Fala-se muito em produtividade e entregar resultados, mas até que ponto as medições de desempenho feitas pela empresa estão corretas?
Eu conheço uma empresa que “tinha” a meta de ser uma das 10 maiores do seu setor, mas que não passava de uma cópia mal feita dos concorrentes. Copiava tudo que os demais faziam, mas sem conteúdo.
Eram espalhados pela empresa 10 diferenciais para os seus profissionais, que na verdade não eram diferenciais, eram condutas esperadas de qualquer profissional. Mas, de certa forma, tinham lá os deveres dos profissionais, entretanto em nenhum lugar tinha os deveres da empresa. E os profissionais se perguntavam sobre isso: o que essa empresa vai fazer por mim?
Qualquer empresa que queira ser a maior do seu setor, e se sustentar como tal, deve ter em mente que não basta ser a maior, mas também a melhor, tendo também ela deveres.
Ela tinha uma política de controle de rotatividade de profissionais, amplamente divulgada, que era distorcida na hora de ser aplicada pelo próprio RH da empresa. Ironicamente, ela é uma empresa que está sempre contratando profissionais e os perdendo, por isso os funcionários recebiam com freqüência e-mails suplicantes da alta cúpula da empresa solicitando indicações de novos profissionais. A entrevista de desligamento só era feita quando o profissional pedia demissão, o que representava um número muito pequeno, pois os gerentes ao receberem os pedidos de demissão assumiam que eles estavam demitindo, elevando inclusive os custos da empresa, para que o profissional não passasse pela entrevista de desligamento.
Quem não faz um trabalho sério padece. Indicador é um acompanhamento estatístico imparcial usado para medir o desempenho de um processo, com um intuito sério de melhorá-lo, detectar problemas e tendências.
Toda vez que os números são mascarados, existe uma perda significativa de potencial da empresa para o longo prazo. No curto prazo pode-se contentar os acionistas, mas essa empresa pode estar muito pior do que ela se imagina.
Agora, venhamos e convenhamos que isso é um golpe contra os acionistas e os próprios funcionários da empresa que podem perder de uma hora para outra seus empregos, inclusive os gerentes e pessoal de RH que compactuam com práticas desonestas como essa.
Estamos em pleno século XXI, com uma ampla gama de conhecimento disponível e acessível a todos, é até irracional ver alguns líderes jogando seus valores no lixo de uma forma tão medíocre.
domingo, 29 de março de 2009
A farsa dos indicadores
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