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domingo, 24 de maio de 2015

Desabafo de Cidadã

Os professores estão em greve há 2 meses, e pouca gente está preocupada com isso. Eu não estudo na rede pública de ensino, nem tenho filhos na escola, mas essa greve me preocupa por vários fatores. Ela não está sendo muito noticiada pela imprensa, as reivindicações dos professores apesar de legítimas estão sendo ignoradas. Eles denunciam problemas de segurança, infraestrutura, salas de aula com mais de 40 alunos (em um curso de alfabetização de jovens e adultos foram matriculados para uma mesma sala 102 alunos), além da falta de condições para o aprimoramento profissional do professor. Isso sem falar da questão salarial.

Tudo isso é muito grave, senão agora, em um futuro próximo (5 anos aproximadamente) vai afetar drasticamente a sociedade. Essa perda até agora de 2 meses no ensino que já está capenga, não será recuperada em aulas de reforço ou extensão do ano escolar. Quando eu estava na escola, e havia greves longas, os professores eram obrigados a cortar matérias mesmo com extensão do ano escolar, porque tanto os alunos como os professores perderam o fio da meada, é preciso fazer revisão das matérias para retomar o ritmo.

Quando esses alunos entrarem no mercado de trabalho, sem saber escrever direito ou calcular, toda a sociedade será de alguma maneira lesada. Outra coisa é o descaso com que “A Pátria Educadora” está tratando seus filhos. Não estou colocando mais essa na conta da presidenta, o problema está nos estados, ou no sistema como um todo do país que divide responsabilidades, e dá subterfúgios para negar as crises que o país passa.

Sim, temos mais do que uma crise. Crise de energia, crise hídrica, crise educacional, crise de governança pública... e assim vai. Negar essas crises e agir como se nada estivesse acontecendo, não resolve nada. Criticar também não. O que podemos fazer como sociedade é manifestar nossa desaprovação e anotar no caderninho quem está deixando de fazer o quê. O tempo entre as eleições é de 4 anos, no decorrer dele muita coisa fica esquecida, é uma atitude cidadã anotar e fiscalizar aqueles em que votou para ver se estão fazendo o que prometeram. Mesmo que o seu candidato escolhido não tenha ganhado as eleições, seu trabalho não termina, quem quer que seja que foi eleito deve trabalhar pela sociedade e você faz parte dela, portanto tem todo o direito de exigir seus direitos.

Prometeram-nos uma Pátria Educadora, de todas as crises pelo menos a educacional deveria ser melhor tratada, mesmo que o governo federal não consiga agir diretamente nos estados, acho que cabia à presidente chamar todos os governadores para conversar e cobrar eficiência, imagino que há um repasse de verbas aos estados para a educação, cobrá-los do que está sendo feito e os resultados esperados, é perfeitamente válido.

Não tolero discursos de partidos apontando o dedo um para o outro, quem quer fazer algo faz, dizer “eu te disse” além de irritante é contraproducente.

O que eu como cidadã espero? Que a base governante trabalhe para o país crescer e que a base de oposição fiscalize, apoiando e rejeitando leis de acordo com o interesse POPULAR. Medir forças com o governo e depois dizer “eu avisei” é canalhice. Veja bem, não estou sendo partidária, apenas quero que o interesse geral da nação seja preservado.

A classe política precisa entender que professor, bem como todos os outros trabalhadores, merecem respeito. Se a reivindicações dos professores é abusiva, deixe isso claro, se há problema de orçamento, faça uma proposta a longo prazo de melhorias, e sempre CUMPRA o prometido. Se não acordo de longo prazo, pois as necessidades da categoria vêm se acumulando durante anos, engole o orgulho e pede ajuda à tal Pátria Educadora, pois o governador zela pelos interesses do estado, e não pessoal ou partidário.

Candidato que faz campanha dizendo que governa melhor com candidatos do mesmo partido, perde o meu voto imediatamente, pois política democrática é multipartidária, e não deveriam ser os interesses de um partido que norteiam as decisões e sim da população que votou.

É por essas e outras que eu sou a favor das mudanças eleitorais em que serão eleitos os candidatos mais votados e ponto. Isso acaba com a panaceia dos partidos que botam o terror como facções criminosas, em mensalões para aprovar leis, ou loteamento dos ministérios.
Além disso, não quero votar em um candidato e ele levar para o governo outros que não passaram por minha aprovação.

E sabe o que é pior? Ouvir o presidente de um partido dizer que se o fulano X ou Y do partido dele for condenado será expulso do partido. Partido deve sim monitorar seus membros e se houver fraude comprovada, o partido deveria até indenizar a sociedade. Se isso acontecesse nenhum partido iria esperar um escândalo estourar, para depois da comprovação expulsar o membro que claramente alimentou bem o partido com suas fraudes (volta e meia tem um tesoureiro de partido envolvido). Os partidos seriam mais exigentes com quem eles aceitam, e fiscalizariam as ações de seus membros.

Se os partidos não agem como partidos, mas como facções criminosas, sou totalmente a favor de enfraquecê-los, como dizem os cientistas políticos de plantão.

Depois da ditadura os partidos tiveram anos para aprenderem a se comportar e se isso não aconteceu até agora, não é mantendo esse sistema de votação que eles vão aprender, contrariando os cientistas políticos eu sou a favor de que sejam eleitos os candidatos mais votados. No fim das contas votamos em pessoas e não em partidos.

Estamos sem professor. Desculpe-nos pelo transtorno.
Voltando aos professores, a crise educacional já se arrasta há muito tempo. Eu me lembro muito bem da minha professora de matemática me dando um conselho: “escolha qualquer profissão, menos professora”. Ela me disse isso porque eu adorava matemática e gostava de ensinar aos colegas. Ela temia que iludida com meu fascínio pela matemática eu vivesse a vida difícil de um professor.  Quantos possíveis professores morreram por conselhos como este? Quantos restarão no futuro, se continuarmos tratando nossos professores com descaso?


Sem professores não se formam os outros profissionais, portanto não é um problema apenas do governo, é um problema da sociedade como um todo. «

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Somos assombrados por uma economia-zumbi

Algumas reflexões se fazem necessária, é óbvio que Michael Jackson foi roubado, muito mal assessorado, e seu trabalho nem sempre valorizado da forma como deveria. Lendo artigos da Harvard Business Publishing, eu me deparei com o artigo de Umair Haque, publicado em 29/06/2009, sob o título de “Michael Jackson and the Zombieconomy” (Michael Jackson e a Economia-zumbi), esse artigo analisa os aspectos da indústria da música.


" …Vendas de suas gravações através da unidade de música da Sony gerou mais de 300 milhões de dólares em direitos para o Sr. Jackson desde os anos de 1980."

Quer saber por que nós temos uma economia-zumbi? Porque os contadores de feijões mataram os incentivos para criar valor real.

Vamos usar a morte trágica de MJ como um mini estudo de caso. Mais de 300 milhões de dólares, por exemplo, 25 anos? Isto é 12 milhões de dólares ao ano.

Estou deliberadamente deixando fora os anúncios, endossos, concertos, etc., para nos concentrarmos sobre os problemas estruturais em uma indústria: a música.

Se a maior estrela pop do mundo só fez 12 milhões de dólares ao ano de suas gravações, por que alguém faria música séria? Para onde o resto do dinheiro foi? Porque, direto para os bolsos dos selos das gravadoras? Eles fizeram melhor música com ele? Não – eles fizeram Britney e Lady GaGa. E assim é como eles matam a si mesmos: pelo sub investimento em qualidade, para ganhar muito dinheiro.

Espere um segundo - isso soa familiar. Você pode adicionar nos endossos etc. do passado, agora - eles somente dobram a importância: para aproximadamente 25 milhões de dólares.

Se a maior estrela pop do mundo fez só 25 milhões de dólares ao ano no total, algo está muito, muito errado. Onde está o resto do dinheiro? Por que não pode um recurso tão escasso quanto o Rei do Pop capturar mais valor?

Apesar de tudo, ele não é mesmo mega-rico.

Os “gerentes” top de fundos de cobertura do mundo regularmente ganham centenas de milhões. Essa é uma ordem de magnitude diferente.

Não é de admirar que todo mundo queira ser um banqueiro, investidor, ou [insira contador de feijões aqui]. Não há dinheiro que sobre em algo assim.

Esse é um grande problema por trás da economia-zumbi. Nós não recompensamos as pessoas por criação, crescimento, cultivo, ou mesmo modificação de ativos. Nós só recompensamos por alocar os mesmos velhos ativos.

Isso não é uma economia: isso é só um jogo de executivos da música.

Por isso, nenhuma nova finança, assistência médica, educacional, automobilística, ou, sim, música, indústria - por décadas.

"...Darkness falls across the land
The midnight hour is close at hand
Creatures crawl in search of blood
To terrorize y'alls neighborhood."
[Trecho da música Thriller de Michael Jackson]

Certamente. Cada vez que você olha para o panorama da economia atual - você deve ver o vídeo Thriller na sua cabeça. Porque o que construímos é uma economia-zumbi, onde uma pequena rede de valor é criada.

E a morte de MJ pelo desespero financeiro deve ser um estudo de caso naquela economia-zumbi se sempre houve uma. Sim, ele gastou o dinheiro em coisas absurdamente ridículas. Mas se os gerentes top de fundo de cobertura podem fazê-lo - porque o cantor mais famoso do mundo não poderia?

Você sabe apreciar música e mal sabe que poderia ter acesso a música de qualidade sempre.
Da minha parte, posso dizer que MJ teve altos e baixos, mas no trabalho ele deixava as excentricidades de lado e dava aos fãs a fantasia que ele procurava para preencher sua vida pessoal. Não era um homem de finanças, era um trabalhador, inovador, criativo e prezava a qualidade do seu trabalho, sempre ouço dizer que ele queria os melhores profissionais trabalhando com ele, em seus discos, shows, e videoclipes.

Eu o julgo pelo seu trabalho, não pelo que vivia em sua vida pessoal, pois ele sempre tentou preservar sua intimidade, ele poderia usar suas excentricidades como marketing, muitos artistas fizeram isso, mas não o fez, ele queria ser lembrado pelo seu trabalho, e é dessa forma que deveríamos lembrá-lo.

Ele morre no mesmo momento em que somos convidados a repensar nosso modelo econômico, ele que foi uma vítima desse modelo, onde a criatividade e a inovação ficavam em segundo plano, à sua maneira ele tentou fazer o seu melhor, e se ele conseguiu algo extraordinário, mesmo sendo tão frágil, acho que não temos muitas desculpas para não ir adiante. «

sábado, 6 de junho de 2009

Gerenciamento de crises

O Institute for Crisis Management (ICM) no seu relatório de 2008 revelou que “os executivos e gerentes são responsáveis por mais da metade de todas as crises (51%), na média, enquanto os empregado são creditados com 31% das causar e 18% são disparada por forças externas na média dos últimos 10 anos. De qualquer modo, os empregados despertaram mais crises no ano de 2008 do que o normal”.

É bom ressaltar que o ICM define uma crise no negócio como “qualquer problema ou rompimento que dispara reações negativas nos envolvidos que poderiam causar impacto no vigor e habilidade financeira da empresa para fazer o que ela faz”.

As categorias de crise avaliadas foram: facilidade de dano, acidentes casuais, ambiental, ações judiciais de classes, clientes ativistas, defeitos e recalls, discriminação, demissão executiva, prejuízos financeiros, tomada de posse hostil, disputas trabalhistas, má administração, assédio sexual, boatos, crime do colarinho branco e violência no local de trabalho.

Junte-se a isso, dados do ICM que apontam que somente 14% das crises são súbitas, como acidentes, desastres e acontecimentos inesperados os outros 86% são manifestações reprimidas de crises ou situações latentes.

Esta semana eu fui a uma das unidades do um hipermercado conceituado e encontrei uma atendente no caixa muito nervosa, avisando acintosamente a todos os clientes sobre os defeitos daquele hipermercado, inclusive dizendo que no concorrente era mais barato, dizia o nome do dono da rede e falava que devíamos falar com ele. Ela viu a minha sacola e disse que era muito bonita e que ela já havia pedido mais sacolas retornáveis para o seu caixa, pois um cliente queria uma e não tinha mais. Eu apontei que havia uma sacola retornável pendurada no caixa vizinho ao dela, que estava vazio. Para não ficar sem graça ela colocou a sacola pendurada no caixa dela.

Na minha frente havia 3 pessoas, e eu a ouvi fazer reclamações para eles, reclamou para mim e ouvi que reclamou para o próximo cliente também. Contabilize o prejuízo posto que devam ter passado centenas de pessoas por aquele caixa só naquele dia.

Ela sozinha estava arruinando a reputação do hipermercado, e fazendo propaganda para o concorrente.

Você pode me dizer que ela é um profissional de má fé, não posso julgá-la sem conhecê-la, mas tem grandes chances de apenas estar revoltada com alguma situação injusta da supervisora, pois era para quem ela dirigia grande parte das culpas.

De qualquer forma, a pessoa que mais interage com os clientes em um hipermercado é o caixa, portanto deviam ser melhores treinados para o trato com os clientes, e supervisor não serve apenas para solucionar problemas, mas monitorar também.

Algo semelhante pode estar acontecendo em sua empresa, a parte crítica de qualquer empresa são as pessoas. Pessoas felizes trabalham melhor, atendem melhor, vendem melhor. Se na sua empresa todo funcionário é na verdade um colaborador, e vende sua marca, não há como ter crises.

Imagine que sua empresa está em um barco, navegando em águas tranqüilas, o que poderia fazê-lo afundar, posto que seja um barco novo?

Um pequeno buraco já basta para que a água entre. E é a água de dentro que afunda o barco! 

A grande surpresa, no entanto, é que quem fez o furo foi um dos próprios membros da tripulação. Ou vários deles, assim afunda mais rápido.

Depois do naufrágio descobre-se que ele poderia ser evitado.
O que você pode fazer para evitar essas crises, que vão certamente desestruturar ou desorganizar os seus processos tão bem definidos?

Você deve gerenciar tanto os riscos como as crises. Faça planos de mitigação e contingência, pois se deve prevenir que ocorram, mas quando a crise ou risco ocorrer, as pessoas envolvidas devem saber como proceder.

Voltando ao exemplo do hipermercado, a supervisora poderia ter uma atribuição de monitoramente, caso ela já tenha muitas tarefas, ter mais do que uma supervisora ou assistentes de supervisão. Manter áreas de relaxamento, já que o caixa é o ponto de contato mais ativo com os clientes, deve ser sempre solícito e atencioso, mas alguns clientes são grosseiros por natureza, portanto o profissional que lida com eles deve também ter momentos de relaxamento para que essa interação seja agradável.

Enfim, muito pode ser feito, depende de boa vontade e visão de longo prazo.  «

quarta-feira, 4 de março de 2009

Tecnologia da Era Digital

A crise econômica mundial que vivemos pode ser atribuída a diversos fatores, eu atribuo à transição das Eras Analógica e Digital.

Observamos que ao longo dos anos nossa sociedade incorporou novas tecnologias, na vida de pessoas comuns.

Com um simples celular uma pessoa consegue em poucos minutos: falar com uma pessoa, tirar foto de algo interessante, enviá-la para outra pessoa, acessar sua conta bancária, ouvir sua canção favorita, ler uma mensagem, enviar um e-mail, acessar sua agenda de compromissos, e tudo isso em movimento e a qualquer hora. E eu estou falando dos celulares mais acessíveis ao grande público.

Se uma pessoa comum tem toda essa mobilidade, imagine qual não deve ser a mobilidade de uma empresa, que reúne um grupo de pessoas. Se ampliarmos nossa percepção nós entendemos como o mercado borbulha com tantas outras tecnologias disponíveis, que permitem uma comunicação ágil com mercados internos e externos. Por isso mesmo, é absurda a velocidade com que um erro pode se propagar.

Assim como existem as pessoas comuns que não absorveram as tecnologias mais simples, também temos as empresas e toda uma sociedade com uma vasta tecnologia em mãos que não sabe como pode utilizá-la ou não a utiliza da forma mais racional.

No Brasil, até os criminosos descobriram na tecnologia uma forma de atingir a sociedade, tornou-se público que chefes do narcotráfico controlam suas atividades de penitenciárias, enquanto a polícia não consegue ter um cadastro único de criminosos.

Houve até uma discussão na mídia se as penitenciárias adotavam ou não vídeo conferências para promover o julgamento de presos de alta periculosidade.

E estamos falando de um país que adotou a urna eletrônica desde 1996. Se eu posso confiar que o meu voto vai ser respeitado com a utilização de tal dispositivo, por que não posso confiar que o preso terá um julgamento justo por vídeo conferência?

Isso acontece pelo choque de gerações, tem toda uma geração (aquela que ainda decide e que faz acontecer) que esteve muito mais presente na Era Analógica, com muito papel, caneta e burocracia. Ela desconfia que a aplicação de uma tecnologia possa realmente facilitar o trabalho, uma vez que ela está lidando com algo desconhecido.

Temos toda uma geração, que independente das questões de analfabetismo, viu-se forçada a votar eletronicamente, usar cartões bancários, usar celulares, apertar botões ao invés de girá-los. Eles conviveram grande parte de suas vidas com tarefas que os valorizavam, e vire e mexe sentem-se ameaçados pela tecnologia.

Enquanto que as novas gerações, inclusive as crianças, têm seu próprio celular, adoram apertar botões e têm muita facilidade em usar cartões bancários (os pais que o digam!).


Estima-se que um jovem de 20 anos já enviou 25 mil e-mails, fez 10 mil ligações em seu celular, gastou 3500 horas em comunicação online e outras 5000 mil horas em games.

São essas discrepâncias, o desequilíbrio entre o que a tecnologia pode produzir e o que ela realmente produz que causam maior probabilidade de uma crise.

Há uma legião de pessoas dizendo que a crise é uma oportunidade, na verdade ela torna-se uma oportunidade, uma vez que não restam alternativas que não sejam buscar soluções.

Uma vez que a Era Digital não pode ser revertida, apesar da dificuldade em aceita-la por alguns setores da sociedade, é inegável o progresso que ela nos trouxe.

Mas como em qualquer ocasião, o bom senso cai bem, não é porque a tecnologia facilita sua vida que vai deixá-la mandar na sua vida, ninguém precisa se tornar um leitor de e-mail compulsivo, e-mails de trabalho devem ser lidos em horário de trabalho, quando for imprescindível que o leia fora do trabalho, estipule horários. Assim como e-mails pessoais não devem ser lidos no trabalho, mas se for realmente necessário, reserve horários apropriados como o começo e o fim do dia ou o horário de almoço. 

Lembre-se que a tecnologia deve facilitar sua vida.

Tenho para mim que toda a comunidade mundial conscientiza-se de que as soluções para voltarem a crescer passam por utilizar melhor a tecnologia e resgatar a máxima de que ela facilita a vida. Espero que os governos invistam na modernização de seus setores para facilitar nossa vida.

terça-feira, 3 de março de 2009

Apertem os cintos a empresa demitiu

A crise econômica tem sido a grande preocupação de executivos dos mais variados setores, e provoca uma grande perda de talentos.

Em algumas empresas a demissão se tornou necessária, entretanto os critérios escolhidos nem sempre preservam os seus talentos. As empresas investiram em treinamentos, formaram bons profissionais e estão simplesmente jogando fora seus talentos construídos ao longo de anos, no futuro devem contar com novos investimentos em treinamento para os novos profissionais. Mas o expertise perdido jamais será recuperado em sua totalidade.

Acredito que uma boa maneira de avaliar as demissões é estipular um critério que preserve os investimentos feitos pela empresa. Independente da predileção, o líder deve avaliar o quanto o profissional é importante para a empresa, e não para ele.

Eu, pessoalmente, acredito que um bom critério pode ser aquele proposto por Jack Welch, onde você cria uma matriz simples, considerando 2 fatores básicos: se o profissional vive os valores da empresa e se entrega resultados.


  • Os profissionais que acreditam nos valores da empresa e entregam resultados (quadrante 1), mantém-se, a demissão deles representa uma perda inestimável para a empresa.

  • Os profissionais que acreditam nos valores da empresa, mas não entregam resultados (quadrante 2), em uma conjectura normal poderiam receber treinamento e ser dada mais uma ou duas chances a eles, neste momento de crise, é preciso avaliar a permanência deles de forma mais criteriosa.

  • Os profissionais que não acreditam nos valores da empresa nem entregam resultados (quadrante 3), não há o que se pensar, seja em tempo de crise ou não, eles representam um prejuízo para a empresa.

  • Os profissionais que não acreditam nos valores da empresa, mas entregam resultados (quadrante 4), representam sempre uma decisão difícil para a empresa, mas a permanência deles por longo prazo causa prejuízo, pois vão destruir gradativamente a crença dos demais nos valores da empresa.

Obviamente, que essas condições deveriam ser avaliadas ao longo do desenvolvimento da empresa, com avaliações de desempenho regulares, mas se sua empresa não se preocupava em avaliar o desempenho de seus profissionais, chegou o momento em que se torna imprescindível. Principalmente, para as empresas que querem permanecer no mercado.

Se tiver que demitir, demita com critérios definidos, você pode até chegar à conclusão de que talvez seja o momento de renovar seu quadro de colaboradores, caso detecte que tem uma margem elevada de colaboradores no quadrante 3, e não disponha de recursos para treinar os colaboradores do quadrante 2.

Entretanto, se esse for o seu caso, crie estratégias melhores, pois há fortes indícios de que não está vendendo os seus valores da empresa internamente, nem dando as diretrizes certas para os resultados desejados. Pequenos ajustes na estratégia produzem grandes resultados no operacional.