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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Equipes produtivas conversam

As melhores equipes com que trabalhei apresentavam sinergia, conquistada puramente pelo diálogo.

Uma das equipes que liderei sofria uma pressão por resultados, interna e externa, muito elevada, e eu abria um espaço de 30 minutos na nossa agenda, no final do dia, para conversarmos sobre nossos desafios. O grau de descontração era tão grande que outras pessoas de outras áreas passaram a aderir ao nosso momento de descontração.

Acho que muita gente já passou por isso, tenta contar como foi sua rotina de trabalho em casa, e ela parece tão desinteressante ou enfadonha para quem está ouvindo que você fica frustrado, sentindo que seu trabalho é o mais chato do mundo, quando muitas vezes não é. Entretanto, algo fica entalado na garganta.

Era exatamente por isso que esses momentos de descontração eram tão bem-vindos e pessoas de outras áreas vinham participar deles.

Muitos líderes não vêem essa técnica com bons olhos, preferem equipes mudas que não se comunicam. Por falar nisso, eu tenho uma novidade para o líder que pensa assim, se notar que sua equipe não se comunica, saiba que está praticamente sentado em um barril de pólvora, e você mesmo é quem acende o pavio.

Seus colaboradores precisam conversar.
A comunicação da sua equipe faz com que ela tenha sinergia, renove suas forças para o trabalho que precisa ser realizado. Falar sobre assuntos diversos e assuntos do trabalho, deflagra a criatividade, mas como tudo na vida existe uma linha tênue entre a comunicação positiva e a negativa.

Use sempre o bom senso para notar e incentivar a comunicação positiva.

É a comunicação positiva que ajudará sua equipe a se entrosar de maneira profunda, de modo a construir algo em grupo, em vez de competir por brilho individual. «

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Seleção de candidatos

Quem define a política de Recursos Humanos (RH) de sua empresa?
A resposta imediata a essa pergunta é a direção da empresa, mas na prática ela pensa que define, caso não mantenha controles sobre o RH.

Acredite-me, pouquíssimas empresas possuem indicadores precisos de seu RH. Poucas empresas sentem a necessidade de tê-los. O que infelizmente é um erro que representa perdas sensíveis de talentos nas empresas, as quais nem sempre são percebidas pela falta de números.

Nos Estados Unidos, um engenheiro elétrico após ter sido piloto de combate no Corpo de Aviação do Exército na Segunda Guerra Mundial, buscou uma vaga anunciada no jornal, em uma empresa aeroespacial, ele foi ao Departamento Pessoal da empresa, preencheu uma longa ficha e no item religião, preencheu que era judeu.

O gerente de Pessoal disse ao homem que era política da empresa não contratarem judeus, na época não existiam leis contra a discriminação. Ao sair do escritório, o candidato esbarrou com um dos executivos da empresa, eles se reconheceram, foram colegas de faculdade de engenharia.

Na conversa o executivo, que era o vice-presidente da empresa descobriu que apesar do excelente profissional que era seu colega, à sua revelia o gerente de Pessoal mantinha suas próprias políticas de contratação bem diferentes das que a empresa pretendia. Antes desse candidato muitos outros judeus tinham sido rejeitados pela empresa.

Portanto, a menos que se definam claramente suas políticas de RH e mantenha controle sobre elas, saiba que excelentes profissionais bateram à sua porta e foram rejeitados por critérios infundados do RH de sua empresa.

Algumas análises nos indicadores podem demonstrar isso, como o baixo nível de permanência dos novos contratados.

Uma empresa aplicava testes lógicos em suas seleções de candidatos, escolhendo apenas aqueles com os resultados mais elevados para uma determinada ocupação. Entretanto, notou-se que os recém-contratados não permaneciam muito tempo na empresa, ao determinarem os motivos passaram a contratar os candidatos que atingiam os níveis médios dos testes. Como resultado notou-se que tanto a produtividade quanto a permanência dos profissionais aumentaram.

Se você ainda tem dúvidas se deve ou não monitorar o desempenho do seu RH, saiba que a alma da sua empresa está nas pessoas que trabalham nela. Por mais tecnologias que sua empresa utilize, ainda são as pessoas que fazem a diferença.

O RH seleciona seus colaboradores, mas quem seleciona seu RH?
O RH não é o vilão na estória, por mais que ele tenha critérios na seleção de candidatos equivocados, ainda é o gestor quem contrata, o RH parece ser o vilão somente porque não tem números que comprovem sua eficiência, portanto os indicadores no RH são importantes em vários aspectos. «

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A importância de visões diferentes para inovar

É natural do ser humano tratar todas as situações de forma simples, comparando-as como se fossem iguais, sem se preocupar com as diferenças, mas isso não quer dizer que é a melhor forma de tratá-las. Não é porque a grama do vizinho parece mais verde, que a grama dele é melhor do que a sua. Nem sempre ao utilizar o mesmo adubo a sua grama ficará mais verde e saudável.

Certamente sua empresa vai preferir investir em projetos que produzem maior retorno financeiro àqueles de potencial limitado, mas sem fazer uma análise dos vários cenários possíveis, ela pode estar descartando o projeto que poderia mudar o rumo do seu ramo de negócio, colocando-a muito a frente dos seus concorrentes.

Sua empresa também vai preferir projetos de menor risco, entretanto as empresas que saltaram para o sucesso calcularam alguns riscos nesse processo. Alguns projetos apresentam grandes riscos, mas também um potencial que faz valer a pena arriscar-se, mesmo porque alguns insucessos trazem a reboque um grande aprendizado, que pode representar inclusive a sobrevivência futura da empresa.

A sua empresa certamente vai preferir tomar decisões baseadas em estatísticas e indicadores, mas nem sempre ela tem todos os números ou medições tão apurados para que a melhor decisão seja tomada. Há sempre um ponto da estória que os números não contam, por esse motivo eu não vejo com bons olhos acreditar que softwares de gestão resolvem por si só os problemas e questões de gestão, ajudam como apoio, mas a decisão ainda depende do sentimento do gestor e da sua sincronia com seu mercado consumidor.

É sempre o homem que aperta o botão da máquina!
A sua empresa também vai preferir seguir a tendência de inovação dos concorrentes, porque investir na própria inovação significa assumir diferentes tipos de risco, confiar em tecnologias diferentes, aventurar-se pelo desconhecido e desafiador terreno da inovação ainda assusta a maioria das empresas.

Se perguntado aos executivos das empresas, se suas empresas querem crescer, inovar e prosperar, todos responderão com um efusivo “sim”, mas na hora de se comprometer com os projetos que levarão suas empresas a concretizarem o que tanto alardeiam em suas missões eles vão preferir o caminho seguro da “não-ação”, imitando a concorrência. O que nos faz voltar ao ponto inicial, onde a grama do vizinho parece ser mais verde. «

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Somos assombrados por uma economia-zumbi

Algumas reflexões se fazem necessária, é óbvio que Michael Jackson foi roubado, muito mal assessorado, e seu trabalho nem sempre valorizado da forma como deveria. Lendo artigos da Harvard Business Publishing, eu me deparei com o artigo de Umair Haque, publicado em 29/06/2009, sob o título de “Michael Jackson and the Zombieconomy” (Michael Jackson e a Economia-zumbi), esse artigo analisa os aspectos da indústria da música.


" …Vendas de suas gravações através da unidade de música da Sony gerou mais de 300 milhões de dólares em direitos para o Sr. Jackson desde os anos de 1980."

Quer saber por que nós temos uma economia-zumbi? Porque os contadores de feijões mataram os incentivos para criar valor real.

Vamos usar a morte trágica de MJ como um mini estudo de caso. Mais de 300 milhões de dólares, por exemplo, 25 anos? Isto é 12 milhões de dólares ao ano.

Estou deliberadamente deixando fora os anúncios, endossos, concertos, etc., para nos concentrarmos sobre os problemas estruturais em uma indústria: a música.

Se a maior estrela pop do mundo só fez 12 milhões de dólares ao ano de suas gravações, por que alguém faria música séria? Para onde o resto do dinheiro foi? Porque, direto para os bolsos dos selos das gravadoras? Eles fizeram melhor música com ele? Não – eles fizeram Britney e Lady GaGa. E assim é como eles matam a si mesmos: pelo sub investimento em qualidade, para ganhar muito dinheiro.

Espere um segundo - isso soa familiar. Você pode adicionar nos endossos etc. do passado, agora - eles somente dobram a importância: para aproximadamente 25 milhões de dólares.

Se a maior estrela pop do mundo fez só 25 milhões de dólares ao ano no total, algo está muito, muito errado. Onde está o resto do dinheiro? Por que não pode um recurso tão escasso quanto o Rei do Pop capturar mais valor?

Apesar de tudo, ele não é mesmo mega-rico.

Os “gerentes” top de fundos de cobertura do mundo regularmente ganham centenas de milhões. Essa é uma ordem de magnitude diferente.

Não é de admirar que todo mundo queira ser um banqueiro, investidor, ou [insira contador de feijões aqui]. Não há dinheiro que sobre em algo assim.

Esse é um grande problema por trás da economia-zumbi. Nós não recompensamos as pessoas por criação, crescimento, cultivo, ou mesmo modificação de ativos. Nós só recompensamos por alocar os mesmos velhos ativos.

Isso não é uma economia: isso é só um jogo de executivos da música.

Por isso, nenhuma nova finança, assistência médica, educacional, automobilística, ou, sim, música, indústria - por décadas.

"...Darkness falls across the land
The midnight hour is close at hand
Creatures crawl in search of blood
To terrorize y'alls neighborhood."
[Trecho da música Thriller de Michael Jackson]

Certamente. Cada vez que você olha para o panorama da economia atual - você deve ver o vídeo Thriller na sua cabeça. Porque o que construímos é uma economia-zumbi, onde uma pequena rede de valor é criada.

E a morte de MJ pelo desespero financeiro deve ser um estudo de caso naquela economia-zumbi se sempre houve uma. Sim, ele gastou o dinheiro em coisas absurdamente ridículas. Mas se os gerentes top de fundo de cobertura podem fazê-lo - porque o cantor mais famoso do mundo não poderia?

Você sabe apreciar música e mal sabe que poderia ter acesso a música de qualidade sempre.
Da minha parte, posso dizer que MJ teve altos e baixos, mas no trabalho ele deixava as excentricidades de lado e dava aos fãs a fantasia que ele procurava para preencher sua vida pessoal. Não era um homem de finanças, era um trabalhador, inovador, criativo e prezava a qualidade do seu trabalho, sempre ouço dizer que ele queria os melhores profissionais trabalhando com ele, em seus discos, shows, e videoclipes.

Eu o julgo pelo seu trabalho, não pelo que vivia em sua vida pessoal, pois ele sempre tentou preservar sua intimidade, ele poderia usar suas excentricidades como marketing, muitos artistas fizeram isso, mas não o fez, ele queria ser lembrado pelo seu trabalho, e é dessa forma que deveríamos lembrá-lo.

Ele morre no mesmo momento em que somos convidados a repensar nosso modelo econômico, ele que foi uma vítima desse modelo, onde a criatividade e a inovação ficavam em segundo plano, à sua maneira ele tentou fazer o seu melhor, e se ele conseguiu algo extraordinário, mesmo sendo tão frágil, acho que não temos muitas desculpas para não ir adiante. «

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Abre-se um novo parágrafo para a economia global

Você já parou para pensar no que a crise econômica realmente representa? Ou que uma criança de 11 anos esteja mais bem preparada do que você para o que vem a seguir?

Transcrevo uma tradução de um manifesto de Don Tapscott, que trabalha com o aspecto colaborativo da internet, sobretudo dos wikis, que ele classifica como wikinomia.

O manifesto intitula-se “Re-industrializar o planeta”.

“Se alguém pensa que sairemos dessa recessão e voltaremos ao negócio como era antes, está profundamente enganado.

Temos um novo meio de comunicação humana, a internet tornou-se a web 2.0. Ela não é mais apenas uma plataforma de apresentação de conteúdo, ela é uma plataforma computacional global e isso cria uma infra-estrutura global para colaboração. Nós começamos a ver mudanças profundas em toda a instituição na sociedade, ela começa a mudar a estrutura profunda na arquitetura do governo, de nossas instituições de ensino, discutivelmente todas as nossas instituições têm alcançado o fim de seu ciclo de vida.

E a recessão atual não é apenas uma crise econômica, ela é um ponto final na história da humanidade e nós olharemos para trás, décadas a partir de agora, para ver que isso era o ponto onde nós dissemos que precisávamos restaurar essa economia industrial, que finalmente abandonou a gasolina.

Nós estamos nos movendo para um novo paradigma inteiro e quando chegamos a algo como a um paradigma de mudança, chegamos também a uma crise de liderança, porque essas coisas causam deslocação e confusão.

Existe uma nova geração emergindo e eles são aqueles que estão herdando esse grande desafio de crescimento digital, sendo banhados em bits, dando forma aos nativos digitais. E os nativos digitais pensam de forma diferente.

Isso cria uma situação onde as crianças são uma autoridade em algo realmente importante. A criança de onze anos na mesa do café da manhã é uma autoridade na revolução digital que está mudando negócios, comércios, governos, aprendizado, todas as instituições na sociedade, então esse é um momento de profunda mudança.

Ruptura de valores: as crianças são autoridades na revolução digital.

Temos 40 anos para re-industrializar o planeta. Todas as empresas, todas as organizações precisam fazer isso. Nós precisamos encontrar oportunidades para inovar e transformar nossos modelos de negócio para relevância e sucesso.” «

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Velhas táticas não vencem novos desafios

Para vencer a crise as empresas lançaram mão de táticas já utilizadas no passado, deram férias coletivas, demitiram e teve uma que teve uma atitude bem curiosa, pediu que seus funcionários abrissem mão de um mês de salário. Por mais que as pessoas esperem manter seus empregos, não dá para ficarem sem salário, as pessoas precisam dele para sobreviver.

Mas houve soluções criativas, uma delas foi uma empresa que em plena crise, não demitiu, cancelou por um período as férias, e realocou seu pessoal administrativo para a área comercial da empresa. A empresa que estava ameaçada pela crise, conseguiu ter crescimento em todas as suas unidades.

Em suma, com uma atitude positiva, essa empresa despertou entusiasmo entre seus colaboradores, e eles contribuíram. Provocaram uma senhora virada de mesa!

Na verdade, essa empresa não ficou culpando a crise, o governo, seus colaboradores pelo momento ruim, ela reuniu forças e foi atrás dos seus objetivos.

Toda empresa escreve na sua missão e visão que quer crescer, reter talentos, propiciar ambiente de crescimento, mas na crise jogam essas palavras no lixo. A missão e visão da empresa não são palavras colocadas em belas placas nas paredes da empresa, elas são as crenças dela. Em geral, são colocadas em todos os lugares para ser lembradas por todos, e não como objetivo decorativo. A empresa que no primeiro sinal de crise, esquece tudo isso, estará dizendo claramente a todos os seus colaboradores e sociedade que estava mentindo.

Não é fácil resgatar essa confiança novamente, mas poucas empresas se dão conta disso.

Quem sobrou na sua empresa, acredita nela?
Existem sim soluções, e é possível manter a missão e visão da empresa, apesar das adversidades. Claro que a empresa deve estar sempre um passo a frente dos problemas ou percebê-los assim que ocorrem, e isso fica mais fácil de ser detectado quando elas estão atentas ao objetivo geral da empresa, ou seja, ele não é decorativo, mas uma preocupação real da empresa. «

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A preferência é do cliente

Todos nós temos gostos pessoais, que nem sempre são compartilhados com outras pessoas.

Portanto, um DJ, por exemplo, jamais vai obter sucesso tocando somente as músicas do seu gosto pessoal. Para animar uma festa ele precisa captar o gosto do seu público e dar a eles o tipo de música que eles gostam.

É por esse motivo que as rádios abrem canais de comunicação (telefone, e-mail) para que o seu público possa pedir suas músicas.

Na verdade, o público é o cliente, sem ele o DJ ou a rádio não terão uma remuneração adequada para ampliar seus negócios. Com certeza, eles terão uma parte muito pequena do público, mas é provável que não seja suficiente para o crescimento e, em alguns casos, sua permanência no negócio.

As empresas que crescem e conseguem agradar seus clientes, têm algo em comum: elas sabem ouvir seus clientes.

Cliente satisfeito, sempre volta!
Não é tão comum quanto possa parecer o cliente dar suas sugestões, mas quando ocorre é importante ouvi-lo e, na medida do possível, oferecer-lhe o que foi pedido.

Precisamos ter sempre em mente, que não existe ninguém melhor do que o próprio cliente para dizer o que ele gosta. «

terça-feira, 9 de junho de 2009

Qualidade leva à competitividade

Toda empresa que produz um produto ou serviço tem como objetivo oferecer aos seus clientes maior qualidade, menor custo e entrega mais rápida.

Como uma empresa consegue isso?

Como processos de maior qualidade, menor custo e que proporcionem entrega rápida.

Esses processos devem ser baseados em “fazer certo na primeira vez”, qualquer retrabalho representa maior custo e menor rapidez, e em alguns casos, pode comprometer a qualidade.

A busca das empresas por maior qualidade, maior produtividade e menor custo, tem um objetivo certo: a competitividade.

O investimento feito pelas empresas em certificações e práticas de qualidade visa garantir que seus produtos ou serviços sejam feitos da forma correta na primeira vez, e satisfaçam seus clientes.

Em outras palavras, esse investimento implica que a empresa tem interesse em fazer certo da primeira vez sempre, cumprir aquilo que foi combinado com o cliente ou atingir suas expectativas, e sempre entregar produtos ou serviços adequados para o uso.

Fazer certo a primeira vez traz como benefício o aumento da produtividade, pois um mesmo produto ou serviço não é refeito, e a garantia de qualidade incentiva maior atenção aos processos garantindo que eles funcionem sem entraves e sem gargalos.

As empresas que se preocupam com a qualidade de vida dos seus funcionários, não o fazem somente para cumprir uma função social, mas porque descobriram que seus processos estão na mão dessas pessoas. E que pessoas felizes produzem mais, interessam-se pelo que fazem, além de ganhar entusiasmo, auto-estima e confiança em sua capacidade.

São seus momentos de prazer que o fazem um grande profissional.
Local limpo, iluminado, confortável, além da segurança de saber que conta com benefícios estendidos à sua família; fazem com que esses profissionais que experimentam a qualidade na sua vida pessoal, transpirem qualidade no seu trabalho.

Aliás, o trabalho desses profissionais está claramente definido e lhes dá a oportunidade de apontar e até mesmo implementar melhorias continuamente. «

terça-feira, 26 de maio de 2009

Você não merece um chefe tirano

Não confunda assédio moral com um momento de estresse. Quando estressado o seu chefe não terá a intenção maldosa que o assédio moral pressupõe. Pois nele existe a vontade de destruir o colega, atingindo-o em seus pontos fracos por meio de pequenas agressões repetidas ao longo do tempo. Sempre muito sutis e veladas elas provocam na vítima uma confusão que a leva a se julgar incapaz e por isso perde a autoconfiança.

O que leva um chefe a assediar moralmente um subordinado? Como estamos tratando da natureza humana, em geral é por ciúmes e rivalidade, para esconder a própria incompetência. Em alguns casos, ele também está sendo assediado pelo seu superior e está descontando da mesma forma no seu subordinado.

O que percebemos é que o assédio moral é mais comum em empresas com problemas de gestão, elas atiçam a produtividade por meio de competição interna, usando seus profissionais como objetos, pressionando-os constantemente a serem mais produtivos e descartando-os em qualquer oscilação econômica.

Quando a alta direção de uma empresa tem esse comportamento cínico, passa uma mensagem implícita de autorização para esse tipo de ação pelos chefes.

Não estou dizendo que os profissionais não devam ser produtivos, e sim que as empresas devem ter uma abordagem clara e objetiva a respeito de seus funcionários, coibindo abusos de tal natureza, apesar de serem criminosos eles ainda corroem a vitalidade da empresa. Não é lucrativo para ela.

A sociedade ainda não abriu completamente os olhos para esse problema, muitas pessoas assediadas moralmente trocam de emprego, ou por iniciativa própria ou por demissão, mas poucas se dão conta de que houve danos psicológicos que podem afetá-las por muito tempo. Sem o devido acompanhamento médico, toda a carga emocional negativa estará de volta na primeira situação de estresse.

Sintomas de Assédio Moral
Imagem baseada nos dados de Assédio Moral no Trabalho.
A psicanalista francesa Marie-France Hirigoyen narrou que uma mulher se jogou da janela de onde trabalhava e o fato foi considerado apenas como um acidente de trabalho. Ela vinha sendo assediada moralmente por um chefe, denunciou à direção, mostrou atestados que comprovava os prejuízos a sua saúde e nada foi feito. Em um dia que ela foi muito humilhada, atirou-se da janela. Não morreu, mas ficou paralítica.

Assédio moral é algo muito grave e atualmente atinge os jovens, devido ao modelo excessivamente competitivo de nossas escolas. Acho que você já deve ter visto nos noticiários casos em que um adolescente se arma, vai para a escola e se vinga de todos os seus colegas.

Enfim, o assediado deve parar de se corroer, ele deve procurar ajuda e voltar à vida normal. Mas melhor do que tratar é prevenir. E só podemos nos prevenir reconhecendo quando ocorre um assédio moral.  «

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A maternidade nas empresas

Você acredita mesmo que trabalhar além das 8 horas diárias faz de você um profissional melhor?

Por mais que você goste das horas que passa do trabalho, não é a quantidade de horas que passa lá que são importantes, mas a qualidade.

Outro dia me choquei com a atitude de uma empresa relatada por uma amiga que está terminando a licença maternidade, ela me disse o seguinte:
“Krika, sempre fiz tudo o que a empresa me pedia, trabalhava aos domingos, ficava até mais tarde, era responsável por vários projetos. Agora está acabando minha licença maternidade e é comum os pediatras darem mais 15 dias de licença para amamentação. As empresas já estão acostumadas com isso! Então, falei com meu chefe sobre isso, ele ficou louco, disse que não podia aceitar, porque eu preciso começar um projeto que já está atrasado. Sinto-me injustiçada, pois sempre fiz o que pediram, agora que eu preciso de um suporte eles me negam.”
Como eu já disse em outros posts, a atitude dos líderes reflete para os liderados as atitudes da empresa, eles enxergam que a empresa é conivente com essas atitudes.

Logo se vê que ao líder faltou jogo de cintura para negociar, ela é um profissional que sempre contribuiu, eles atuam com serviços de TI, muitas empresas de TI podem trabalhar em esquema Mobile, ou seja, o profissional pode fazer por meio de uma conexão com a empresa alguns trabalhos de casa. O problema dela é apenas conciliar a amamentação com o trabalho, seus talentos profissionais continuam intactos.

Para isso o líder tem várias alternativas, desde montar um esquema provisório para que ela trabalhe remotamente, até uma redução de horas de trabalho, por um período pré-determinado.

É sabido que a forma de trabalho da mulher após a maternidade muda, e de forma positiva, ela fica mais ativa, mais determinada, menos prolixa, mais assertiva, mais focada em resultados imediatos, como ela quer ter tempo para o bebê, ela vai querer cumprir a hora de trabalho contratada (8 horas diárias), e será mais produtiva dentro desse período.


Empresas que pretendem ter essas mães mais voltadas para o lado profissional precisam dar amparos pessoais, por isso algumas criam creches dentro da empresa, onde a mãe pode visitar em determinados horários e amamentar o bebê, elas se sentem mais confortáveis e seguras, uma vez que a empresa cuida do seu bem mais precioso. 

Não há como ter um profissional mais dedicado do que esse! «

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Empresas que aprendem

As empresas estão preocupadas em absorverem as melhores práticas (CMMI, ITIL, CobiT, SOX, Família ISO, PMI, etc.), mas não em aprendê-las de fato. Para dizer a verdade, se não fosse moda, muitas delas nem dariam crédito a essas práticas.

Empresas que aprendem, não copiam as melhores práticas das outras, quem disse que o concorrente escolheu a melhor prática ou a usa de forma correta?

Em tempos de crise, sobrevivem as empresas que inovam e encontram maneiras alternativas para seguir em frente. Como a maioria das empresas são cópias umas às outras, muitas delas naufragam juntas, pois cometem os mesmos erros.

Peter M. Senge escreveu em 1990 um livro chamado “A Quinta Disciplina”, onde ele defende que as empresas que aprendem deveriam ter 5 disciplinas:
  1. Domínio Pessoal;
  2. Modelos Mentais;
  3. Visão Partilhada;
  4. Aprendizagem em Grupo;
  5. Pensamento Sistêmico.

Domínio Pessoal é a base da empresa que aprende, onde as pessoas experimentariam atitudes criativas e não reativas.
Exercício: Esclareça o que é importante para você e porque está nesse caminho.
No último dia de aula da minha graduação (1994), o professor de psicologia preferiu se despedir com uma citação do livro “A Erva do Diabo” de Carlos Castañeda, que se encaixa perfeitamente nessa disciplina:
“Qualquer caminho é só um caminho e não é ofensa nem a nós mesmos, nem aos demais em deixá-lo, se é isso que o se coração lhe diz. Tente-o, quantas vezes quanto julgar necessário. Então, formule a si mesmo, somente a si mesmo uma pergunta...
Esse caminho tem um coração?
Se o tem, o caminho é bom, se não o tem, não deve ser trilhado.”
Pensar “fora da caixa”, um conceito apresentado em um post anterior complementa essa disciplina.
Lembre-se que uma empresa é formada por pessoas, cada pessoa é capaz de realizar a interação da razão com a intuição, sentir-se ligada ao mundo, preocupando-se inclusive com questões ambientais, ter compaixão e compromisso com o todo.
Modelos Mentais são as “crenças”, idéias, profundamente, arraigadas ou até mesmo imagens que nos ajudam a encarar o mundo e que formam nossas atitudes.
Em geral, cada pessoa que se junta a sua empresa, tem uma trajetória profissional, formada pelas educações acadêmica, familiar e social. Por mais que o nível educacional das pessoas que formam uma empresa seja parecido, eles trazem a experiência pessoal e suas crenças junto. Por muito tempo pediu-se aos profissionais que deixassem suas vidas em casa, mas hoje compreendemos que é impossível proibir que as pessoas se apaixonem, sintam antipatia, não comentem suas vidas pessoais no trabalho. Claro que jamais devemos nos esquecer das noções básicas de etiqueta. Mas aquele profissional só é bom no que faz porque ele tem uma vida, ele tem por quem cantar, dançar, rir e até chorar. Se tirarmos isso dele o que fica?

Por isso, um bom líder contribui com o modelo mental dos outros. É aquela pessoa que nos alimenta com seus conselhos, observações, críticas, sugestões, enfim nos enriquece com seu próprio modelo mental, sem mudar o nosso.
Visão partilhada são objetivo, valor e missão compartilhados com todos os colaboradores da empresa.
Todos sabem responder à pergunta: O que queremos criar?
Todos se sentem co-responsáveis e comprometidos.

Em relação a um objetivo uma pessoa pode ter uma das seguintes atitudes:
  • Comprometimento – fará com que aconteça, criará o que não existir.
  • Participação – fará o que for necessário, dentro do que existe.
  • Obediência genuína – enxergará benefícios, fará o esperado e seguirá o objetivo.
  • Obediência formal – pode enxergar os benefícios, fará o que é esperado e nada mais.
  • Obediência relutante – não enxergará os benefícios, mas não quer perder o emprego, fará porque é obrigada.
  • Desobediência – não enxergará os benefícios e não fará o esperado.
  • Apatia – nem contra nem a favor, não se interessará.
Podemos observar que obediência é muito diferente de comprometimento, e mesmo a obediência genuína não acrescenta muito ao aprendizado da empresa. Ter um objetivo sem o comprometimento de todos pode não ser tão compensador. Pessoas comprometidas têm entusiasmo, se empolgam, e se houver procedimentos burocráticos dentro da empresa que não favoreçam o seu objetivo, elas vão modificá-los, ao passo que quem somente cumpre ordens não vai fazer nada para mudá-los.

Aprendizagem em grupo ocorre por meio de diálogo e discussão, o que geram conflitos. Mesmo que você tenha ao seu comando uma equipe de gênios, não significa que alcançará sucesso. O diálogo precisa ser incentivado.

A figura do líder é importante para ajudar o grupo a analisar com discernimento as questões complexas, cada individuo deve ter consciência de que suas ações complementam as do grupo, não existe o sucesso individual, mas o do grupo, nesse ponto as empresas pecam quando incentivam as disputas, premiando indivíduos que se destacam e não o grupo. Os animais que vivem em bando, caso não estejam fugindo, não abandonam os mais frágeis, eles os ensinam a se protegerem.


Pensamento sistêmico é ver a empresa como pessoas interligadas, é a integração das demais disciplinas. Onde as pessoas são importantes dentro de seu domínio pessoal, têm suas crenças através de modelos mentais, têm uma visão partilhada, ou seja, um objetivo comum, e, a aprendizagem é realiza em grupo. Assim, temos uma empresa que aprende, formada basicamente por pessoas que pensam “fora da caixa”.