segunda-feira, 14 de março de 2011

Leis de Newton na tomada de decisões


Você já reparou quantas decisões toma no seu dia-a-dia?

Levantar ou não levantar da cama quando o despertador toca? Que roupa vestir? O que colocar na pasta de trabalho? O que colocar na sacola de viagem? Ou levar somente a carteira? E assim você vai tomando decisões até que decide deitar-se para dormir novamente.

Na verdade, até omitir-se é uma decisão. Estranho! Quando você pensa que não está tomando uma decisão, eis que é a própria decisão!

Certo dia, cansada de ser insultada intelectualmente, decidi não assistir mais a banalidades da TV como os noticiários, novelas, programas de auditório e reality shows.

E sabe o que eu descobri? Que essas banalidades não me fizeram falta, e que quando a notícia é realmente importante ela vem até mim. Sem que eu fique frente à TV sendo horrorizada por catástrofes, crimes, terror ou por notícias fúteis e sem nenhum enriquecimento pessoal.

A imprensa televisiva, e até mesmo a jornalística, não dedica tempo para noticiar sobre pais que amam seus filhos, que harmonizam seus lares para que seus filhos cresçam saudáveis, conscientes e prontos a contribuir com o bem de todos; ela noticia sobre pais que matam seus filhos, filhos que matam seus pais; e, pior, fazem parecer que isso é o comum, que o mundo está perdido, e que não há mais esperança.

Muitas famílias jantam, assistindo tais noticiários e alimentando seus próprios filhos com esse tipo de terror coletivo.

Não estou dizendo que devemos alienar as crianças ou nós mesmos e esperar sempre o melhor, mas que aquele terror é um percentual muito pequeno, e que acontecem mais coisas boas do que ruins. Precisamos saber apenas como nos defender do que é ruim, sem trazê-lo para dentro de nossos lares.

Esse é apenas um exemplo de como uma decisão pode afetar nossas vidas, tanto de forma positiva como negativa, cabe a nós sustentarmos nossa decisão ou voltarmos atrás.

Claro que não podemos voltar atrás em toda decisão, e é exatamente por isso que toda decisão deve ser tomada de forma consciente e com um objetivo.

Já reparou que quando as pessoas tomam decisões alcoolizadas nem sempre acaba bem? Basta um deslize da sorte e pode se ganhar uma dor de cabeça para o resto da vida, se ainda tiver uma!

Se as decisões que tomamos no nosso cotidiano pessoal são tão importantes, por que as decisões sobre os negócios, na maioria das empresas, são tomadas sem a devida avaliação dos prós e contras? Algumas decisões podem levar uma empresa à falência ao longo do tempo. A mídia está repleta de exemplos de empresas de grande porte que tomaram decisões ruins e não se recuperaram.

A simples contratação de um colaborador pode desorganizar uma equipe ou até mesmo uma empresa, algumas pessoas têm o dom de corroer a sinergia de uma equipe, transformando um time coeso em um grupo de pessoas lutando pela sobrevivência individual, onde vale tudo até mesmo o canibalismo intelectual.

Portanto, a decisão de contratar, e, sobretudo, de quem contratar, deveria ter também o apoio da equipe.


Você provavelmente já ouviu falar das leis de Newton:

  • Primeira lei de Newton ou princípio da inércia: Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.
  • Segunda lei de Newton ou princípio fundamental da dinâmica: A mudança de movimento é proporcional à força motora impressa, e é produzida na direção de linha reta na qual aquela força é impressa.
  • Terceira lei de Newton ou princípio da ação e reação: A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em direções opostas.

As leis de Newton referem-se a princípios físicos, mas poderíamos aplicá-las na tomada de decisões:

  • No princípio da inércia, uma situação estagnada ou descontrolada pode ser forçada a mudar seu estado por uma decisão.
  • No princípio fundamental da dinâmica, a agilidade e energia com que a decisão é empregada determinam o rumo da mudança.
  • No princípio da ação e reação, cada reação é baseada em uma decisão tomada a partir de probabilidades, possibilidades e alternativas decorrentes da análise de uma ação.


Toda decisão é mais do que a simples escolha entre alternativas, é necessário prever seus efeitos futuros, considerando todos os reflexos possíveis que ela pode causar no momento atual e futuro.

Nem sempre a escolha se faz sobre a melhor alternativa, mas sobre aquela que melhor alcance o objetivo da decisão, que é sempre uma estratégia bem definida.
«

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Expresse sua opinião!