quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Network: caia na rede

Comparado com outros países o Brasil é um dos países onde a convivência entre as pessoas parece ser mais amistosa.

Entretanto, quando esse relacionamento vai para as empresas, temos um dos ambientes mais conflitantes.

O conflito não é negativo quando é gerenciado, não estou falando de brigas, mas de conflitos de idéias.

Quem tem por hábito criar intrigas, espalhar fofocas, preocupar-se excessivamente com o sucesso de seu colega está, deliberadamente, jogando suas chances de sucesso no lixo.

Por mais que seus colegas o procurem para saber quem está com quem e quem foi promovido ou demitido, eles também sabem que amanhã podem ser o alvo de suas intrigas e fofocas. Ou seja, suas conexões na empresa não são positivas, nem estão orientadas para que você tenha sucesso.

Fala-se em network, mas poucas pessoas entendem a sua aplicação. Não é uma rede de contatos para que você consiga um novo emprego, pode servir para isso, mas não é essa a finalidade.

Network é uma rede de contatos em torno do seu ramo de atividade, ela serve para que você esteja conectado com tudo o que acontece no seu meio de atuação. Assim, você tem a oportunidade de conhecer novas tendências, conversar com pessoas que têm os mesmos desafios que você, e compartilhar o que sabe.

São Beda disse que “três coisas trazem infelicidade: saber e não ensinar; ensinar e não fazer; ignorar e não perguntar.”

Portanto, uma boa network também lhe dá a oportunidade de atrair felicidade, desde que você tenha novas atitudes: saber e fazer; saber e ensinar; não saber e perguntar.

Abra seus braços tem gente caindo do céu.
Ter contato com pessoas é sempre muito bom, é uma nova oportunidade de aprender e ensinar, por mais simples que as pessoas sejam.

Eu tinha um tio que faleceu, ele era cego, um dia eu cheguei à sua casa, e o encontrei no quintal varrendo, estava descalço, e eu perguntei o motivo. Ele disse que conseguia sentir onde já tinha varrido ou não com os pés.

Esse tio também tinha opiniões muito interessantes sobre política e assuntos complexos, porque ele ouvia com mais atenção o que era falado no rádio, mas do que ele gostava mesmo era de gente. Ele adorava ouvir as pessoas, sobretudo aquelas com problemas, e sempre dava conselhos cheios de sabedoria.

Tive contato com um ex primeiro ministro de Cabo Verde, um arquipélago no continente africano, onde se fala o português com um sotaque mais parecido com Portugal, e viajando pelas ilhas para conhecer os problemas ele se deparou com uma senhora muito idosa e analfabeta. Ela lhe disse que a maioria dos problemas se resolveria se o problema do analfabetismo fosse resolvido. Segundo ele, o analfabetismo em Cabo Verde foi erradicado há muitos anos, porque ele ouviu o que aquela senhora disse e trabalhou por isso. E ela tinha razão os problemas foram resolvidos.

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