Eu tive uma experiência interessante quanto a definição de uma meta.
Nosso gerente tinha mudado as atribuições de nossa equipe, e aumentado o número de membros, mas o trabalho tinha ficado confuso, parecia que ninguém sabia o que fazer e recebíamos orientações desencontradas.
Tínhamos reuniões semanais com o coordenador e não chegávamos a lugar nenhum, numa determinada reunião eu perguntei: “Qual é a nossa meta?”.
O coordenador me olhou irritado e disse: "Todo mundo sabe qual é a meta, está afixada nas paredes e o presidente da empresa sempre a comunica.". Respondi que não era a meta da nossa área, eram a missão e visão da empresa. Entretanto, se a equipe conhecia a meta, não havia problema algum me comunicarem naquele momento.
O coordenador olhava pensativo para mim, até que ele proferiu algumas palavras: “Bom, se eu perguntar isso ao gerente ele ficará ofendido”, nesse momento eu me calei para não aumentar o constrangimento. Posteriormente, eu disse ao coordenador que um gerente jamais se ofenderia com essa pergunta e que poderia inclusive entender que sua equipe havia atingido um grau de maturidade, onde se fazia necessário conhecer a meta.
No dia seguinte, o gerente apareceu todo motivado dizendo que estava empenhado em definir uma meta para nossa equipe. Pediu-nos alguns conselhos, e eu dei os meus.
Uma meta precisa ter um objetivo bem definido, deve ser mensurável para que o objetivo seja palpável, deve ser possível e viável, além de significativa e desafiadora, ou seja, precisa demandar certo esforço, e precisa ter um prazo para acontecer.
Exemplo: Aumentar a produção em 10% no prazo de 6 meses.
E claro deve existir uma recompensa pelo alcance da meta, e é exatamente por isso que ela precisa ser desafiadora.
Passaram-se muitos dias, quando eu estava recolhendo a impressão de um documento e o gerente passou por mim, furtivamente ele começou a me chamar com o dedo para a área do café. Lembro-me que pensei: “Que coisa mais bizarra!”, mas eu não podia ignorar o chamado, lá fui eu descobrir o que significava aquela conduta furtiva.
Juro que quando descobri do que se tratava meu queixo quase caiu. Meu irmão disse que um queixo realmente pode cair num movimento repentino de abertura exagerada da boca, como ao comer um mega sanduíche ou ao receber uma notícia como a que vou contar. E que ao cair, o queixo pode chegar até o umbigo, o que provoca muita dor. Nunca sei onde o meu irmão consegue essas informações, mas ele disse que aconteceu com um certo baterista em um certo show.
Deve estar curioso para saber o que o gerente me disse, vou contar: ele disse que acabava de sair de uma reunião com o diretor e o vice-presidente, e que juntos tinham definido uma meta para a nossa área. O que fez o meu queixo quase cair foi a pergunta que ele fez a seguir, portanto, por medida de segurança, antes de continuar a ler segure o seu queixo: “Agora que tenho a meta, o que posso fazer?”
Que bom que segurou seu queixo, não estou brincando, ele realmente perguntou isso. Eu tentei ver o lado positivo, pelo menos ele perguntou para alguém. A minha resposta foi bem objetiva: “Divulgue para a equipe”.
Eu já saí daquela empresa, muitos meses se passaram daquele encontro furtivo no café até minha saída, mas a meta nunca foi divulgada, por isso não posso lhe contar qual era a meta, pois ela ficou naquela reunião a portas fechadas e nunca saiu de lá.
Caso você esteja enfrentando o dilema ao definir uma meta, se a divulga ou a mantém em segredo. Não tenha dúvidas, divulgue-a para sua equipe.
O mesmo acontece na sua vida pessoal, tenha metas claras e objetivas, e deixe seus amigos e familiares conhecerem-nas, eles podem ajudá-lo a concretizá-las.
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