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domingo, 27 de setembro de 2009

Trabalho colaborativo

Uma das grandes tendências é o trabalho colaborativo que estabelece bases para a inovação e amplifica o conhecimento organizacional, entretanto não há como ter uma equipe com esses aspectos sem repensar a liderança.

O líder de uma equipe colaborativa deve:
  • Apoiar-se nas pessoas, suas capacitações e habilidades, ao invés de se apoiar em regras, normas e procedimentos.
  • Considerar sua rotina o reinicio de novas oportunidades, ao invés de uma batalha constante a ser vencida.
  • Distinguir suas ações pela competência, ao invés de distingui-las dos subordinados, onde cada um tendo seu papel.
  • Debater e pesquisar, ao invés de comunicar o suficiente para manter as coisas funcionando.
  • Ver, acompanhar e controlar o que é mais importante, ao invés de tudo.
  • Ter uma cultura ampla, visando entender e criar alternativas, ao invés de uma cultura especifica de uma tarefa.
  • Delegar como fazer, ao invés do que fazer.
  • Ser motivado pelo desafio da auto-realização, ao invés de pelo poder e dinheiro.
  • Considerar o trabalho como um processo de enriquecimento cultural, ao invés de uma troca econômica.
  • Ter uma visão ampla e generalista, ao invés de especialista.

Cada passo da sua empresa representa um desafio diferente.

Tudo isso é mais simples do que pensamos, uma vez que colaborar tem o significado de ajudar, acrescentar algo novo, trabalhar junto com objetivos comuns. Grande parte das empresas vem chamando seus funcionários de colaboradores, mas poucas entendem o real significado disso, e mantêm velhos modelos de liderança para novos conceitos de trabalho. «

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Equipes produtivas conversam

As melhores equipes com que trabalhei apresentavam sinergia, conquistada puramente pelo diálogo.

Uma das equipes que liderei sofria uma pressão por resultados, interna e externa, muito elevada, e eu abria um espaço de 30 minutos na nossa agenda, no final do dia, para conversarmos sobre nossos desafios. O grau de descontração era tão grande que outras pessoas de outras áreas passaram a aderir ao nosso momento de descontração.

Acho que muita gente já passou por isso, tenta contar como foi sua rotina de trabalho em casa, e ela parece tão desinteressante ou enfadonha para quem está ouvindo que você fica frustrado, sentindo que seu trabalho é o mais chato do mundo, quando muitas vezes não é. Entretanto, algo fica entalado na garganta.

Era exatamente por isso que esses momentos de descontração eram tão bem-vindos e pessoas de outras áreas vinham participar deles.

Muitos líderes não vêem essa técnica com bons olhos, preferem equipes mudas que não se comunicam. Por falar nisso, eu tenho uma novidade para o líder que pensa assim, se notar que sua equipe não se comunica, saiba que está praticamente sentado em um barril de pólvora, e você mesmo é quem acende o pavio.

Seus colaboradores precisam conversar.
A comunicação da sua equipe faz com que ela tenha sinergia, renove suas forças para o trabalho que precisa ser realizado. Falar sobre assuntos diversos e assuntos do trabalho, deflagra a criatividade, mas como tudo na vida existe uma linha tênue entre a comunicação positiva e a negativa.

Use sempre o bom senso para notar e incentivar a comunicação positiva.

É a comunicação positiva que ajudará sua equipe a se entrosar de maneira profunda, de modo a construir algo em grupo, em vez de competir por brilho individual. «

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Abre-se um novo parágrafo para a economia global

Você já parou para pensar no que a crise econômica realmente representa? Ou que uma criança de 11 anos esteja mais bem preparada do que você para o que vem a seguir?

Transcrevo uma tradução de um manifesto de Don Tapscott, que trabalha com o aspecto colaborativo da internet, sobretudo dos wikis, que ele classifica como wikinomia.

O manifesto intitula-se “Re-industrializar o planeta”.

“Se alguém pensa que sairemos dessa recessão e voltaremos ao negócio como era antes, está profundamente enganado.

Temos um novo meio de comunicação humana, a internet tornou-se a web 2.0. Ela não é mais apenas uma plataforma de apresentação de conteúdo, ela é uma plataforma computacional global e isso cria uma infra-estrutura global para colaboração. Nós começamos a ver mudanças profundas em toda a instituição na sociedade, ela começa a mudar a estrutura profunda na arquitetura do governo, de nossas instituições de ensino, discutivelmente todas as nossas instituições têm alcançado o fim de seu ciclo de vida.

E a recessão atual não é apenas uma crise econômica, ela é um ponto final na história da humanidade e nós olharemos para trás, décadas a partir de agora, para ver que isso era o ponto onde nós dissemos que precisávamos restaurar essa economia industrial, que finalmente abandonou a gasolina.

Nós estamos nos movendo para um novo paradigma inteiro e quando chegamos a algo como a um paradigma de mudança, chegamos também a uma crise de liderança, porque essas coisas causam deslocação e confusão.

Existe uma nova geração emergindo e eles são aqueles que estão herdando esse grande desafio de crescimento digital, sendo banhados em bits, dando forma aos nativos digitais. E os nativos digitais pensam de forma diferente.

Isso cria uma situação onde as crianças são uma autoridade em algo realmente importante. A criança de onze anos na mesa do café da manhã é uma autoridade na revolução digital que está mudando negócios, comércios, governos, aprendizado, todas as instituições na sociedade, então esse é um momento de profunda mudança.

Ruptura de valores: as crianças são autoridades na revolução digital.

Temos 40 anos para re-industrializar o planeta. Todas as empresas, todas as organizações precisam fazer isso. Nós precisamos encontrar oportunidades para inovar e transformar nossos modelos de negócio para relevância e sucesso.” «

domingo, 14 de junho de 2009

Quem não se comunica, se trumbica!

Um dos comunicadores mais famosos, Abelardo Barbosa, conhecido como Chacrinha, dizia que “quem não se comunica, se trumbica!”. Ou seja, quem não se comunica, se dá mal.

A principal deficiência nas empresas está na comunicação, e sem se comunicar de maneira adequada elas perdem a cooperação de suas equipes de trabalho.

Borbulham as redes de comunicação extra-oficiais e cresce a indiferença e desconfiança entre seus funcionários, além de tantos outros males que podem assolar a empresa por anos até que ela desapareça ou tenha sérios problemas de permanência no mercado em que está inserida.

Permita que a comunicação saudável tenha espaço na sua empresa.
A solução não está na troca das equipes de trabalho, isso apenas retarda os danos, a solução está em uma mudança cultural que atue de cima para baixo, e não falo de ordens rigorosas, mas mudanças de atitudes. A transparência nas ações da empresa inspira confiança, mas nenhum executivo consegue isso sem entender como a sua empresa opera.

Por isso, a gestão por processos que não é uma novidade, tem se tornado tão importante nas empresas. E as empresas que até então não se davam contam disso passam a adotá-la, entretanto a idéia ainda não foi comprada da maneira correta pela maioria delas, que buscam soluções prontas e imediatas.

É exatamente nesse ponto que fica a distância entre as empresas de sucesso e as imitadoras. As empresas de sucesso fazem o que é melhor para elas, possuem identidade própria e cuidam dela, enquanto as imitadoras olham para o resultado das empresas de sucesso e tentam obtê-lo, mas sem passar por todas as etapas, falta-lhe substância. «

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Crescer sem planejamento é um risco

O crescimento rápido de uma empresa configura um risco. Por quê? Pelo simples fato de que novas contratações implicam que novos elementos com diferentes valores serão agregados à sua equipe.

Caso os valores da empresa não estejam profundamente arraigados e os novos colaboradores não os absorvam, terá que voltar à estaca zero.

Portanto, mesmo que sua empresa esteja em ascensão, faça as contratações com o devido planejamento.

Eu já vi novos elementos desagregarem equipes perfeitamente sinérgicas. Claro que isso implica que havia liderança omissa e desatenta.

Os líderes devem além de conduzir sua equipe também estarem atentos ao seu comportamento. É comum o líder imaginar que o novo colaborador se adaptará imediatamente ou sem nenhum acompanhamento.

Mas, na prática, o que acontece é que o novo colaborador repetirá os padrões adotados nas outras empresas por que passou para preencher as lacunas daquilo que não conhece da nova empresa.

Por mais que traga boas práticas, talvez não sejam adequadas à cultura da sua empresa.

Não estou falando de limitar a capacidade criativa do novo colaborador, apenas de dosar a absorção de qualquer nova prática. As empresas que incentivam a criatividade e a inovação o fazem em sessões de brainstorm ou reuniões com essa finalidade, ou seja, tem seu local e modo correto de acontecer. O novo colaborador não deve chegar mudando tudo de lugar e transformando o modo como os seus processos são executados sem respeitar a maneira como qualquer mudança nos processos deve ser realizada.

Também não quero dizer que não deva contratar novos colaboradores, apenas que deve planejar as contratações, definir os seus papéis, deixar claro o que espera deles, e monitorar as novas relações, antecipando conflitos e administrando-os. Como já disse, em outras ocasiões, nem sempre o conflito é negativo.

Procurados: vivos e inovadores. Recompensa: crescimento profissional.Uma boa prática é o novo colaborador ser entrevistado ou apresentado às atividades pelos demais colegas. Mas tudo depende muito do modelo de contratação que sua empresa adota, converse com seu RH para alinhar essa adaptação.

O que o líder não deve fazer é se eximir de suas responsabilidades na condução da equipe para produzir os resultados que a empresa espera. «

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Onde você estava há 10 anos?

Estava relendo um artigo que escrevi há uns 10 anos, intitulado “A Tecnologia da Informação e o cliente como aliado estratégico para competir na economia globalizada: novos desafios da Gerência de Informática”, apesar do título enorme, eu já defendia que a satisfação do cliente o torna um grande aliado para as empresas. Eu me apoiava em pesquisas que mostravam que apenas 10% dos clientes insatisfeitos reclamam, os outros 90% deixam de comprar e ainda fazem propaganda negativa dos produtos ou serviços.

O cuidado e a observância das necessidades dos clientes proporcionam crescimento a longo prazo. Fato quase sempre esquecido.

Eu também defendia a transformação dos funcionários em “produtores de idéias”, demonstrando inclusive que é mais barato investir em treinamento dos funcionários existentes do que na contratação de novos funcionários. Infelizmente, qualquer redução de custo nas empresas começa pela redução ou completa eliminação dos treinamentos, depois demite-se e contrata novos recursos com as habilidades necessárias, mas sem os vínculos de comprometimento que o funcionário sem o treinamento tinha.

Talvez eu tivesse uma veia visionária, pois eu também apontava a Internet como um novo palco dos negócios, o interessante é que há apenas um ou dois anos antes do artigo, eu tinha adquirido meu primeiro computador pessoal e fazia minhas primeiras incursões na Internet.

Tudo muda após uma década, menos os seus ideais.
Eu também lembrava que a Gerência de Informática devia estar atenta para dar o suporte adequado às empresas, pois as relações se dariam no âmbito mundial, e que o papel do gerente deveria ser o de um líder de “produtores de idéias”, tudo com interesse de conquistar aquele que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso da empresa: o cliente.  «

terça-feira, 14 de abril de 2009

Seu cliente diz: decifra-me ou abandono-te

Se a sua empresa ainda não se rendeu ao poder fascinante que a internet tem, sinto muito, mas ela logo estará ultrapassada, se é que já não está.

Ter uma página na internet é o mínimo que se espera de uma empresa, mas será que apenas isso é o bastante? Claro que não, ela precisa explorar esse espaço melhor, todas as empresas que o fizeram colheram muito mais frutos.

Elas não estão por aí contando esse segredo, mas basta ser um observador mais atento e você mesmo pode perceber isso.

Quando pensa em livros, qual é o nome de empresa que lhe vem à mente? Aposto que essa empresa tem um website atraente, onde você pesquisa sobre os livros que deseja, lê resenhas e a opinião dos leitores, e procura saber que outros livros o leitor daquele livro também comprou. Essas informações estão no website, além de utilizá-las nas suas compras, você as utiliza também para se manter informado sobre os lançamentos de livros, ou para saber mais sobre aquele livro que seus amigos estão comentando, ou aquele que você viu alguém lendo compulsivamente. É por esses detalhes que o nome daquela empresa vem a sua mente com mais facilidade.

O que na verdade a empresa fez, foi colocar informações que um leitor mais exigente procuraria saber se visitasse a livraria pessoalmente. Funciona como se ela estivesse dizendo a você, venha nos visitar e sinta-se à vontade. Por se sentir tão à vontade, você vai indicar aquele website sempre que alguém que pedir alguma informação mais aprofundada sobre um livro.

Portanto, sua empresa deve além de ter uma página na internet, oferecer atrativos para que seus clientes voltem e se sintam à vontade.

Você pode ganhar muito com esse sentimento de cumplicidade que nasce dessa nova relação com seus clientes. Você obtém uma resposta imediata dele.

A satisfação do cliente é o principal foco das empresas, mas para satisfazê-lo você precisa conhecer seus hábitos, suas necessidades e suas opiniões sobre os seus produtos. E essas respostas podem ser coletadas com muita facilidade no ambiente da internet. Você pode conhecer quais palavras o seu cliente utilizou nos buscadores para chegar ao seu website. Pode colocar enquetes para conhecer a opinião deles, ou abrir canais de comunicação, muitas empresas abrem um canal para que o cliente avalie o produto que comprou e dê sua opinião sobre ele.


O cliente na internet tem um perfil colaborativo, e quando esse perfil não é respeitado ele não se sente à vontade no seu website. O que você precisa saber é que o website da sua empresa deve ser um canal de comunicação bilateral.

Empresas que produzem alimentos colocam receitas que utilizam seus produtos, muitas abrem um canal para que o cliente divulgue suas próprias receitas, portanto seja criativo e coloque no website de sua empresa um diferencial que empolgue seu cliente para voltar e se sentir à vontade.

Quanto mais visitas o website de sua empresa receber mais você conhecerá seus clientes. Informação sobre o que satisfaz o seu cliente é o que vai criar um diferencial para sua empresa.

E não se esqueça que o website de sua empresa deve evoluir a medida que você conhece mais seus clientes, pois as necessidades deles também evoluem.  «

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mente Colaborativa

Você confiaria em um completo estranho que você nunca viu nem vai ver para ser seu sócio?

O desafio é Colaborar!Pois esse é o sucesso por trás dos códigos abertos, são códigos construídos pela colaboração de pessoas de várias nacionalidades, credos e culturas, unidas pelo desafio de construir algo novo, que são distribuídos para downloads gratuitos por qualquer usuário da internet. Os seus desenvolvedores trabalham espalhados pelo mundo pelo simples prazer de contribuir e trocar experiências, por meio de bate-papos. Enquanto você paquerava, eles trabalhavam, eu já o tinha alertado que é a internet é boa ou ruim, depende do uso que você faz dela. O lado bom desses códigos é que eles são consertados facilmente, não existe apenas um desenvolvedor pensando na solução mas vários, e um complementa a idéia do outro. Eles pensam “fora da caixa”.

Por incrível que pareça esses times colaborativos suplantaram equipes muito bem paga de empresas do setor de TI.

Como esse time que não é remunerado, não se vê, não tem horário de trabalho definido muito menos chefe, consegue melhores resultados do que empresas que investem em capacitação, além de contratarem os melhores especialistas e os remunerarem muito bem?

Eles têm uma mente colaborativa, que sabe ceder parte do controle, compartilha responsabilidades, tem transparência, gerencia conflitos e aceita que projetos bem-sucedidos tenham vida própria.

Antes de iniciar na área de TI, eu fui Auxiliar Administrativo em uma grande empresa do setor de Previdência Privada.
Assisti à transferência de um excelente gerente da área de planos individuais para planos grupais. Apesar de obter um aumento salarial, pediu demissão após 3 meses. Poucos entenderam seus motivos, mas ele se queixava sobre como tinha elevado a área anterior, onde tudo funcionava e era organizado, enquanto a nova área era uma confusão total.
Enfim, perdeu muito tempo “chorando” pelo projeto anterior e não se dedicou ao novo. Na verdade, nem se permitiu conhecê-lo. Ele tinha todas as qualidades para tornar a nova área até mesmo melhor do que a anterior, mas continuou apegado a algo que tinha construído e por isso perdeu o dom de construir.
Desperdiçou uma oportunidade valiosa, quando podia colaborar com o crescimento da nova área, mas não tinha uma mente colaborativa.


Voltando aos times colaborativos que desenvolvem códigos abertos, sabe-se que nenhuma empresa tem condições de competir com eles. É fato que ninguém consegue suplantar quem faz algo por pura paixão. É incrível como a liberdade libera a criatividade. Por não estar preso a padrões e limites, pode-se criar qualquer coisa que a mente imaginar. Não existe um censor para dizer que algo é inviável ou impossível.

Na década de 1990, empresas como: Microsoft, IBM, Oracle, Netscape e Sun, tentavam construir servidores de web comerciais. Foi quando a IBM percebeu que gastava milhões de dólares e não tinha um resultado tão bom quanto o Apache, foi quando resolveu usá-lo em seus produtos. Mas o fez de forma sustentável, contribuindo para seu processo. Deixou de lado o servidor no qual seus engenheiros vinham trabalhando sem sucesso. Foi criada uma fundação (Apache Software Foundation) sem fins lucrativos, e a IBM designou seus melhores engenheiros para que contribuíssem da mesma forma que os demais envolvidos no projeto do código aberto (mesmo espírito, mesma remuneração – de graça), cumprindo assim todas as exigências dos desenvolvedores.


Como podemos observar nesse episódio a IBM tornou em aliado o que poderia ser uma ameaça, e com certeza levou várias lições para a casa sobre colaboração.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Transmissões da “Rádio Peão”

A comunicação feita dentro das empresas pelos seus profissionais é chamada vulgarmente de “rádio peão”, ela tanto pode ser nociva como benéfica.

O que você precisa saber sobre ela é que nunca vai deixar de existir, pois as pessoas têm necessidade de se comunicar, e, também, que ela é muito mais eficaz do que todo o trabalho de endomarketing realizado atualmente nas empresas.

Na verdade, muitas das comunicações realizadas pela empresa vazam pela “rádio peão” em primeira mão, o problema é que com essa comunicação chegam também às interpretações dos seus divulgadores. E quando a mensagem chega pelos canais corretos, muitas vezes encontram os receptores contrafeitos.

Entretanto, existe solução para que essa comunicação seja benéfica sempre. Para isso é necessário identificar as conexões, encontrar as redes de relacionamento dentro da empresa. Escolhendo-se as pessoas que são ponto de contato expressivos, pode-se ter um alcance maior e mais eficaz para a mensagem que se deseja passar.

Uma empresa é formada por processos e a comunicação flui com eles. Portanto, comunicação é um fator importante a ser observado neles, pois sem ela não existe colaboração, fator determinante para obter os resultados esperados para o negócio.

Para obter resultados significativos é preciso ter uma comunicação clara, que é entendida e apoiada por todos. A comunicação deve sempre fluir, se ela ficar represada em algum ponto, significa de que daquele ponto em diante nada mais funciona de forma apropriada, criam-se barreiras.

Por isso empresas que teimam em manter a comunicação no alto escalão, tendem a se tornarem burocráticas, pois elas incentivam a distância entre o estratégico e o operacional. Uma vez definido o que fazer, deve-se iniciar o trabalho. Time is Money.
Toda estratégia tem prazo de validade, se qualquer fator envolvido mudar, a estratégia deve ser reavaliada e mudar também. Se a distância entre o estratégico e o operacional for muito grande, ou a estratégia chega inviável ao operacional ou torna-se ineficaz. E adivinhe, a “rádio peão” é estritamente operacional, com conexões no estratégico ou próximas dele.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Pense "fora da caixa"

Apesar de começar minha carreira pelo desenvolvimento de sistemas, eu não conseguia aplicar todo o meu potencial criativo. Sempre tive um excelente tino lógico, mas eu sentia que precisava estar mais próxima do usuário, para que ele tivesse prazer em utilizar o sistema que foi desenvolvido, e que esse sistema apresentasse um ganho de qualidade profissional para ele.

Muito antes das tendências apontarem para o profissional que pensa “fora da caixa”, eu já tinha essa necessidade.

Um dos meus primeiros mentores dizia que o “feijão com arroz” resolvia tudo, e que soluções mirabolantes era um desperdício. Entretanto, eu tenho um instinto desbravador, e queria explorar as possibilidades e só então decidir o que e como usar. Tenho um talento especial para juntar técnicas diferentes e descobrir modos novos de executar meu trabalho.

Eu não consigo me concentrar por mais de duas horas em uma mesma tarefa, então me acostumei a intercalá-las, geralmente intercalo com uma atividade de aprendizado, ou seja, procuro descobrir algo novo sobre um aplicativo ou buscar informações sobre novas técnicas ou tendências.

Atualmente, essa busca de conhecimento é muito mais fácil e rápida, antes eu buscava na biblioteca da empresa, hoje eu uso no mecanismo de busca da internet.

Se pensarmos sobre isso, percebemos que a internet provoca revoluções diárias de comportamento. Fala-se em “inclusão digital”, eu falo na “era da colaboração”, onde redes de relacionamento se proliferam, mais e mais pessoas estão se conectando pelos mais diversos interesses.

O que propicia essa interação é o “faça você mesmo”, onde você é atuante o suficiente para contribuir com uma enciclopédia mundial (Wikipédia), criar um blog com a sua cara e relatar suas experiências, sem conhecer o código-fonte usado para construí-lo, ou seja, você apenas se preocupa com o conteúdo.

Com isso, o que as pessoas levariam anos para conhecer, elas conhecem em minutos ou até mesmo segundos.

Eu tive o prazer de ajudar a criar uma Base de Conhecimento para uma empresa pelo conceito “wiki”, que nasceu do primeiro wiki, chamado “WikiWikiWeb”, uma alusão ao WWW de Web Wide World (presente na maioria dos endereços da internet).

Como curiosidade “wiki wiki” em havaiano significa super-rápido. É o mesmo conceito usado em mecanismos como a Wikipédia, onde cada um contribui com informações, de forma simples e rápida, através de uma coleção de documentos em hipertextos.

Muitas empresas investem em Intranets, onde toda informação que é colocada nelas passa por um processo de publicação, muitas vezes complicado e burocrático, dessa forma, as informações não são atualizadas na velocidade em que a empresa precisa delas.

Ao passo que um mecanismo “wiki” é muito mais simples, pois é feito um link diretamente ao documento, uma vez alterado e liberado ele está visível para todos. Acrescentando-se a isso um controle de versionamento, que permite recuperar um documento em qualquer versão que ele teve, além de registrar data, hora, o que foi alterado e quem alterou o documento. Com isso, permitem-se interações entre as pessoas, que passam a dar importância às suas contribuições e se sentirem atuantes, pois seu trabalho ganha visibilidade corporativa. Além do mais, o portal “wiki” pode ser acessado pela intranet ou diretamente.

Nessa empresa, notamos uma mudança de comportamento na maioria das pessoas, pois caíram barreiras entre o conhecimento de um profissional júnior e um sênior, a capacidade de experimentar o conhecimento foi o que passou a diferenciá-los.

Claro que tal mudança provocou algumas reações, esperávamos uma reação de antipatia por parte dos profissionais seniores, para nossa surpresa eles foram os que mais contribuíram, e os mais jovens foram mais resistentes, talvez por estarem na disputa por uma auto-afirmação profissional e temerem não saber exatamente o que fazer com o conhecimento adquirido. Porém, como os mais jovens estão naturalmente predispostos às mudanças, encontramos formas de facilitar a adaptação. Eu acompanhava o ritmo em que eles absorviam o conhecimento, incentivava e demonstrava o quanto positivo era essa nova possibilidade, que foi implementada aos poucos.

Dessa experiência tirei uma lição importante: igualando a oportunidade de chegar ao conhecimento, convivendo com as diferenças entre as pessoas, notamos que somos parte de um organismo em que a contribuição de cada indivíduo faz com que todos tenham sucesso de fato.

Para os radicalistas com bandeiras para proibir, restringir e eliminar o que é diferente na internet, digo que no mundo sempre vão existir coisas boas e ruins, e é o equilíbrio entre elas que faz com que ele gire. O conselho que minha mãe me dava, quando criança, para não aceitar bala de estranhos serve em qualquer ocasião. A internet não deve restringir conteúdo, nós é que devemos escolher o que buscar nela, e ensinar nossos filhos a escolher também. Lembro que conhecer o que é ruim não é prejudicial, foi pesquisando o comportamento de vírus e bactérias que os cientistas chegaram a vacinas e erradicaram certas doenças.

Em minha opinião as empresas que querem inovação e agilidade devem disponibilizar acesso à internet aos seus colaboradores, claro cercando-se de segurança, pois assim como novas informações entram, informações sigilosas podem sair.

Assim como o crachá de acesso se popularizou nas empresas para a segurança patrimonial, a segurança de informação também deve ganhar atenção. E não deve se restringir à internet, já que celulares são dispositivos eletrônicos que cabem no bolso e guardam dados, gravam voz, fotografam e filmam, e estão chegando mais inovações tecnológicas por aí, que em pouco tempo se tornam populares e acessíveis.

Devemos pensar “fora da caixa”, olhar para fora, ver além, sair da zona de conforto, entender as mudanças, entender como usá-las a nosso favor e proteger as informações sigilosas da empresa de forma efetiva.

Nenhum executivo consegue lidar com tantas variáveis, nem estará totalmente preparado para elas, se não for buscar em seu time idéias inovadoras. Tenho certeza de que ele descobrirá que não quer um time que pense de forma homogênea. Ele vai agradecer por ter que gerenciar conflitos, por ter nesse time diferenças, pois cada um que colocar a cabeça para “fora da caixa” vai olhar em uma direção. E ele estará exercendo seu papel de líder, que nada mais é do que convergir todo esse potencial do seu time para as metas e estratégias da empresa.

Ideias Inovações Oportunidades Novidades

Pensar “fora da caixa” transcende barreiras de preconceitos e limitações pessoais, com isso surgem oportunidades, novidades, idéias e inovações, em outras palavras, todos lucram com isso.

Todo processo de negócio é sustentado basicamente por pessoas: pessoas que o fazem, pessoas que compram, pessoas que se relacionam. Portanto, será bem sucedido se mais pessoas que atuam nele pensam “fora da caixa”.

Não me entenda mal, as atividades do processo devem ser padronizadas, pois dessa maneira o conhecimento sobre ele e o ganho tecnológico são preservados. Eu disse atividades devem ser padronizadas e não pessoas. A melhoria contínua, que é o grau de maturidade mais alto que um processo atinge, somente é alcançada quando as pessoas, que atuam no processo, ganham uma visão diferente do que acontece ao seu redor e entendem como suas atividades interagem com o macro-processo organizacional.

Por muito tempo as pessoas foram vistas como um recurso do processo, agora se percebe que qualquer ação no processo, mesmo que ele seja automatizado, começa e termina com pessoas, que detêm a chave para o seu sucesso.

O ditado popular há muito tempo diz que “em terra de cego quem tem um olho é rei”.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Pontos de Atenção

Dê a seus colaboradores uma meta e autonomia e eles vão longe.

au.to.no.mi.a sf. 1. Faculdade de se governar por si mesmo. 2. Direito ou faculdade que tem uma nação de se reger por leis próprias.[FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977.]

Estamos na Era da Colaboração, se você ainda não se deu conta, saiba que o perfil profissional nas empresas de todo o mundo mudou.

Por exemplo, antes falar o Inglês era um diferencial, hoje é essencial, pelo menos para os profissionais que não querem ficar estagnados em suas carreiras. Goste dele ou não, o Inglês é o idioma mais usado nas transações comerciais e de negócio pelo mundo.

Sabia que muitos restaurantes em São Paulo, exigem o idioma para seus garçons?

E digo mais, o profissional que ficar de braços cruzados, cedo ou tarde vai ser colocado no mercado, já que, inevitavelmente, a empresa onde ele trabalha vai crescer ou desaparecer, em ambos os casos ele será descartado.
Por menor que uma empresa seja, ela conta com vários recursos que permitem competir com empresas do mundo todo, e não investir conscientemente em tecnologia e no aperfeiçoamento de seus colaboradores implicará na perda de oportunidades importantes.

Digo investir conscientemente, pois as empresas investem, porém muitas delas fazem isso da mesma maneira como eu compro um item novo de maquiagem: sem qualquer critério e muitas vezes por puro consumismo ou falta de planejamento. Assim como eu acabo com um batom que jamais vou usar ou uma mesma cor de sombra, elas acabam com um software ou sistema que não as atendem.

A diferença é que o meu prejuízo é menor e, de certa forma, um hobby.

Muitas empresas não sabem disso, mas estão literalmente jogando dinheiro fora. Não é porque todos os seus concorrentes estão implantando o pacote “X”, que ele é a melhor solução para ela. Hoje os dados são um ativo da empresa, e migrações de dados são processos de risco, portanto troca de sistemas , que implicam em migração de dados, devem ser realizadas com critério e planejamento.

Qualquer falha na migração pode acarretar a insatisfação de clientes e perda de contratos. Assim como seus documentos são importantes para você os dados são importantes para a empresa, e precisam ser protegidos e tratados, se um dado importante não pode ser perdido, também não pode ser obsoleto ou receber acesso indevido.

Atualize seu conhecimento, aprenda coisas novas, e seja um colaborador!