A criatividade ou inovação não é um golpe de sorte, e sim a aplicação
consciente de um talento. Ela é desencadeada sempre que um indivíduo tem a
oportunidade de aplicar seu talento, segundo sua visão pessoal, onde os riscos
são aceitos, e se tem liberdade para aprender na prática.
Condições consideradas adversas e inusitadas favorecem que o indivíduo se
torne criativo, seja por estar entediado, frustrado, com raiva ou se sentir
desafiado ele terá necessidade de contestar ou expressar-se. Mas perceba que cultivar
a aptidão de criar soluções inovadoras é muito mais importante do que apenas inspirar
a criatividade momentânea. Para isso é preciso identificar o talento inato e
aprimora-lo.
Para identificar um talento na idade adulta, devemos revisitar nossa
infância e descobrir o que amávamos fazer ou brincar quando nossa visão de
mundo ainda não era tendenciosa ou estava comprometida. A criatividade requer assumir
riscos, como de críticas, rejeição ou de falhar quando se compartilha ideias ou
atividades com os outros. O risco é inevitável para ser criativo.
Quando alguém sai da curva do que é considerado comum ou encontra o
caminho para ser criativo, tem uma pequena chance de estar certo, pelo menos
inicialmente.
Empresas inovadoras incentivam seus colaboradores a assumirem riscos.
Portanto, os inovadores não têm medo de falhar ou perder o emprego. Quando as
pessoas não têm nada a perder, elas tornam-se abertas para fazer qualquer
coisa. Sabemos que muitas das boas ideias surgem quando não estamos procurando
por elas. Geralmente, quando queremos ter ideias, não vem nada à mente.
Ter liberdade criativa exige que criemos condições ou cenários para isso,
como uma sala de criatividade, por exemplo. Em um ambiente corporativo, a sala
de criatividade pode ser a sala de reunião. Cada sala de conferência ou reunião
deve conter símbolos de criatividade. As pessoas devem perceber e sentir a
criatividade, uma vez que ela é acionada, torna-se contagiante. Aprendemos
muito mais, brincando ou praticando. A sala de criatividade pode funcionar como
um laboratório para que as pessoas experimentem novas ideias. Naturalmente, a
criatividade não se limitará a uma sala, ou momento, pois ela é um processo
contínuo.
A experiência engloba os erros cometidos, que se tornam lições aprendidas.
Para ser inovador um indivíduo deve estar continuamente à procura de
oportunidades e coisas inusitadas, observando os detalhes com curiosidade e maravilhando-se
com eles.
Nessa brincadeira e aprendizado, inevitavelmente as ideias são reveladas
e tornam-se insumo para a inovação.
Para qualquer empresa, independentemente do seu tamanho ou setor, a
inovação é necessária para seu crescimento e prosperidade. No entanto, como os
executivos sabem, inovar a longo prazo, em uma base sustentada pode ser muito
difícil, e geralmente determina a diferença entre as empresas líderes de
mercado e as "de um único sucesso". É exatamente neste ponto em que aplicada
a gestão por processos a inovação se torna uma capacidade duradoura na empresa.
Existem duas formas distintas de inovação: a inovação do modelo de
negócios e a inovação tecnológica. Ambas estão intimamente relacionadas com os
processos de negócios, e podem, portanto, serem contempladas na gestão por
processos, com as seguintes abordagens:
- Melhoria do desempenho do processo de inovação, apoiando-se em uma abordagem de gestão eficaz, que agrega valor em todo o ciclo de inovação, desde encontrar ideias para avaliação até o lançamento de novos produtos e todas as atividades subsequentes.
Dessa forma, a empresa pode até definir e gerenciar um processo interempresarial para integrar instituições de pesquisa externas, como as universidades, em seu processo de inovação, aumentando assim sua capacidade.
- Integração das pessoas dentro da organização ao longo do processo de inovação, definindo exatamente como cada um pode contribuir com mais valor.
- Gestão dos gatilhos de inovação, dando agilidade à empresa. É sabido que o rigor da gestão por processos ajuda a melhorar a eficiência do processo de inovação, de forma que a empresa seja capaz de traduzir ideias em produtos e lançá-los com maior rapidez.
- Melhoria da qualidade do processo de inovação, incluindo validações sistematicamente apropriadas, políticas e diretrizes para o processo.
- Aumento da transparência do processo de inovação, permitindo um alto desempenho e vantagem competitiva.
Com isso um motor de automação da gestão por processos (BPMS) pode ser utilizado
para implementar o processo de inovação como um protótipo realista. Depois que os
testes práticos forem concluídos, o mesmo motor pode ser aproveitado para implementar
o produto, reutilizando as regras de negócio desenvolvidas e definições de
fluxo de trabalho.
Dessa forma, a gestão por processos impulsiona a inovação, muitas empresas
tradicionais utilizam a abordagem apenas com base em um projeto para gerenciar
as transformações do processo e os esforços de melhoria incremental. No
entanto, as empresas inovadoras cada vez mais desenvolvem a capacidade de gestão
por processos duradoura, que pode ajudá-las a agregar valor ao negócio de modo
contínuo.
Em uma empresa inovadora, o uso da gestão por processos para melhorar o
retorno sobre os investimentos em inovação fornece um grande impulso para o crescimento
e o alto desempenho dela. Especialmente para as empresas de serviços, como
bancos, seguradoras, telecomunicações, fornecedores e varejistas, onde cada
novo produto desenvolvido consiste em uma inovação, que pode ser acelerada e
melhorada através da gestão por processos, que também ajuda as empresas a
perceberem com maior clareza como as mudanças de processo têm impacto sobre o
seu desempenho e força competitiva.
Em resumo, seu processo de inovação calcado na gestão por processo ganha
maior transparência, agilidade, respeito, qualidade, eficiência, integração
interna e externa, além de alto desempenho, de forma contínua, sem oscilações
de alta e baixa inovação como observado na maioria das empresas. «
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