Atualmente,
o que as empresas buscam é a “transformação”. Isso ocorre porque se as empresas
não se reinventarem elas desapareceram em pouco tempo.
Estudos
indicam que uma entre cada três empresas desaparecem em cinco anos. Sabemos que
a tecnologia aparece como aliada das empresas que permanecem e, ao mesmo tempo,
como grande vilã das empresas que desaparecem.
Na
transformação existem três níveis de esforços diferentes:
·
O primeiro é operacional,
que implica em atingir resultados melhores, mais rápidos ou mais baratos. Neste
nível a transformação se dirige à forma, natureza ou aparência dos produtos
oferecidos.
·
O próximo nível tem foco no modelo
operacional, envolve atuar de um modo diferente de como o mercado em geral
atua. São exemplos dessa transformação a Uber, Netflix, Spotify e Airbnb, são
empresas que chacoalharam o mercado delas e deixaram os possíveis concorrentes
muito atrás. Esse tipo de transformação muda as métricas da empresa, que passam
a ser baseadas quase que unicamente na satisfação dos clientes.
·
E o último nível é estratégico,
que envolve mudar a essência da empresa. Como aconteceu com a Amazon que de
vendas passou a atuar em cloud computing e a Apple que de computadores passou a
oferecer gadgets. Esse nível de transformação também muda ou amplia o mercado
competitivo da empresa.
Para cada
um dos níveis de transformação o impacto é diferente. Na transformação
operacional, a empresa compete por ser o melhor executor, é uma receita de
curto tempo, prevalece até que os competidores passem a imitar. É o que
acontece com os bancos, por exemplo, um deles lança uma novidade e os demais
acompanham.
Portanto,
a transformação disruptiva, que deixa os concorrentes para trás, acontece nos
outros dois níveis: o modelo operacional, que fortalece a execução e reinventa
o negócio; e o estratégico que cria novos segmentos de negócios.
O advento “business transformation” simplesmente
convoca os líderes empresariais para enfrentar o desafio existencial das mudanças disruptivas para o futuro de seus
negócios, em vez de se sentirem perturbados por elas.
O grande apoio da transformação do negócio está na transformação
digital, que tem várias tendências, como:
·
Inovação
proativa: a transformação não consiste apenas em tecnologia,
mas também em cultura, que é o que promove a integração de novas tecnologias. O
capital humano é essencial neste processo.
·
Experiência
do cliente: os clientes geralmente se afastam de marcas que
não se alinham com suas necessidades e valores, portanto é importante
envolvê-los e proporcionar a eles uma experiência melhorada.
·
Big Data: dados e análises
estratégicas baseadas em pesquisas dão suporte às decisões, pois ajudam a
entender as reais necessidades e expectativas dos clientes.
·
Inteligência
Artificial: permite avaliar dados complexos e prever
resultados, identificando oportunidades lucrativas e evitando riscos, sem
intervenção humana. Assistentes virtuais como Siri (Apple), Cortana (Microsoft)
e Alexa (Amazon) são exemplos dessa experiência ao alcance das pontas dos
nossos dedos.
·
Realidade
Virtual e Realidade Aumentada: a realidade
aumentada abre portas para atendimento ao cliente, apoio remoto, treinamento e
colaboração, enquanto que a realidade virtual cria mais oportunidades de
entretenimento e jogos, além de experiências imersivas em varejo, turismo e
hospitalidade.
·
API
(Application Program Interface): são as armas
secretas da verdadeira transformação digital, pois ajudam as empresas a
assegurar a melhor experiência dos seus clientes.
·
Trabalhar
em qualquer lugar: com os ambientes de trabalho
se movendo para servidores em nuvens, os funcionários podem trabalhar de
qualquer lugar, com isso as operações remotas aumetam a produtividade e reduzem
despesas.
·
Internet
das Coisas (IoT): muda as operações da vida
diária, ajudando a criar empresas mais enxutas e cidades mais eficientes. Eu
tive um vislumbre disso em Berlim recentemente, e fiquei encantada com o que
experimentei.
·
Impressora 3D e 4D: enquanto
a impressão 3D permite criar objetos e soluções mais baratas, a impressão 4D permite que os objetos possam se remodelar ou auto
montar.
A transformação digital já é uma realidade e está ao alcance
das empresas. No entanto, é preciso salientar que a tecnologia sozinha não promove
a revolução esperada. As pessoas têm um papel importante a desempenhar no
sucesso da transformação digital, delas depende a melhor conjunção e
aproveitamento das tendências tecnológicas aliadas ao nível de transformação
desejado. «
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