segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Menos Chefes e Mais Eficiência

Alguns consultores como o dinamarquês Claus Møller, acreditam que em um futuro próximo haverá menos camadas de direção e não haverá espaço para processos ou pessoas que não ajudem a criar valor mensurável em relação à lógica da organização.

Algumas das empresas mais bem sucedidas do mundo já entenderam a dica e deixaram de organizar seus produtos em torno de funções, e passaram a organizá-los em torno de processos.

Processos são executados por pessoas e mais do que nunca a questão do trabalho em equipe destaca-se como diferencial para atingir os resultados esperados pela empresa, daí grandes exigências são impostas aos funcionários.

Recentemente ouvi um profissional afirmar que trabalho em equipe é apenas um conceito. Talvez ele desconheça como foram construídas as pirâmides, os edifícios e até mesmo o celular dele, certamente não foi com o trabalho de uma única pessoa.

Claro que trabalho em equipe pressupõe cooperação entre as pessoas, e talvez ele se referisse a isso como conceito.

Mas mesmo nessa questão, tenho que discordar dele, a cooperação não é um conceito é uma realidade vivida na prática, isto é, se a empresa, principal interessada em melhorar e assegurar a cooperação nas equipes, estiver fazendo seu papel corretamente.

Profissionais comprometidos com o resultado, flexíveis, prestativos, que fazem uso consciente de materiais e recursos no seu trabalho, com competência profissional, sinceros, honestos, que defendem suas próprias convicções, que aprendem com os erros, são os mais procurados pelas empresas bem sucedidas.

Tais profissionais se sentem responsáveis pelos resultados da equipe e, por esse motivo, apresentam maior probabilidade para agir de forma mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora da organização.

A falta de tais profissionais em uma empresa não é detectada com pesquisa de clima. Tais pesquisas são respondidas com muito descrédito, principalmente se os funcionários não percebem transparência por parte da empresa, pois responsabilidades e autoridades não são claramente delegadas.


Somente as pessoas com autoestima e um sentimento de poder podem assumir a responsabilidade. Claus Moller


Para evitar a falta desses profissionais, as empresas bem sucedidas estão rompendo as hierarquias e concedendo poder aos funcionários com perfis adequados.

São profissionais leais, engajados, que se alegram com o sucesso da empresa, fazem críticas construtivas dentro do âmbito da empresa, recusam-se a fazer qualquer coisa que prejudique os colegas de equipe ou a empresa. Apesar de leais, eles dizem não às práticas com as quais não concordam, eles são éticos.

Com a liberdade e incentivo adequados tais profissionais são os primeiros a demonstrar iniciativas e trazerem inovações para a empresa.

O tempo é o mais democrático de todos os recursos. Todo mundo tem o mesmo tempo disponível à sua disposição todos os dias: 24 horas. Claus Moller



É uma questão de tempo e maturidade nos processos, portanto por mais entusiasmada que esteja a alta direção de uma empresa, nem toda empresa consegue lançar mão de seus vícios estruturais até que reveja sua cadeia de comando. Se for centralizadora ou paternalista terá grandes dificuldades de aceitar críticas honestas ou delegar autoridades. 

Entretanto, nada é alcançado se não for dado o primeiro passo. «

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