.

Crie uma vantagem competitiva e use-a como sua marca pessoal, de forma que as pessoas sempre reconheçam seu trabalho.

Tenha bons relacionamentos, dentro e fora de sua área de atuação. É preciso ter um plano alternativo.

Sempre que possível reflita sobre como está seguindo sua carreira, para que não abra mão de seus ideais.

E por fim, administre tanto o seu tempo como suas emoções, dessa forma terá uma vida satisfatória profissional e pessoalmente.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Liderança nas Mudanças

Toda mudança realizada em uma empresa para acontecer precisa de uma liderança, o que implica em um líder.

Você pode gerenciar os efeitos da mudança, mas a mudança esperada e com resultados positivos pede por liderança.

O progresso está fadado a acontecer quando líderes imbuídos de coragem e talento buscam pela oportunidade de mudar a realidade da empresa para melhor.

A figura do líder não é apenas de um agente de mudanças, ele também molda e motiva os colaboradores de sua empresa. Portanto, se os seus líderes não tiverem os mesmos valores pregados pela empresa, ela será mais uma a publicar a missão em uma placa, treinar todos os seus colaboradores para repetir cada palavra, mas no teste do dia-a-dia, naquele que acontece longe da visita de um auditor, o que estiver escrito ali será distorcido.

O exemplo vem do líder, a empresa como um todo deve absorver seus valores, o fato de publicá-los serve como lembrete diário, funciona como a consciência organização de que existe um compromisso.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Seu líder não erra?

Levante a mão aquele que nunca errou! Se eu pudesse ver além dessa telinha, suponho que não veria nenhuma mão levantada.

Não sei qual é sua religião e nem é meu intuito discutir o assunto, mas eu gosto muito das histórias contadas sobre Jesus, e é inegável que ele era um bom líder, ele conseguiu reunir pessoas tão diferentes em torno de uma causa tão difícil de se explicar até hoje, como crer em algo que você não viu acontecer?

É esse o desafio dos líderes atuais, que contam com alguns subterfúgios mais atraentes para atrair seguidores, afinal de contas você não entra em uma empresa apenas pelas lindas palavras do seu recrutador. A empresa precisa ter um pacote de benefícios; oferecer boas condições de trabalho; o ambiente agradável; ter jornada de trabalho pré-estabelecida; você deve ter direito a férias; e ser remunerado de acordo com o mercado em que atua.

Entretanto, quando Jesus viu uma mulher adúltera que ia ser apedrejada até a morte, conforme o costume punitivo da época, ele não se colocou na frente da mulher, não agrediu aquelas pessoas, ele os fez pensar, proferindo palavras simples: “atire a primeira pedra aquele que nunca pecou”. E as pessoas largaram suas pedras e dispersaram.


Quem nunca teve um líder que em um momento de crise, perdeu a compostura?


Eu passei por uma experiência que me ensinou muito, estávamos em um projeto, e lembro que passei uma tarde discutindo com a líder do projeto sobre uma data, o campo de data seria uma das chaves de acesso. A data que ela queria que fosse colocada, era uma data sem grande importância para o cliente, não fazia sentido para o cliente pesquisar a data em que a informação entrou no sistema, mas sim a data do empréstimo, a informação de quando entrou no sistema no meu entender era secundária. Mas enfim, minha líder tinha ido às reuniões com o cliente e afirmou veementemente que a data era aquela, segui suas orientações à risca.

Ela foi apresentar uma prévia ao cliente, e voltou soltando fogo pelas narinas. Disse que tinha passado vergonha, elevou o tom da voz dizendo em alto e bom som o quanto eu era ncompetente ao usar a data errada como chave, eu argumentei calmamente dizendo a ela que tínhamos discutido o fato anteriormente, e ela me garantiu que a data era aquela.

Aí ela surtou, disse que se eu não tinha competência para arrumar o meu erro, ela iria passar a noite na empresa, mas iria corrigir aquilo. Nesse momento eu me calei, e comecei a verificar o que daria para ser feito. Cinco minutos depois, ela pegou a bolsa e foi para casa, esquecendo a promessa infantil de corrigir ela mesmo o problema.

Eu nunca disse que não iria ajustar o problema, mas eu também não documentei as informações que ela tinha me passado. Enfim, ajustei o sistema no dia seguinte, não tinha necessidade de ninguém passar a noite na empresa, ela apresentou uma prévia ao cliente, estávamos dentro do prazo.

Passei a documentar toda a informação que eu recebia sobre o sistema, e pedia o de acordo com e-mail copiado para toda a equipe.

Ao final do projeto, algo inusitado ocorreu, foi feita uma reunião de feedback, que ela jamais tinha feito antes, mas o intuito dessa reunião era dizer que toda a equipe tinha se superado menos eu. Que eu tinha cometido um erro gravíssimo.

Saí da reunião sem entender bem o que tinha sido aquilo, meu erro não foi grave, e o meu desempenho tinha sido equivalente aos demais. Um colega me chamou de lado e disse: “Krika, não ligue para isso, ninguém na equipe é bobo, todo mundo sabe a verdade, no fim das contas ela está passando o recibo de incompetente”.

E foi incrível que quanto mais ela tentava sufocar meu talento, mas ele aparecia e melhorava, eu passei a ficar alerta com todos os detalhes, a me precaver confirmando as informações, documentando-as.

Eu lançava mão de técnicas que muitas vezes não usamos, eu especificava o sistema, e recorria aos testes de mesa, quando o sistema era codificado, era menos susceptível a erros de especificação. Eu dedicava mais tempo analisando risco e testando do que especificando. Os resultados eram muito melhores. Claro que não fui promovida sob a liderança dela, mas eu consegui mudar de equipe, e a promoção veio com facilidade.

Eu mando. Você obedece. (Seu chefe?)
Se eu posso dizer algo sobre erros é que eles nos ensinam muita coisa, todo mundo erra, alguns assumem, outros jogam a culpa nos outros, o que é uma pena, poderiam crescer muito assumindo o erro.

Bom, mas erros não devem ser repetidos, portanto planeje bem o que vai fazer, certifique-se de todos os detalhes, ouça sua intuição, muitas vezes desconfiamos de algo, mas insistimos em fazer daquela maneira, saiba que nem tudo é erro, existem imprevistos e, em certos casos, vai ter que improvisar uma solução, corrija seus erros rapidamente, sem escondê-los.

Felizmente as empresas estão mudando, e líderes que se achavam os donos da verdade estão com os dias contados, mesmo porque para ser líder precisa haver liderados, e como disse meu colega, as ações do líder são vistas por todos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Seu cérebro trabalha por você

Ontem eu pedi ajuda ao meu namorado, eu tinha uma questão sobre a minha carreira que estava me incomodando.

A princípio ele não entendeu nada, e por isso eu tive que falar sobre todas as variáveis que envolviam a questão, o que me ajudou a ver tudo com mais clareza também.

Ele foi atencioso na medida certa: ouvindo, palpitando, até que apresentou uma sugestão muito simples para a questão. Tão simples que eu não tinha me dado conta dela.

Isso me fez perceber que em certos momentos estamos tão envolvidos com a questão que não vemos as soluções mais simples, se isso acontecer com você converse com alguém de sua confiança e a solução pode surgir com muita facilidade.

Eu perdi dias me corroendo com a questão e a resposta estava tão próxima que eu não via.


No início da minha carreira, os programadores passavam noites em claro no Centro de Processamento de Dados, tentando encontrar soluções para bugs do sistema, eu como morava longe acabava indo para casa, dormia, e por muitas vezes sonhava com a solução. Quando não sonhava, assim que eu colocava as minhas mãos no código a solução surgia facilmente. Enquanto os colegas estavam exaustos, eu estava descansada e solucionava o problema.

Por que isso acontecia?

Muito simples, nosso cérebro é uma máquina poderosa, controla todo o nosso corpo. Se você quiser ter uma idéia de como é a nossa atividade cerebral, imagine que os 6,5 bilhões de habitantes do planeta ligam para os números de toda a lista telefônica de suas cidades ao mesmo tempo. Com certeza, nosso sistema telefônico entraria em colapso e as pessoas nem dariam conta de metade da lista telefônica até o final do dia, mas o nosso cérebro faz algo muito parecido através de suas interligações nervosas.

Viu como se considerar incapaz tendo um processador de informações dessa categoria faz de você um mentiroso?
Não perturbe. Gênio trabalhando!
Mas essa máquina poderosa precisa recarregar as energias, e isso acontece durante o sono, todas as funções de atividade do nosso organismo baixam a freqüência e o cérebro organiza tudo o que juntou durante o dia nas gavetinhas certas. Se você não dá esse tempo para o seu cérebro, será como se você tivesse roupas espalhadas pela casa toda, onde você não poderia saber o que está limpo ou não, nem se a roupa é mesmo sua. Ou seja, uma grande confusão.

É por isso que os bebês dormem tanto e aprendem muito rápido, com o tempo não precisamos dormir tanto quanto os bebês, na verdade com o avançar da idade dormimos menos, e até por esse motivo aprendemos com mais dificuldade na idade adulta. Entretanto, podemos contar com o auxílio de outros cérebros, não precisamos saber tudo, apenas perguntar a quem sabe. E se a outra pessoa também não souber, ela pode conhecer alguém que saiba ou ajudá-lo a pensar sobre o assunto.

Mais uma vez recorremos aos instintos onde a união faz a força.

O que é uma equipe se não a união de mentes brilhantes?