terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Saber Ouvir: Uma arte esquecida

Seja qual for sua área de atuação ou o cargo que exerça desde que interaja com pessoas é primordial que saiba ouvir, somente dessa forma poderá tirar o melhor proveito das oportunidades.

E se você for um líder e não sabe ouvir, fatalmente terá um time desmotivado.

Saiba que uma demissão ocorre por culpa do líder, que não soube escolher o liderado, ou não soube exercer sua liderança de forma a ouvir seus liderados e dar a eles as motivações que necessitavam.

As substituições em geral são um grande problema nas empresas, pois elas investiram no colaborador anterior e não souberam retê-lo.

Algumas empresas como a IBM estão comprando capital intelectual, ou seja, elas incorporam empresas cujo capital intelectual lhe interessa, nessas incorporações não interessa fazer demissões, mas reter o capital intelectual.
O que vem a ser capital intelectual?

São exatamente as pessoas que geram idéias, inovam e pensam “fora da caixa”, e que também sabem ouvir. Conhecimento adquirido por uma empresa, que molda o seu diferencial em tecnologia para produtos e serviços.
Capital intelectual em ação

Na minha experiência profissional, foi ouvindo as necessidades das pessoas que eu pude aprimorar meu trabalho ou fazer com que ele realmente fosse útil e necessário.

Quando se trabalha com processos e qualidade, é comum ouvir dos executivos que sua atividade não gera lucro, muitas empresas não enxergam os benefícios, pois não estão acostumadas à visão de longo prazo.

Na verdade a empresa tem um problema hoje, não se antecipou e imagina que se começar a gestão de seus processos que nem foram mapeados ainda, amanhã tudo estará funcionando perfeitamente.

É um investimento, assim como quando iniciamos nosso curso na faculdade almejávamos sucesso, sabíamos que havia um longo percurso a percorrer e que com muito trabalho chegaríamos lá.

É comum o executivo acreditar que as coisas funcionam de uma forma, mas na prática muito pouco funciona daquela forma, por isso algumas empresas optam por estipular normas rígidas com punições severas.

Eu presenciei em uma empresa de TI a demissão de uma funcionária que se esqueceu de ir a um treinamento interno de CMMI, foi altamente constrangedor e desmotivador, e, pior, ela era um capital intelectual importante.

Saiba ouvir as pessoas, e entenderá por que elas não participam ou não se interessam. Ouvindo pode-se inclusive encontrar formas de motivar tais pessoas, e se você puder motivar o menos interessado, com certeza poderá mobilizar toda uma empresa.

Tem empresa trabalhando para o concorrente, pois as piores ameaças ocorrem internamente, elas reprimem seus talentos, valorizam a competição interna, e até premiam certas atitudes desde que o lucro aumente. E esquecem que altas doses de desmotivação comprometem o longo prazo. Sua empresa quer obter lucro apenas hoje ou sempre?

A palavra do momento é sustentabilidade, pois as grandes empresas aprenderam que não basta pensar a curto ou médio prazo, elas precisam pensar a longo prazo.

Assim como cada um de nós precisa se perguntar onde quer estar daqui a 10 anos, as empresas também precisam.

Certo empresário notou que atendia muito bem um cliente, mas ele queria diversificar, estender seus serviços, mas via que era em vão, aquele cliente consumia toda a atenção de sua empresa. Avaliou a sustentabilidade de sua empresa a longo prazo, e notou que se o cliente quebrasse ou decidisse mudar para um concorrente, a empresa dele quebraria. Além disso, a empresa dele não tinha se aprimorado em outras vertentes de sua área de atuação. Tomou a decisão de ir até o cliente e comunicar que iria encerrar o contrato, cumpriu com todas as atividades de desligamento necessárias, amparando o cliente para que ele pudesse encontrar um novo prestador de serviços. Após a transição, o empresário notou que os novos clientes chegaram, e seus lucros aumentaram. Hoje nenhum de seus clientes ultrapassa o percentual de 1% de seu faturamento.

Esse empresário ouviu seus colaboradores que queriam novos desafios.

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