domingo, 28 de junho de 2009

Gestor Jack Bauer tem 24 horas para resolver o problema da objetividade

Apesar de não ser fã da série 24 horas, reconheço nela o desafio de todos os gestores: lutar contra todos os obstáculos de um dia, como o personagem da série, Jack Bauer interpretado por Kiefer Sutherland.

Claus Moller, consultor especialista em liderança, gerenciamento de tempo, gerenciamento de qualidade, gerenciamento de serviço e inteligência emocional, declarou que:
  • “Tempo é o mais democrático de todos os seus recursos. Todos têm o mesmo tempo disponível à sua disposição, todos os dias: 24 horas.”
  • “O tempo que passa nunca volta. Por isso deveria ser um crime roubar o tempo das outras pessoas.”

A Harvard Business School definiu profissionalismo como o ato de respeitar o tempo e o dinheiro das pessoas.

Apesar dos líderes criarem um verdadeiro teatro em torno do seu precioso tempo, muitas vezes eles o desperdiçam, em reuniões mal planejadas e assuntos que poderiam ter delegado.

O respeito ao tempo e dinheiro das pessoas pode dar a conotação de que as pessoas são apenas os clientes, mas na verdade são também os colaboradores da empresa.

Eu tive a oportunidade de trabalhar com um gestor que chegava todos os dias às 11 horas.
Das 11 às 13 horas ele estava cumprimentando colegas, lendo e-mails, ou seja, se ambientando; das 13 às 15 horas estava almoçando; das 15 às 16 horas, tomando café (ainda se ambientando); das 16 às 17 horas ele estava respondendo e-mails, conversando com liderados sobre os assuntos mais urgentes; e, suas reuniões começavam às 17 horas.

Na verdade, o início era marcado para às 15 horas, portanto ele reunia o pessoal por volta das 15 horas, mas ficava entrando e saindo da sala, provocando todo aquele suspense, e a reunião apenas começava às 17 horas.

Mas acontece que as outras pessoas estavam trabalhando em horário comercial. E ele se irritava todas as vezes que alguém declarava que tinha um compromisso e não podia continuar na reunião. Ele chamava isso de falta de comprometimento.

Esses hábitos eram recorrentes, portanto uma reunião que poderia durar uma hora, durava até 3 dias, em tentativas de conseguir períodos de pelo menos 15 minutos da atenção completa dele em algum assunto.

Nem todos os gestores têm esse péssimo hábito, mas a grande maioria gosta de valorizar seu tempo, como se fosse mais importante do que dos demais. Esse gestor tornou-se diretor, com a política que adotou, portanto certamente fez escola entre os outros gestores da empresa.

É evidente que ele conseguiu isso, porque a empresa tinha uma visão limitada sobre produtividade e valorização de resultados.

Na verdade a quantidade de tempo que ele passava na empresa, ou o horário que ele chegava ou saía era irrelevantes, mas não custava muito a ele se pudesse estar inteiramente disponível nos eventos em que envolviam outras pessoas, como em uma reunião.

Toda a vez que eu vejo pessoas entrando e saindo de uma mesma reunião, eu começo a me questionar qual será a efetividade dela. Primeiro porque existe uma falta de foco da pessoa que está visivelmente preocupada com outra situação, segundo porque as pessoas que permanecem na reunião perdem a concentração no assunto e elas se tornam ociosas aguardando a pessoa retornar.

O meu Tempo é tão precioso quanto o seu!
Se o gestor fizesse a conta do que representa a falta de objetividade de uma reunião para a empresa, simplesmente mudaria sua postura. «

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