Mesmo que você nunca tenha parado para pensar nisso, sabe
por instinto que grande parte das empresas se tornaram tão gananciosas que
perderam o foco do negócio.
Basta uma volta pelos corredores de algumas empresas, e é
possível notar a apatia, a falta de gentilezas simples, como um sorriso.
De onde tiraram essa ideia de que para ser competente é preciso ser sisudo? Ou de que se você está sorrindo, não está trabalhando?
Grande parte das empresas seguem padrões que foram criados
na Revolução Industrial (1760, há 255 anos), mesmo aquelas que afirmam contar
com altos padrões tecnológicos.
Elas ainda têm chefes ao invés de líderes! Estão presas a
uma hierarquia de poder ultrapassada, onde um chefe tem uma mesa, cadeira e
computador diferente dos demais colaboradores. E olha que bastava uma plaquinha
na mesa com letras garrafais (óbvio): CHEFE.
De onde tiraram essa ideia de que a discriminação é produtiva?
Não deu e continua não dando certo nas sociedades por onde essa
ideia passa. Causa muito descontentamento, reclamações e protestos. Uma
tremenda perda de tempo. E tempo é dinheiro!
Grande parte da força produtiva do país nasceu muito depois
que a Ditadura tinha caído. É gente que sabe o que significa liberdade de
expressão, e não engole muito essa ideia de “eu mando e você obedece”.
A geração de jovens trabalhadores é muito mais reticente ainda,
são adeptos do “copia e cola”, ou seja, trabalho sem sentido e exploratório não
é com eles.
Como todos sabemos uma empresa não existe sem as pessoas,
ainda não conseguiram criar uma empresa onde o dono aperta alguns botões e ela
saí produzindo sozinha.
Portanto, as empresas que querem um lugar de destaque no mercado,
terão, obrigatoriamente, que rever seus padrões e se adaptarem à realidade
deste século.
Elas não podem mais empregar e promover mais homens do que
mulheres. Alôôô!? Alguém precisa verificar os resultados do censo: a maioria
dos chefes de família é formada por mulheres (elas tomam muito mais decisões
que eles, se bem que elas já tomavam quando eram apenas donas de casa); elas
estudam mais (há mais mulheres no ensino superior e mais homens analfabetos e semianalfabetos).
Não se trata de uma guerra dos sexos, apenas de uma
constatação pura e simples, se há mais mulheres preparadas do que homens, por
que se continua dando preferência aos homens? Será que as empresas não estão
perdendo potencial e até dinheiro nisso? É algo em que se pensar.
Claro que vão dizer que existe a licença maternidade e tudo
mais, mas para isso há as estatísticas, mulheres em posição de poder escolhem
um momento mais tranquilo na carreira para se tornarem mães e têm menos filhos.
Se a mulher for competente, não acho que seja uma aposta ruim.
Outra aposta da empresa inteligente é o diálogo. Trabalhei
em uma empresa que valorizava muito o diálogo, o CEO se propôs uma meta de
almoçar com todos os colaboradores (e eram 2000), uma vez por semana, eram
convidados 5 colaboradores, e ele começou pelos níveis mais baixos. Ele queria
saber o que os colaboradores pensavam e escolheu a forma mais pessoal para fazê-lo.
E deu resultado, já nas primeiras três semanas as coisas começaram a melhorar.
Ele foi direto na fonte, a famosa rádio peão das empresas.
Se o diálogo acontece assim, de forma direta e
transparente, onde as críticas construtivas são ouvidas, o clima da empresa
melhora. Sorrisos são distribuídos nos corredores, pequenas gentilezas no trabalho
se tornam constantes, e o trabalho em equipe floresce. O tal trabalho em equipe
que alguém me disse tratar-se de um conceito. Já está se tornando lenda, nas
empresas sem inteligência. «
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