Alguns consultores como o dinamarquês
Claus Møller, acreditam que em um futuro próximo
haverá menos camadas de direção e não haverá espaço para processos ou pessoas
que não ajudem a criar valor mensurável em relação à lógica da organização.
Algumas das empresas mais bem
sucedidas do mundo já entenderam a dica e deixaram de organizar seus produtos
em torno de funções, e passaram a organizá-los em torno de processos.
Processos são executados por
pessoas e mais do que nunca a questão do trabalho em equipe destaca-se como
diferencial para atingir os resultados esperados pela empresa, daí grandes
exigências são impostas aos funcionários.
Recentemente ouvi um
profissional afirmar que trabalho em equipe é apenas um conceito. Talvez ele
desconheça como foram construídas as pirâmides, os edifícios e até mesmo o
celular dele, certamente não foi com o trabalho de uma única pessoa.
Claro que trabalho em equipe
pressupõe cooperação entre as pessoas, e talvez ele se referisse a isso como
conceito.
Mas mesmo nessa questão, tenho
que discordar dele, a cooperação não é um conceito é uma realidade vivida na
prática, isto é, se a empresa, principal interessada em melhorar e assegurar a
cooperação nas equipes, estiver fazendo seu papel corretamente.
Profissionais comprometidos
com o resultado, flexíveis, prestativos, que fazem uso consciente de materiais
e recursos no seu trabalho, com competência profissional, sinceros, honestos,
que defendem suas próprias convicções, que aprendem com os erros, são os mais
procurados pelas empresas bem sucedidas.
Tais
profissionais se sentem responsáveis
pelos resultados da equipe e, por esse motivo, apresentam maior probabilidade para
agir de forma mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes,
dentro e fora da organização.
A falta de tais profissionais
em uma empresa não é detectada com pesquisa de clima. Tais pesquisas são
respondidas com muito descrédito, principalmente se os funcionários não percebem
transparência por parte da empresa, pois responsabilidades e autoridades não
são claramente delegadas.
Para evitar a falta desses profissionais, as empresas
bem sucedidas estão rompendo as hierarquias e concedendo poder aos funcionários
com perfis adequados.
São profissionais leais, engajados,
que se alegram com o sucesso da empresa, fazem críticas construtivas dentro do âmbito
da empresa, recusam-se a fazer qualquer coisa que prejudique os colegas de
equipe ou a empresa. Apesar de leais, eles dizem não às práticas com as quais
não concordam, eles são éticos.
Com a liberdade e incentivo adequados
tais profissionais são os primeiros a demonstrar iniciativas e trazerem inovações
para a empresa.
É uma questão de tempo e maturidade
nos processos, portanto por mais entusiasmada que esteja a alta direção de uma
empresa, nem toda empresa consegue lançar mão de seus vícios estruturais até
que reveja sua cadeia de comando. Se for centralizadora ou paternalista terá
grandes dificuldades de aceitar críticas honestas ou delegar autoridades.
Entretanto, nada é alcançado se não for dado o primeiro passo. «
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